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Passos Coelho: "Ainda vamos pagar o passado durante muitos anos"

O primeiro-ministro defendeu esta sexta-feira a importância do país reduzir o endividamento e manter uma política orçamental credível. E estabeleceu como prioridade o investimento privado, suportado por capitais externos e alívio da tributação sobre as empresas.

Rui Peres Jorge rpjorge@negocios.pt 17 de Abril de 2015 às 13:40
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A redução do endividamento privado e público serão objectivos centrais para os próximos defendeu Pedro Passos Coelho, que avisou para a necessidade do país manter uma política orçamental credível e apostar numa estratégia de crescimento baseada no investimento privado, financiado com atracção de capital externo e desagravamento da carga fiscal sobre as empresas. 

 

"Iniciámos a nosso programa de ajustamento com excesso de dívida publica e de dívida privada" e os stocks ainda se mantêm. Do lado público, Passos Coelho diz que já "já temos um saldo orçamental primário (sem juros) positivo" mas que em termos globais ainda haverá um défice: "ainda estamos a parar o porta-aviões"  afirmou, avisando: "Ainda vamos pagar o passado durante muitos anos".

 

Recusando  um modelo de crescimento assente no crédito e na dívida privada e pública, o primeiro-ministro avançou ainda duas outras prioridades para incentivar o investimento e a criação de empregos: atrair capital estrangeiro – "venha de onde vier é bem vindo"- , e baixar a tributação sobre as empresas. A prioridade à redução da tributação sobre as empresas é, para o Executivo, "uma prioridade muito clara".

 

Do lado do sector público, o primeiro-ministro avisou ainda que "não podemos aliviar a atenção que damos a disciplina e ao rigor orçamental", não só porque é essencial reduzir o nível de dívida pública, mas também porque "podemos atingir a credibilidade da política económica". E é por isso que a reforma da segurança social e o corte de 600 milhões de euros previsto no Programa de Estabilidade é essencial, defendeu.

 

O primeiro-ministro defendeu ainda as reformas que implementou no passado, em particular a reforma do mercado laboral, e o programa de privatizações, este último essencial para colmatar a falta de capital na economia. Para os próximos anos defendeu a necessidade de reformar a segurança social, aproveitar os fundos estruturais que aí vêm para acelerar a transformação estrutural da economia, os investimentos ao abrigo do programa Juncker, e uma aposta num mercado único para energia na europa.    

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