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Governos alemão e britânico preocupados com compras da PSA
O Executivo alemão considera “inaceitável” que a GM discuta a venda da Opel sem falar com a comissão de trabalhadores, sindicados e governo local. O Reino Unido também já manifestou preocupações com a venda da Vauxhall.
O anúncio da eventual compra pelo Grupo PSA da Opel, detida pela General Motors, gerou algumas preocupações por parte dos líderes políticos da Alemanha. E o mesmo oconteceu no Reino Unido com as notícias da GM estar a estudar vender ao mesmo grupo a Vauxhall.
Na base das preocupações está a manutenção dos postos de trabalho das fábricas que estas operações da GM têm na Europa.
Num email enviado à Bloomberg, a ministra da Economia alemã, Brigitte Zypries, alertou que "a empresa [GM] tem responsabilidade pelos centros de desenvolvimento e pela garantia de emprego". "Esta é a minha expectativa em relação à General Motors", acrescentou.
A governante considera ainda como "inaceitável" que a GM tenha discutido a possível venda da Opel sem falar primeiro com a comissão de trabalhadores, sindicatos e com o governo local. A Opel na Europa é representada pela GM tem sede na região alemã Hesse.
No Reino Unido, o Governo já avançou mesmo com contactos com o presidente da GM, segundo a Reuters, depois de ter sido noticiado que a empresa estava a estudar vender algumas operações na Europa incluindo a Vauxhall.
Segundo a agência de notícias, os sindicatos britânicos também já manifestaram receio que estas operações levem a corte de postos de trabalho.
O Financial Times avançou na terça-feira que o PSA Group está a estudar avançar com a compra da divisão europeia da General Motors, o que prática representa uma fusão entre as empresas que fabricam as marcas Peugeot, Citroen e Opel.
O jornal britânico diz que a fusão destas unidades pode avançar nos próximos dias. A PSA, que é a segunda maior fabricante de automóveis da Europa, é liderada pelo português Carlos Tavares.