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Linhas de montagem da Mercedes-Benz vão trocar robots por pessoas
A Mercedes vai trocar os robots por pessoas na produção dos Classe S. Segundo a marca, a produção destes carros exige adaptabilidade e flexibilidade, dois atributos em que os humanos superam as máquinas.
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Contrariando a tendência actual, a Mercedes-Benz vai substituir os robots por pessoas na produção dos veículos de luxo do modelo Classe S na linha de montagem da fábrica alemã de Sindelfingen, escreve esta sexta-feira, 26 de Fevereiro, o The Guardian.
"Os robots não conseguem lidar com o nível de individualização e com as muitas variantes que nós temos hoje. Estamos a poupar dinheiro e a garantir o nosso futuro empregando mais gente", disse à Bloomberg Markus Schaefer, director de produção da Mercedes-Benz.
A fabricante automóvel alemã diz que os robots não conseguem acompanhar o ritmo e a complexidade das opções de personalização disponíveis para o modelo Classe S, que inclui suporte de copos aquecidos ou refrigerados, vários tipos de volantes, detalhes em fibra de carbono e até quatro tipos de tampas para as válvulas dos pneus.
Nesta fábrica de Sindelfingen, onde são produzidos cerca de 400 mil automóveis por ano e onde são gastas 1.500 toneladas de aço por dia, os robots não conseguem acompanhar a montagem dos Mercedes Classe S, tarefa que requer adaptabilidade e flexibilidade, características em que os humanos superam as máquinas. O The Guardian diz que os profissionais treinados podem alterar a linha de produção em apenas uma semana, enquanto os robots demoram semanas a reprogramar.
"Estamos a afastar-nos da ideia de maximizar a automação, com as pessoas a participarem mais nos processos industriais novamente. Temos de ser flexíveis", disse Markus Schaefer.
De acordo com a Federação de Robótica Internacional, a indústria automóvel é a que mais utiliza robots industriais, contabilizando cerca de 100 mil unidades enviadas em 2014.