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“Vamos falar de porco”. Campanha desfaz mitos sobre carne portuguesa
Os produtores de três países lançaram uma campanha publicitária sobre a ligação entre a produção e o consumo de carne de porco e temas sensíveis como o ambiente, nutrição, segurança alimentar ou bem-estar dos animais.
A alimentação dos porcos é artificial e à base de antibióticos que estimulam o crescimento rápido? Vivem em jaulas e são transportados em más condições? Produzem gases com efeito de estufa e têm um contributo relevante para as alterações climáticas? A carne não é rica em proteínas? Os derivados de suíno são pouco seguros e saborosos? Posso ficar com o cabelo cor de rosa? Estes são alguns dos "mitos mais frequentes" que os produtores querem desfazer numa campanha que acaba de ser lançada em Portugal, Espanha e França.
Com o lema "Let’s Talk About Pork From Europe" (vamos falar de carne de porco da Europa), a iniciativa vai durar três anos, decorre em vários suportes publicitários - televisão, "outdoor" e na internet e nas redes sociais – e tem um orçamento global de 7,5 milhões de euros, dos quais 1,4 milhões serão investidos no mercado português. É dirigida sobretudo aos jovens até aos 30 anos de idade nestes três países, escolhidos pela importância que a carne de porco assume na economia local e também na própria dieta alimentar mediterrânica.
Segundo os dados partilhados pela Aligrupo e pela Agrupalto, os dois agrupamento de produtores de suínos responsáveis pela campanha em Portugal, cada português consome, em média, 44 quilos de carne de porco por ano. O setor da suinicultura é responsável por um volume de negócios agregado superior a mil milhões de euros no país e emprega mais de 50 mil pessoas, contribuindo para fixar população nas regiões mais rurais e desertificadas.
Vítor Menino, presidente da Aligrupo, quer aproveitar esta oportunidade para "desmistificar e esclarecer dúvidas sobre a relação da suinicultura com o meio ambiente e também com a segurança alimentar, o bem-estar animal, a investigação, a diversidade, os benefícios nutricionais e a alimentação animal". "Durante a campanha, o objetivo é esclarecer, informar e comprovar que adotamos as técnicas de produção mais avançadas do mundo e que a carne de porco que se vende em Portugal obedece às mais rigorosas regras de segurança alimentar e bem-estar animal", acrescenta.
(Título e texto alterados às 20:05 para retirar a referência ao envolvimento da Comissão Europeia nesta campanha que, ao contrário do que foi difundido pelos organizadores, é unicamente da responsabilidade dos produtores.)