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Empregado alemão assume culpa no caso Volkswagen nos EUA
De acordo com a estação de televisão CNBC, as autoridades iniciaram um processo judicial em Detroit contra um funcionário do fabricante alemão, no âmbito de um acordo.
A justiça norte-americana fez esta sexta-feira, 9 de Setembro, a primeira acusação formal a um indivíduo no âmbito do escândalo da manipulação de emissões de gases nocivos da Volkswagen. De acordo com a estação de televisão CNBC, o processo deu entrada em Detroit contra um funcionário do fabricante alemão, no âmbito de um acordo estabelecido entre o empregado e a justiça.
Trata-se de James Liang, um engenheiro alemão que estará envolvido no desenvolvimento da tecnologia que permitia viciar os resultados das emissões em testes de estrada dos veículos diesel da marca. A cadeia de televisão diz não saber em concreto quais as acusações concretas que pesam sobre Liang, mas que este já assumiu ser culpado.
Ao admitir participar na preparação de uma fraude nos EUA e ao violar as leis ambientais do país, o engenheiro enfrenta uma pena máxima de cinco anos de prisão.
Segundo a Bloomberg, ainda não é certo de que forma Liang - que está ligado à empresa há duas décadas e vive nos EUA desde 2008 - está a colaborar com a justiça. Já a Reuters, citando um porta-voz do Departamento de Justiça norte-americano, afirma que o acordo inclui a cooperação com a investigação em curso.
Liang, conta a CNBC citando a acusação, terá desenvolvido o sistema em 2006 e em 2014 levou a cabo testes para ajudar a ocultar o esquema. A acusação data de Junho, mas só agora foi conhecida, acrescenta a Reuters.
Os EUA e a empresa alemã já chegaram a vários acordos para resolver os prejuízos causados, que obrigam a Volkswagen a suportar despesas de 16,5 mil milhões de dólares (cerca de 14,7 mil milhões de euros) para retirar 482 mil carros viciados das estradas.
(Notícia actualizada às 16:20 com mais informação)