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Casa do futuro está mais próxima do que imaginamos

Ashutosh Saxena, o fundador da start-up norte-americana Brain of Things, acredita que a casa automática pode fazer mais sentido que o carro automático. Afinal passamos mais tempo nas nossas casas.

Bloomberg
12 de Março de 2016 às 16:00
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As "casas robot" já estão no mercado e conseguem ir mais além do simples desligar e ligar das luzes. Que o digam alguns dos habitantes do estado da Califórnia nos Estados Unidos.

De acordo com a revista MIT's Technology, a start-up Brain of Things já está a instalar estas casas em três locais diferentes na costa leste norte-americana.

Não se trata propriamente de uma "Rosie" que aspira as carpetes ou de um "Pepper" que pode entreter as visitas, mas estes apartamentos estão a ser equipados com sensores e aplicações automáticas com capacidade para aprenderem os hábitos humanos.

"A casa vai saber o contexto, quer os seus ocupantes estejam a ver um filme ou a dormir", disse Ashutosh Saxena à revista do Instituto de Tecnologia do Massachusetts.

Nesta realidade Brain of Things, se entrar na cozinha a meio da noite a casa poderá, por exemplo, automaticamente, ligar as luzes (a média luz) à medida que caminha.

Mas a ideia da empresa não fica por aqui. As cortinas da casa podem subir ou baixar, por si, a partir do momento em que a casa aprende a hora a que a pessoa se levanta ou vai para a cama.

O sistema pode ainda detectar, rapidamente, se há um cano furado, ou algo errado com o aquecimento ou com o ar condicionado. Até pode enviar um sinal de vídeo para o seu telemóvel se alguém está à sua porta; e alimentar o seu animal de estimação enquanto está no trabalho.

 

Segundo a mesma revista, cada apartamento tem 20 sensores e quase tudo automático. Existem, no entanto, interruptores de controlo mas será possível utilizar comandos através da voz e de algumas aplicações para telemóvel (app). A ideia das luzes a ligarem via internet não tem nada de novo, mas a Brain of Things promete uma casa completamente automática a partir do momento em que o seu ocupante se instala.

Ainda de acordo com a MIT's Technology, desde que Saxena percebeu que algumas pessoas podem ficar preocupadas com as questões da privacidade, optou por não colocar sensores nos quartos. O empresário também assegurou que qualquer dado que o sistema recolha ficará dentro do edifício.

 

Ingredientes úteis a idosos ou a pessoas com deficiência, embora consigamos também imaginar qualquer "viciado" em tecnologia à espera da primeira oportunidade para habitar uma casa destas.

 

A revista diz que algumas pessoas já estão a viver em apartamentos desenvolvidos pela start-up em colaboração com uma construtora de Santa Rosa, no estado Califórnia. O sistema, que acresce cerca de 125 dólares (113 euros) por mês à renda do imóvel, custa ao senhorio da propriedade cerca de 30 dólares (27 euros) mensais, para instalar e manter. Ainda não é possível melhorar um apartamento que tenha esta tecnologia instalada mas o presidente da empresa garante que será algo possível no futuro.

Ashutosh Saxena argumenta que, em média, as pessoas tocam num interruptor cerca de 100 vezes por dia por isso todos deveriam ver as vantagens do sistema. 

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