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Os preços dos alimentos vão subir?

Prever a evolução dos preços das matérias-primas agrícolas é uma tarefa muito difícil, pela grande variedade de factores que têm influência – a começar pela evolução cambial, até às decisões políticas que podem afectar o equilíbrio entre oferta e procura. A expectativa, no entanto, é a de que os preços globais podem subir no próximo ano em alguns dos produtos mais importantes, como o milho, o trigo e a soja.

27 de Dezembro de 2012 às 10:00
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Prever a evolução dos preços das matérias-primas agrícolas é uma tarefa muito difícil, pela grande variedade de factores que têm influência – a começar pela evolução cambial, até às decisões políticas que podem afectar o equilíbrio entre oferta e procura. A expectativa, no entanto, é a de que os preços globais podem subir no próximo ano em alguns dos produtos mais importantes, como o milho, o trigo e a soja.

Os preços de boa parte das "commodities" agrícolas subiram em 2012, um ano que ficou marcado por secas em regiões como os EUA, América do Sul e o Mar Negro. Para 2013, o Goldman Sachs antecipa que "a combinação dos riscos na produção e dos sinais resilientes de procura originará preços mais elevados nos próximos meses, sobretudo do milho".

No trigo, a redução das previsões de produção na Austrália e na região do Mar Negro aponta para "stocks" mundiais apertados, assinala Concépcion Calpe, economista da Food and Agriculture Organization (FAO), em declarações ao Negócios. Essa situação poderá, indica, ser mitigada pela menor utilização do trigo na alimentação animal.

Perspectivas de oferta e procura relativamente apertadas enfrenta também a soja, assinala a economista do organismo das Nações Unidas, que sublinha a imprevisibilidade das previsões que se podem fazer para o próximo ano. Já o arroz e o açúcar estão numa situação mais confortável, indica. Crucial para as previsões é a evolução do preço do petróleo, para a qual a maioria dos analistas prevê poucas alterações no próximo ano.

 

 

Deflação pode ser novo risco para a economia

Até ao final deste ano, os preços no total da economia deverão ter uma evolução negativa, mostram os dados da OCDE e que a UTAO (Unidade Técnica de Apoio Orçamental) referiu no início de Dezembro. A confirmar-se, seria a primeira vez que isso aconteceria desde 1963 (segundo a base de dados da Comissão Europeia). No entanto, os técnicos da UTAO - órgão de apoio dos deputados da Assembleia da República - avisam que esta contracção não "representa necessariamente um risco deflacionista", devendo-se "ao ajustamento de preços inerente ao processo de redução da procura interna e de restabelecimento da competitividade externa da economia". Ainda assim, essa queda terá um impacto negativo no PIB nominal, fazendo aumentar o rácio da dívida.  

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