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Governo discute salário mínimo de 2020 com parceiros sociais na quarta-feira

António Costa revelou que quer chegar ao final da legislatura com um salário mínimo de 750 euros, mas ainda não divulgou os passos para lá chegar. Concertação social discute na quarta-feira o aumento que entra em vigor já em Janeiro.

Lusa
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O Governo convocou os parceiros sociais para uma reunião formal de concertação social na próxima quarta-feira, dia 6, para discutir o salário mínimo que entra em vigor já daqui a dois meses, em Janeiro de 2020.

Atualmente, o salário mínimo está nos 600 euros brutos e o primeiro-ministro, António Costa, já disse que o quer aumentar para 750 euros até ao final da legislatura. O Governo ainda não divulgou, contudo, qual o valor que vigorará no próximo ano.

De acordo com os contactos realizados pelo Negócios, a primeira reunião de concertação social depois das eleições tem como ponto da ordem de trabalhos o aumento da retribuição mínima em 2020, sem prejuízo de serem abordados outros assuntos.

Antes da reunião de quarta, na terça-feira, ainda haverá reuniões bilaterais com a nova ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho. 

As associações patronais reagiram bem à meta traçada por António Costa para daqui a quatro anos.

Uma semana depois de ter defendido que um salário mínimo de 700 euros no final da legislatura seria "perfeitamente razoável", admitindo até ir mais longe "se a economia o permitir", o presidente da CIP, António Saraiva, considerou, em declarações ao Público, que "não há contradição" entre a meta que acabou por ser anunciada pelo Governo e pelas associações patronais.

Nessa entrevista ao Negócios e à Antena 1, o presidente da CIP tinha sublinhado a importância de sujeitar o aumento do salário mínimo à evolução da economia, uma condição que foi interpretada pela CGTP como "um travão de mão" semelhante ao que, em 2011, impediu que o salário mínimo atingisse o valor que estava previsto para esse ano: 500 euros.

Saraiva acrescentou ainda que num acordo mais global sobre salários, como o que Governo também quer promover, deve ser considerada a redução das tributações autónomas, tendo ainda apelado ao reforço de verbas para a formação.    

Já a UGT tem defendido um salário mínimo de 800 euros no final da legislatura e de 660 euros para 2020, de forma a compensar as perdas do período de ajustamento. A CGTP defende 850 euros "a curto prazo". 

Notícia atualizada às 17:40 com pequenas correções e a informação sobre reuniões bilaterais entre parceiros e governo na terça-feira.

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