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"Portugal, sendo um país pequeno e cuja economia se contraiu muito, que vive num ambiente de taxas de juro baixas" necessita de maior concentração bancária. António Horta Osório foi o primeiro a defender um aumento da consolidação do sistema bancário português. "Portugal tem cinco grandes bancos e no ano passado, excepto um, todos tiveram prejuízos. Com menos bancos a rentabilidade aumentará", justificou.
O presidente do Lloyds não receia os impactos da concentração no mercado, e acredita que, através de maior consolidação, o sector recuperará rentabilidade sem penalizar a concorrência. "Gosto muito de rentabilidade com concorrência. Quer o Santander Totta em Portugal, quer o Lloyds em Inglaterra são bons exemplos" de que é possível conjugar os objectivos.
É por esta razão que o banqueiro lamenta que o BPI tenha sido excluído da corrida à compra do Novo Banco. Até porque as duas instituições têm "sinergias importantes e racionais", já que a sua carteira de crédito se completa. Mas Horta Osório admite que também haja complementaridade na eventual fusão entre o BPI e o BCP.
Já Fernando Ulrich recusou pronunciar-se sobre os cenários que possam envolver o banco que lidera. Depois de o BPI ter sido excluído do processo do banco de transição, tem em cima da mesa a oferta pública de aquisição (OPA) do CaixaBank e o desafio de Isabel dos Santos para avaliar uma eventual fusão com o BCP. No entanto, o banqueiro concorda que o reforço da concentração de banca é incontornável. "A consolidação no sistema bancário europeu e português é um movimento inexorável. Quais vão ser as operações e quais terão êxito, veremos".
Carlos Rodrigues, presidente do Banco BIG, também optou por não fazer comentários sobre a encruzilhada em que se encontra o concorrente. "O importante é que um banco nacional como é o BPI, que tem vindo em crescente evolução em tamanho e estabilidade, possa continuar a ser um pilar da banca no nosso país. Independentemente do que venha a ser futuro do BPI", sublinhou.