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ERSE propõe descida de 12% nas tarifas dos carregamentos de elétricos
O regulador do setor energético apresentou esta segunda-feira uma proposta de redução das tarifas cobradas pela Mobi.e a comercializadores de energia e aos operadores e detentores dos pontos de carregamento de veículos elétricos. A ERSE diz que os preços médios pagos pelos condutores deverão baixar em 0,11 euros por 100 quilómetros.
A ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos propõe uma redução de 12,1% nas tarifas a cobrar no próximo ano pela Mobi.e, entidade gestora da rede de mobilidade elétrica (EGME) aos comercializadores de energia (CEME), operadores de pontos de carregamento (OPC) e detentores de pontos de carregamento (DPC).
O regulador assinala que as tarifas cobradas pela Mobi.e representam 11% a 12% dos preços pagos pelos utilizadores de veículos elétricos.
O regulador refere ainda que "a parcela de tarifas de Acesso às Redes, parte da componente CEME, é negativa". Isso, diz, "resulta da proposta de tarifas do setor elétrico para 2023, com a tarifa de Acesso às Redes a observar uma redução de -663% e -401% na média tensão e na baixa tensão, respetivamente". Contudo, por outro lado, "em relação à parcela de energia, também parte da componente CEME, prevê-se o seu agravamento face a 2022. O efeito conjugado desses dois sinais determinará os preços que os CEME oferecerão aos utilizadores de veículos elétricos seus clientes".
A ERSE calcula que a poupança para os condutores seja de 0,11 euros por 100 quilómetros num cenário de 9,5 kWh/carregamento, em pontos de carregamento com entrega da rede elétrica em baixa tensão, tanto para pontos de carregamento rápidos (potência acima de 22 kW), como normais (potência até 22 kW), assumindo um consumo de 15 kWh/100 km para o veículo elétrico.
Esta é a proposta tarifária que o regulador é obrigado a entregar em meados de outubro para o próximo ano, cuja versão final será depois apresentada a 15 de dezembro, depois de aprovada pelo Conselho Tarifário.