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Ataque em França: Português ferido em coma induzido e com bala alojada no cérebro

O português que ficou gravemente ferido no ataque de sexta-feira em França encontra-se em coma induzido e com prognóstico reservado, segundo o secretário de Estado das Comunidades, que este sábado visitou a família da vítima.

Reuters
24 de Março de 2018 às 13:33
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A viver em França há cerca de dois anos, o português que ficou gravemente ferido no ataque de sexta-feira em França encontra-se em coma induzido e com prognóstico reservado.

 

Em declarações à agência Lusa, o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, que este sábado visitou a família da vítima, adiantou que o jovem, natural da zona de Coimbra e com 26 anos, tem uma bala alojada no cérebro.

 

O governante refere que a vítima está numa unidade de neurocirurgia em coma induzido, devendo assim permanecer durante alguns dias, enquanto são realizados exames e avaliações médicas.

 

Isto porque a bala está alojada numa zona do cérebro que não permite extracção imediata, pelo menos, segundo as informações que foram transmitidas pelos responsáveis hospitalares ao secretário de Estado.

 

O governante adiantou que está a ser dado à família apoio psicológico, de alimentação e alojamento. Além disso, os serviços consulares estão também a tratar da documentação da família, uma vez que só o pai do jovem estava inscrito nos serviços consulares por residir há mais tempo em França.

 

A família tem origem na zona de Coimbra e o pai estava há 11 anos a residir em França. O jovem encontra-se a viver no país há cerca de dois anos.

 

"É importante para nós garantir que esta família terá todo o apoio. Hoje mesmo à tarde a família deve encontrar-se com uma associação de apoio às vítimas de atentados terroristas", afirmou o secretário de Estado das Comunidades.

 

Na sexta-feira ao fim da tarde, o secretário de Estado tinha dado a informação de que um cidadão de nacionalidade portuguesa estava entre os mortos no ataque terrorista, por assim ter sido informado pelas autoridades locais.

 

A informação errada tinha sido inadvertidamente dada pelos responsáveis de gestão de crise ao vice-cônsul português.

 

Isto terá ocorrido porque o jovem português tinha os seus documentos de identificação no carro onde seguia com um amigo, um cidadão francês, que acabou por morrer no ataque.

 

O ataque ocorreu em Carcassonne e Trèbes, no sul de França e provocaram quatro mortos, incluindo o atacante. O atacante sequestrou trabalhadores e clientes num supermercado, afirmando agir em nome do grupo extremista Estado Islâmico.

Presidente da República falou com pai do português gravemente ferido

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou na sexta-feira à noite com o pai do português gravemente ferido em Trèbes, prestando a sua solidariedade e desejando as melhoras, divulgou a presidência.

 

"O Presidente da República falou esta noite com o pai da vítima portuguesa gravemente ferida no ataque em Trèbes, desejando as melhoras e a manifestar a sua solidariedade neste momento difícil", lê-se na mensagem divulgada no sítio da internet do Palácio de Belém.

 

Marcelo Rebelo de Sousa transmitiu igualmente, "em nome de todos os portugueses", a sua solidariedade para com o povo francês, ao Presidente da República Francesa, Emmanuele Macron, "especialmente para com as famílias das vítimas de mais este atroz ato terrorista naquele país".

 

"O Presidente da República sublinha a sua convicção na importância da Europa se manter unida no combate à violência e ao terrorismo", sublinha o Palácio de Belém.

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