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ANECRA lamenta falta de sensibilidade do ministro do Ambiente sobre carros a gasóleo
"A obsessão pelo veículo elétrico e a diabolização do diesel condicionam uma análise mais profunda sobre o futuro do automóvel e o correspondente impacto ambiental", indica a associação.
A Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA) "lamenta a falta de sensibilidade" do ministro do Ambiente e da Transição Energética sobre a desvalorização dos carros a 'diesel', criticando o seu "efeito profundamente negativo".
"A ANECRA lamenta a falta de sensibilidade do Senhor Ministro do Ambiente, relativamente às declarações proferidas quanto ao seu efeito profundamente negativo num setor determinante como o é o setor automóvel", afirma a Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA), em comunicado divulgado hoje.
A ANECRA indica que o setor automóvel é determinante, nomeadamente no que respeita a prossecução dos Orçamentos do Estado, ao contribuir com mais de 25% na arrecadação das respetivas Receitas Fiscais Líquidas.
"A obsessão pelo veículo elétrico e a diabolização do diesel condicionam uma análise mais profunda sobre o futuro do automóvel e o correspondente impacto ambiental", indica a associação.
Para a ANECRA, "tecer considerações que limitem a ação do mercado, é, no mínimo, inadmissível, vindo de um responsável político a quem, caberia apontar soluções e não ter a ousadia de optar pela premunição de qual será, daqui a quatro ou cinco anos, o valor residual dos veículos automóveis a gasóleo, que agora são adquiridos ou já estão em circulação".
Em entrevista publicada na edição de segunda-feira do Jornal de Negócios, João Pedro Matos Fernandes afirmou ser "muito evidente que quem comprar um carro 'diesel' muito provavelmente daqui a quatro ou cinco anos não vai ter grande valor na sua troca".