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Passos Coelho desafia António Costa a dizer o que pensa sobre as pensões

O presidente do PSD desafiou hoje o secretário-geral do PS a dizer que planos tem para a sustentabilidade do sistema de pensões e prometeu para a próxima legislatura um ciclo de prosperidade como não via "há muitos anos".

Bruno Simão/Negócios
Lusa 18 de Abril de 2015 às 19:38

"Esperava que o PS tivesse, antes das eleições fechado connosco um acordo que reformasse a segurança social e garantisse que, nos próximos 10/15 anos, todos pensionistas receberiam as suas pensões sem risco. Como não se quer comprometer, o PS diz que, até as eleições não acorda nada. Não diz que depois das eleições não fará qualquer coisa… Mas era útil que [o secretário geral socialista, António Costa] dissesse se acha ou não acha que há um problema de sustentabilidade das pensões que tem de ser resolvido", afirmou Pedro Passos Coelho, na Maia, na sessão de encerramento do Fórum Distrital de Autarcas.

 

Sustentando que "o sistema político deve salvaguardar o país do que já passou", o líder social-democrata defendeu a "confluência das forças políticas de maior dimensão para evitar erros do passado", mas prometeu que, com o PSD novamente no poder, "Portugal conhecerá um crescimento e desenvolvimento como não teve em muitos anos".

 

A intenção, explicou, é "dar aos portugueses a prosperidade a que têm direito" sem riscos de a voltar a por em causa.

 

"Estivemos ao serviço dos portugueses para os retirar da crise em que os colocaram. Podemos estar agora ligados a um ciclo de crescimento e progresso, de retoma económica e desenvolvimento", defendeu Passos Coelho.

 

Para o presidente do PSD, o país tem "muitas oportunidades" que precisa de aproveitar porque "não vão durar para sempre" e, simultaneamente, deve "preparar-se estruturalmente para viver sem elas".

"Não podemos fazer experiências de regresso ao passado. É porque não sabemos o que o futuro nos traz que temos de ser prudentes e prepararmo-nos para qualquer eventualidade", alertou.

 

"É muito importante que os próximos quatro anos sejam de equilíbrio e realismo", frisou.

 

Para o presidente do PSD, "nem todos aprenderam devidamente estas lições".

 

Passos Coelho notou que o PSD tem "uma estratégia muito clara para o caminho da recuperação económica e social", destacando que o partido não é de "perder a cabeça" quando está "aflito" ou tem "eleições à porta".

 

"Não vamos por em causa o nosso trabalho para alargar o resultado das eleições. Não é por haver eleições que vamos entrar num caminho de falsas promessas ou ilusões que nos obriguem a desdizer daqui a uns meses", afirmou.

 

O líder do PSD criticou ainda quem acha que o crescimento de 2,4% apontado para o próximo ano é pouco.

 

"O PS acha que a crise fez o país recuar 15 anos por perder 6,5% do PIB. Se nos próximos anos se prevê um crescimento de 9,2%, como é que isto é considerado pouco?", questionou, frisando ter em mente "um país com capacidade de crescer sem andar para trás".

 

Passos Coelho prometeu ainda "disciplina e credibilidade" e "remover as medidas restritivas gradualmente a toda a gente".

 

O secretário-geral do PS disse na sexta-feira que o partido não tem "a menor disponibilidade" para dialogar com o Governo sobre um novo corte de 600 milhões de euros nas pensões, recusando "fazer remendos" para compensar a incapacidade orçamental.

 

O líder socialista assegurou, contudo, que "ninguém chegará às eleições sem saber tudo o PS promete fazer", remetendo para dia 6 de Junho todos os esclarecimentos.

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