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Porcos portugueses vão ter centro tecnológico na Quinta do Bonito

A fileira portuguesa da suinicultura, que vale mais de mil milhões de euros de faturação e emprega mais de 50 mil pessoas, está a preparar a instalação de um centro de I&D num campus da Escola Superior Agrária de Santarém.

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11 de Dezembro de 2020 às 16:18
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A Federação Portuguesa das Associações de Suinicultores (FPAS), o Instituto Politécnico de Santarém e a Escola Superior Agrária de Santarém firmaram esta sexta-feira, 11 de dezembro, um contrato de parceria com vista à instalação e gestão de um centro tecnológico de I&D para o setor da suinicultura.

 

Com "arranque previsto para 2021", revela os promotores da iniciativa, em comunicado, este centro ficará situado no campus descentralizado da Quinta do Bonito da Escola Superior Agrária de Santarém, localizado em Mato Miranda, Golegã.

 

A futura infraestrutura tem como objetivos "promover a investigação e experimentação nas áreas do ambiente, bem-estar animal, alimentação, genética e maneio; apoiar a formação específica de quadros técnicos e intermédios; testar produtos e equipamentos; validar técnica e cientificamente produtos e processos; promover o intercâmbio regular entre as escolas e a produção suinícola; assim como dinamizar e divulgar o conhecimento científico sobre o setor".

 

"A I&D tem merecido a maior atenção por parte do setor da suinicultura. Muitas explorações já desenvolvem parcerias com universidades e centros tecnológicos em projetos de inovação, mas o novo centro tecnológico vai permitir agregar informação dispersa e gerar sinergias entre as empresas e as universidades", realça Vítor Menino, presidente do Aligrupo – Agrupamento de Produtores de Suínos.

 

Paralelamente, a FPAS estabeleceu um protocolo com a Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa para colaboração no plano técnico e científico, na formação e na divulgação de boas práticas, no intercâmbio de dados e informação e, ainda, na partilha de recursos que se destinam a apoiar cada uma das instituições.

 

A FPAS adianta que firmou também protocolos com o Instituto Superior de Agronomia, a Universidade de Évora e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro "de forma a introduzir medidas que tornem as explorações suinícolas mais sustentáveis do ponto de vista ambiental".

 

De resto, conclui a FPAS, "o novo centro tecnológico e os protocolos já em curso com as várias instituições de ensino superior reforçam a aposta da suinicultura em projetos de Investigação e Desenvolvimento nos domínios da alimentação animal, bem-estar animal, genética, melhoramento e preservação de raças autóctones, construções e equipamentos".

 

O setor da suinicultura é responsável por um volume de negócios agregado superior a mil milhões de euros no país e emprega mais de 50 mil pessoas.

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