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BE diz que "avanços e recuos" do Governo nas pensões são propaganda

A porta-voz do Bloco de Esquerda Catarina Martins, afirmou esta terça-feira que os "avanços e recuos" do Governo quanto aos cortes que pretende fazer nas pensões são "discurso de propaganda", referindo que deve dizer como vão ser aplicados.

Bruno Simão/Negócios
26 de Maio de 2015 às 19:50
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"Avanços e recuos é discurso de propaganda. No que vale, [os deputados da maioria PSD/CDS] votaram cortar 600 milhões de euros nas pensões", disse a líder do Bloco de Esquerda (BE) aos jornalistas à margem de uma iniciativa do partido, que decorreu hoje em Lisboa.

 

Depois de pintar um mural que assinala os 15 anos do projecto-lei que tornou a violência doméstica um crime público, Catarina Martins sublinhou que o executivo ainda não disse como vão ser aplicados os cortes nas pensões.

 

"A bem da clareza, depois de já terem votado os cortes, está bem na altura de dizer como é que pretendem fazer esses cortes, quem é que vai ser afectado e como", acrescentou.

 

Catarina Martins referia-se à aprovação, em plenário, de um projecto de resolução da maioria de apoio ao programa de estabilidade que contém uma poupança prevista de 600 milhões de euros em 2016, com uma reforma do sistema de pensões que ainda não foi especificada.

 

A porta-voz do BE ressalvou que "não é opinião do Bloco que o Governo está a mentir ou que Maria Luís Albuquerque ou Mota Soares estão a mentir sobre esta matéria", acrescentando que "os deputados de PSD e CDS, todos e todas elas, votaram a favor dos cortes de 600 milhões de euros" propostos pelo Governo na Assembleia da República.

 

"Não é um problema de opinião nossa, é um problema da vontade de PSD e CDS que eles já votaram publicamente", vincou Catarina Martins, acrescentando que "o Bloco de Esquerda acha que não podem existir esses cortes", sendo por isso "essencial derrotar este Governo nas próximas eleições".

 

A ministra das Finanças disse no sábado que o processo de garantia da sustentabilidade da Segurança Social pode passar por reduções nas atuais pensões, se tal significar uma melhor redistribuição do esforço. Na segunda-feira, Maria Luís Albuquerque afirmou que o Governo não tem ainda uma solução definida para garantir a sustentabilidade da Segurança Social e que quer "um amplo consenso" com o PS e na Concertação Social.

 

Por seu turno, o ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, afirmou que "qualquer alteração ao sistema de pensões deve ser discutida em amplo consenso político, nomeadamente com o maior partido da oposição", sublinhando que "não há neste momento nenhuma medida a ser discutida, não há nenhuma proposta a ser apresentada".

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