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Porsche também pondera abandonar automóveis a diesel

Por agora, nenhuma decisão foi tomada mas a Porsche admite que irá a avaliar se, no futuro a médio prazo, vai abandonar os automóveis com motores a diesel.

Negócios 18 de Julho de 2017 às 16:22
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Para já, não há nenhuma decisão tomada. Mas a Porsche, pela primeira vez, assumiu em público que vai decidir no final desta década se a última geração de motores a diesel que tem actualmente será a última, avança a Reuters. "Claro que estamos a estudar a questão", assumiu Oliver Blume, CEO da construtora automóvel que pertence ao grupo Volkswagen, em entrevista à Reuters. "Não tomamos ainda uma decisão", acrescentou.

O líder da Porsche referiu que a marca pode vir a oferecer um mix de motores de combustão, ligados a veículos híbridos e automóveis movidos apenas com recurso a baterias durante os próximos 10 a 15 anos. Além disso, a marca de luxo pretende tomar uma decisão no final desta década sobre se o diesel tem, ou não, futuro junto da companhia.

Nesta entrevista, Blume assumiu que vai ser apresentado em Setembro uma nova versão do modelo Cayenne, que contará com a possibilidade de um motor a diesel. "Para as gerações que se seguem há diferentes cenários", apontou.

Não é só a Porsche que olha para alternativas aos motores a diesel. Na semana passada, a Volvo anunciou que a partir de 2019 só vai fabricar carros com motores eléctricos ou híbridos.

A empresa tornou-se assim na primeira construtura automóvel tradicional a fazer este anúncio. A partir de 2019 a Volvo vai produzir carros com três tipos de motores: totalmente eléctricos, híbridos plug-in, e híbridos que combinam um pequeno motor a combustão com uma grande bateria. O fabrico de carros com motores apenas a diesel ou gasolina vai ser descontinuado gradualmente, terminando por completo em 2019.

Também nos últimos dias, o ministro francês responsável pelo Ambiente e Ecologia, Nicolas Hulot, anunciou que o governo quer proibir a venda de automóveis a gasolina e a gasóleo a partir de 2040. Esta é uma das medidas do plano de acção para o clima que tenciona aplicar ao longo dos próximos cinco anos.

"Queremos fazer o que, para mim, é uma verdadeira revolução", disse, citado pela AFP. Nicolas Hulot admitiu que o objectivo traçado pode ser "pesado" para as construtoras, mas disse também estar convicto de que o sector, que ocupa uma posição central na economia gaulesa, está preparado para mudar de paradigma.

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