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Indústria europeia de componentes automóveis perdeu mais de 30 mil empregos, o dobro face a 2023

Os fornecedores de peças automóveis empregam aproximadamente 1,7 milhões de pessoas na União Europeia, segundo dados da Associação Europeia dos Fornecedores da Indústria Automóvel (Clepa).

Nos primeiros nove meses do ano as vendas para o exterior de componentes atingiram os 7,4 mil milhões de euros.
João Cortesão
03 de Janeiro de 2025 às 13:45
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A perda de emprego no universo de fabricantes de componentes automóveis na Europa duplicou em 2024 com o abrandamento da indústria no velho continente a ter já um impacto tangível na cadeia de abastecimento. 

Segundo uma análise da Associação Europeia dos Fornecedores da Indústria Automóvel (Clepa) para o Financial Times mais de 30 mil postos de trabalho foram suprimidos em toda a indústria em 2024, comparando com os pouco mais de 15 mil em 2023.

Milhares de despedimentos foram anunciados ao longo do ano passado, desde a francesa Michelin à alemã Bosh em face da queda constante das vendas de veículos novos, o que deixou os fornecedores com excesso de capacidade de produção e poucas perspetivas de recuperação. E, como assinala o jornal financeiro, enquanto as grandes empresas cortaram empregos e fecharam fábricas, mais pequenas foram forçadas à falência ou a entrar em insolvência.

Os fornecedores de peças automóveis empregam aproximadamente 1,7 milhões de pessoas na União Europeia (UE), indicam dados da Clepa.

"Se não existe crescimento para os construtores europeus também não há crescimento para os fabricantes de componentes", afirmou Alexandre Marian, diretor da consultora AlixPartners, ao FT.

O declínio na procura seguiu-se à pandemia da covid-19, à guerra na Ucrânia e à subsequente inflação que beliscaram a competitividade das indústrias europeias numa altura em que os rivais chineses pressionam para aumentar a sua quota de mercado.

De acordo com a Clepa, o número de empregos ligados aos motores a combustão que se perderam desde 2020 superou largamente o de criados pela mudança para os veículos elétricos. Segundo a associação, foram perdidos 4.680 empregos relacionados com fornecedores de automóveis movidos a baterias em 2024, isto é, mais do que os 4.450 que foram criados, com a regulação europeia a figurar como um dos desafios para os fabricantes de peças que fornecem veículos com motores convencionais.

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