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Os preços dos alimentos vão subir?
Prever a evolução dos preços das matérias-primas agrícolas é uma tarefa muito difícil, pela grande variedade de factores que têm influência – a começar pela evolução cambial, até às decisões políticas que podem afectar o equilíbrio entre oferta e procura. A expectativa, no entanto, é a de que os preços globais podem subir no próximo ano em alguns dos produtos mais importantes, como o milho, o trigo e a soja.
Prever a evolução dos preços das matérias-primas agrícolas é uma tarefa muito difícil, pela grande variedade de factores que têm influência – a começar pela evolução cambial, até às decisões políticas que podem afectar o equilíbrio entre oferta e procura. A expectativa, no entanto, é a de que os preços globais podem subir no próximo ano em alguns dos produtos mais importantes, como o milho, o trigo e a soja.
Os preços de boa parte das "commodities" agrícolas subiram em 2012, um ano que ficou marcado por secas em regiões como os EUA, América do Sul e o Mar Negro. Para 2013, o Goldman Sachs antecipa que "a combinação dos riscos na produção e dos sinais resilientes de procura originará preços mais elevados nos próximos meses, sobretudo do milho".
Perspectivas de oferta e procura relativamente apertadas enfrenta também a soja, assinala a economista do organismo das Nações Unidas, que sublinha a imprevisibilidade das previsões que se podem fazer para o próximo ano. Já o arroz e o açúcar estão numa situação mais confortável, indica. Crucial para as previsões é a evolução do preço do petróleo, para a qual a maioria dos analistas prevê poucas alterações no próximo ano.
Deflação pode ser novo risco para a economia
Até ao final deste ano, os preços no total da economia deverão ter uma evolução negativa, mostram os dados da OCDE e que a UTAO (Unidade Técnica de Apoio Orçamental) referiu no início de Dezembro. A confirmar-se, seria a primeira vez que isso aconteceria desde 1963 (segundo a base de dados da Comissão Europeia). No entanto, os técnicos da UTAO - órgão de apoio dos deputados da Assembleia da República - avisam que esta contracção não "representa necessariamente um risco deflacionista", devendo-se "ao ajustamento de preços inerente ao processo de redução da procura interna e de restabelecimento da competitividade externa da economia". Ainda assim, essa queda terá um impacto negativo no PIB nominal, fazendo aumentar o rácio da dívida.