A Tesla fechou o primeiro trimestre com lucros de 1.129 milhões de dólares, uma quebra homóloga de 55%, revelou esta terça-feira a fabricante de veículos elétricos liderada por Elon Musk.

Nos primeiros três meses do ano, a faturação da empresa recuou 9%, cifrando-se em 21.301 milhões de dólares. A contribuir para a queda das vendas, "está uma descida do preço médio dos veículos" e também uma queda no volume de vendas, "parcialmente justificado pela atualização do Model 3" e perturbações da produção na fábrica de Berlim. A isto acresce um "impacto cambial negativo de 200 milhões de dólares", justifica a empresa, em comunicado.

Já para a descida dos resultados operacionais, contribuiu o investimento em inteligência artificial e outros projetos de investigação e desenvolvimento, assim como os custos associados à produção em série do "Cybertruck", assinala a Tesla.   

No período em causa, as entregas da fabricante de automóveis elétricos recuaram 8,5% para 386.810 carros, tal como a empresa adiantou no início deste mês.

Apesar da queda dos lucros e da faturação, as ações da Tesla estão a valorizar mais de 8% no "after-hours", impulsionadas pelas perspetivas para o lançamento de novos modelos mais acessíveis. "Atualizamos a nossa gama de veículos para acelerar o lançamento de novos modelos, incluindo modelos mais baratos, antes do comunicado anterior, que apontava para o início de produção na segunda metade de 2025", refere a empresa.
 
Este factor está a pesar mais do que as perspetivas para uma menor taxa de crescimento este ano. Muitos investidores e analistas veem na produção de veículos elétricos a preços acessíveis o grande potencial motor de crescimento para a Tesla. As ações da fabricante, aliás, caíram fortemente após a Reuters ter noticiado, no início deste mês, que a Tesla iria abandonar os planos para um novo modelo mais barato.

Desde o início deste ano, as ações da fabricante de veículos deslizaram perto de 42%. 

Notícia atualizada às 21h45