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Mais de 5 milhões de pessoas descontaram para a Segurança Social. 14% são estrangeiros

Os dados foram apresentados pela ministra do Trabalho no Parlamento, que sustenta que apesar dos tempos "desafiantes" o emprego "é sustentável". Jovens "qualificados" que mudam de emprego

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Mais de 5 milhões de pessoas descontaram para a Segurança Social de janeiro a agosto, 720 mil das quais são trabalhadores estrangeiros.

Os dados foram apresentados pela ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, numa audição no Parlamento a propósito da proposta de orçamento do Estado para 2024.

"Os últimos dados que temos da segurança social de janeiro a agosto mostram que ultrapassamos pela primeira vez 5 milhões de trabalhadores a descontarem para o sistema de segurança social", disse na audição conjunta das comissões de orçamento e finanças e do trabalho.

No mesmo período houve "720 mil trabalhadores estrangeiros a participarem no sistema e a serem contribuintes ativos para o sistema".

"São tempos de desafio, de incerteza", mas o emprego "é sustentável", disse a ministra. Em termos homólogos o aumento foi de 190 mil pessoas.

O desemprego tem estado em níveis historicamente baixos. Contudo, os últimos dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) apontem para um aumento homólogo de 4,5% no número de desempregados inscritos, o mais alto em dois anos e meio. O lay-off também está a aumentar de forma expressiva.

A informação do INE tem revelado que a economia é capaz de criar emprego ao mesmo tempo que o número de desempregados aumenta, uma vez que há mais trabalhadores ativos.

Para a Segurança Social descontam não apenas os trabalhadores do privado, mas todos os trabalhadores do Estado que foram admitidos de 2006 para cá, estimando-se que mais de metade dos trabalhadores do Estado estejam já na Segurança Social.

Um quinto dos trabalhadores recebem o mínimo

Na sua primeira intervenção, Ana Mendes Godinho disse ainda que de forma acumulada os salários estão a subir 8%.

Os últimos dados publicados apontam para um aumento de 5,1% em termos homólogos e de 7,4% de forma acumulada.

O Governo também tem dito que o peso do salário mínimo nunca foi tão baixo, mas o secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, esclareceu depois que isso significa que cerca de 20% dos trabalhadores recebem o valor mínimo (de 760 euros brutos por mês, valor que sobe em janeiro para 820 euros).

Ana Mendes Godinho disse ainda que os dados da Segurança Social mostram que quando mudam de contrato de trabalho os jovens têm um aumento de 19%.

"Jovens qualificados que estão a mudar de emprego estão este ano com um prémio de 19% quando mudam de contrato de trabalho", disse.

Por outro lado, "se excluirmos a construção civil, 55% dos novos trabalhadores que estão a entrar no mercado de trabalho são trabalhadores relacionados com as áreas científicas, tecnológicas e da informação e comunicação", disse.

Notícia atualizada às 13:23 com mais informação
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