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ACAP: Perda de valor dos carros a gasóleo “não tem correspondência com a realidade”

A Associação Automóvel de Portugal – ACAP criticou esta segunda-feira as declarações do ministro do Ambiente e da Transição Energética, em entrevista ao Negócios e Antena 1, em que considerava que os veículos a gasóleo perderiam valor nos próximos anos.

Bruno Simão
28 de Janeiro de 2019 às 16:20
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A Associação Automóvel de Portugal – ACAP criticou esta segunda-feira as declarações do ministro do Ambiente e da Transição Energética, em entrevista ao Negócios e Antena 1, em que João Pedro Matos Fernandes considerou que os veículos a gasóleo perderão valor nos próximos anos, algo que, diz a associação, não tem qualquer sustentação.


Em comunicado, a ACAP sublinha que estas palavras "podem resultar de um desejo do sr. ministro, mas não têm qualquer correspondência com a realidade". A associação frisa a recente adopção, em setembro de 2018, de um teste de homologação mais rigoroso, o WLTP. O que, defende, "prova que, no âmbito da regulamentação comunitária, a aposta é na redução das emissões dos veículos diesel a lançar no mercado europeu nos próximos anos".

A ACAP indica também que a transição para modelos elétricos será gradual e destaca o empenho da indústria automóvel na redução das emissões, referindo que "40% dos novos modelos anunciados para 2021, já terão a opção da motorização eléctrica".

A associação "lamenta que o sr. ministro não tenha ponderado o impacto das suas palavras na atividade das empresas do setor automóvel", pode ler-se no comunicado. "O sr. ministro, ao proferir esta declaração, deveria ter tido em consideração que a indústria automóvel é a principal indústria exportadora em Portugal e que o setor automóvel é o principal contribuinte líquido do Estado, ao ser responsável por mais de 25% do total das receitas fiscais", acrescenta.

A ACAP aproveita para criticar a recusa do Governo em implementar um programa de incentivo ao abate de veículos, lembrando que a idade média dos ligeiros de passageiros em circulação é de 12,6 anos e que 700 mil veículos têm mais de 20 anos.

"Em conclusão, e face às declarações do  Sr. Ministro do Ambiente, a ACAP confirma que não está prevista qualquer alteração de legislação, a nível europeu, que implique uma desvalorização dos veículos a diesel nos próximos anos", termina o comunicado.

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