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SUV eléctrico da Mercedes leva acções da Tesla para mínimos de Maio
As acções da Tesla continuam a sofrer em bolsa, desta vez devido à concorrência. Os investidores também estão a vender dívida da empresa liderada por Elon Musk.
A Tesla continua a viver dias difíceis no mercado de capitais. Depois da pressão que resultou das declarações do seu polémico CEO, Elon Musk, agora a fabricante de automóveis de luxo está a ser penalizada pela concorrência.
A Mercedes, líder mundial nos automóveis de luxo, lançou na terça-feira o primeiro modelo da sua série de carros eléctricos. A aposta da empresa germânica é forte – o investimento excede os 10 mil milhões de euros – e o lançamento está a ser visto como um ataque à Tesla.
Na sessão de ontem a Tesla sofreu uma queda de mais de 4% e hoje recua mais 3%, tendo negociado abaixo dos 280 dólares pela primeira vez desde Maio deste ano.
Desde que Musk revelou no Twitter que estava a equacionar retirar a Tesla de bolsa – plano entretanto abandonado – as acções da fabricante de automóveis totalmente eléctricos já perdeu cerca de 25% do seu valor.
Mas não são apenas as acções que estão em terreno negativo. A desconfiança dos investidores está também patente na cotação das obrigações. O valor dos títulos emitidos no ano passado atingiu um mínimo esta quarta-feira, com a "yield" a atingir os 8%.
A primeira unidade da série EQ da Mercedes é um SUV eléctrico. A produção do EQC 400 4Matic arranca já no primeiro semestre do próximo ano na fábrica de Bremen, onde é fabricada a Class C. O modelo vai ser um concorrente directo do Model X da Tesla, mas também do Taycan da Porsche, do E-tron da Audi e do I-Pace da Jaguar. Automóveis que têm um preço de venda acima dos 70 mil dólares.
As acções da Tesla têm também sido penalizadas por recomendações negativas de analistas. O Goldman Sachs reiterou a recomendação de vender para os títulos.