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Adega de Monção “Deu La Deu” salário mínimo de 700 euros
Conhecida pela produção de alvarinhos, a maior cooperativa da região dos vinhos verdes volta a distanciar o ordenado base do valor praticado a nível nacional, que abrange cerca de um terço dos funcionários.
A Adega de Monção voltou a aumentar o valor mínimo que paga às cerca de três dezenas de funcionários para se distanciar dos 635 euros aprovados pelo Governo para 2020, que devem beneficiar cerca de 720 mil trabalhadores a nível nacional.
Depois da subida para 650 euros verificada em 2019, este ano a maior cooperativa da região dos vinhos verdes, produtora das marcas Alvarinho Deu La Deu ou Muralhas, aumentou a base remuneratória para 700 euros, com efeitos retroativos a 1 de janeiro, à imagem do que fez a sueca IKEA, entre outras empresas.
Fonte oficial disse ao Negócios que esta medida terá nove beneficiários diretos, o que significa que à volta de um terço dos colaboradores tem o ordenado alinhado com o valor mínimo praticado nesta organização localizada no Alto Minho, fundada em outubro de 1958.
O presidente, Armando Fontainhas, que integra a cúpula da Comissão dos Vinhos Verdes (CVRVV), sublinha numa nota de imprensa que este aumento superior a 7% "integra um conjunto de benefícios que tem vindo a implementar no sentido de contribuir para a satisfação global dos colaboradores, bem como [recompensá-los] pelo excelente desempenho e dedicação".
A adega cooperativa tem atualmente 1.720 produtores associados, que somam uma área de vinha de 1.237 hectares ao longo da sub-região de Monção e Melgaço – a casta alvarinho representa três quartos do negócio total –, ascendendo a capacidade de produção a 6,5 milhões de garrafas por ano.
Com produções na ordem das 8.000 toneladas nas últimas vindimas, a faturação anual ronda os 15 milhões de euros, com o mercado português a assegurar o grosso das vendas (80%). Rússia, Estados Unidos e Reino Unido são alguns dos mercados externos mais relevantes para a Adega de Monção.