A Ferrari está esta segunda-feira, 27 de Março, a transaccionar na bolsa italiana em máximos de sempre, tendo já transaccionado nos 68,50 euros por acção, um valor recorde para a marca italiana que negoceia em bolsa desde 4 de Janeiro de 2016 na sequência da separação relativamente ao agora grupo Fiat Chrysler Automobiles.

Na bolsa norte-americana, onde os títulos da Ferrari também são negociados, a marca do "cavalinho rampante" está em máximos de sempre na abertura da sessão desta terça-feira em Wall Street, tendo já tocado o valor recorde de 73,42 dólares por acção.

Este comportamento dos títulos da Ferrari, que negoceiam em alta pelo quarto dia consecutivo na bolsa italiana, acontece depois de este domingo a "escuderia" transalpina ter conquistado a primeira vitória em corridas do Grande Prémio de Fórmula 1 em quase dois anos.

O alemão Sebastian Vettel venceu a corrida disputada na Austrália, a primeira de 2017, colocando um ponto final a 553 dias sem vitórias da Ferrari na principal competição automóvel mundial.

O CEO da Ferrari, Sergio Marchionne, tinha estabelecido como prioridade para 2017 combater a hegemonia da Mercedes e fazer regressar a marca italiana ao topo da Fórmula 1. "Já não era sem tempo", desabafou Marchionni depois da corria australiana. Ainda assim a Mercedes conquistou os restantes lugares do pódio, com ficaram para Lewis Hamilton e Valterri Bottas.

A agência Bloomberg escreve que esta vitória ajudará a Ferrari a reconquistar parte do terreno perdido nos últimos anos, em especial para as equipas da Mercedes e da Red Bull. A Ferrari não vence o mundial de pilotos desde 2007 e o de construtores desde 2008.

Citado pela Bloomberg, Vincenzo Longo, do departamento de estratégia da IG, considera que "não há nada mais importante para uma super-fabricante de automóveis do que vencer a mais icónica competição", acrescentando que o sucesso conseguido em Melbourne é um "catalisador positivo para as acções da Ferrari".

Desde o início deste ano a Ferrari já valorizou 22,24% em bolsa, para uma capitalização bolsista que está agora fixada em cerca de 12,8 mil milhões de euros.