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Ferrari escolhe 499 “sortudos” para modelo Monza, de 1,6 milhões de euros
A Ferrari deu a 499 dos seus clientes mais fiéis a oportunidade de comprar o supercarro Monza, que custa 1,6 milhões de euros (1,85 milhões de dólares).
Os clientes seleccionados terão a liberdade de escolher entre as versões de um e dois lugares, mas só podem comprar um, afirmou Enrico Galliera, director de vendas e marketing da empresa, em entrevista à Bloomberg Television, no Salão Automóvel de Paris. Ninguém poderá comprar os dois.
"Já identificámos os poucos sortudos que têm a possibilidade de o comprar: cada carro foi atribuído a um nome específico", explicou Galliera.
A Ferrari apresenta-se tanto como uma empresa de artigos de luxo quanto como fabricante de automóveis, e o tom de exclusividade que a empresa está a cultivar em torno do Monza é semelhante à estratégia usada por empresas como a Hermès International para a venda das malas Birkin, que custam mais de 10 mil dólares. Limitar a quantidade de produtos disponíveis só aumenta o apetite entre os potenciais compradores.
O Monza, feito de fibra de carbono e com 810 cavalos de potência, tem um motor de 12 cilindros e é capaz de atingir os 100 quilómetros por hora em menos de três segundos. O carro será vendido por 1,6 milhões de euros em Itália, incluindo IVA.
O Monza Sp1 e o Monza Sp2 fazem parte do plano estratégico de cinco anos da Ferrari sob o comando do CEO Louis Camilleri, que assumiu o cargo de Sergio Marchionne em Julho. O novo CEO pretende aumentar a oferta de supercarros de edição limitada da Ferrari para elevar as margens de lucro para mais de 38% em 2022.
Esta margem é equivalente à registada pela marca de luxo francesa Hermès no ano passado, segundo dados da Bloomberg. Em 2017, a Ferrari chegou aos 30% - pouco abaixo dos 31% da Apple e bem acima de fabricantes de automóveis de luxo como a BMW.
A Ferrari tem uma lista de espera média de 12 meses, tempo que sobe para 24 meses no caso dos carros mais exclusivos.