A cidade da Maia, que tem cerca de 150 mil habitantes, vai ter um hospital, finalmente.

O velho sonho do município vai ser concretizado por um dos maiores grupos privados portugueses, a Trofa Saúde, que apresentou esta quinta-feira, 11 de julho, nos Paços do Concelho, o seu novo projeto, que está orçado em 50 milhões de euros e prevê a criação de 400 novos postos de trabalho.

Presente na cerimónia, o presidente da Câmara da Maia recordou que "já vários grupos empresariais apresentaram ideias para construir unidades hospitalares no município, contudo, isso nunca aconteceu. Até agora", sinalizou, numa nota enviada pela autarquia ao Negócios.

Classificando o investimento da Trofa Saúde na Maia como um "projeto único" e há muito "desejado" pelo município, enfatizou que "vai ser um hospital de referência, de excelência, com tudo o que um hospital deve ter para cobrir as necessidades da população".

O hospital Trofa Saúde da Maia, com arranque da construção previsto para janeiro próximo e conclusão para outubro de 2026, será um edifício envidraçado com cinco pisos e uma área superior a 20 mil metros quadrados, a que acresce uma área de estacionamento com cerca de 300 lugares exteriores e interiores.  

A construir entre as avenidas de D. Mendo e de António Bragança Fernandes, perto do centro da cidade, o Trofa Saúde da Maia terá, entre outras valências, internamento com 60 camas distribuídas em 50 quartos, mais de 100 gabinetes de consulta externa, bloco operatório com quatro salas de cirurgias convencionais e de ambulatório, e serviço de atendimento permanente 24 horas para adultos e crianças, com suporte em ortopedia e cirurgia geral.

Para Bruno Gomes, CEO da Trofa Saúde, o facto de o grupo continuar a expandir a sua rede hospitalar, que já conta com 20 hospitais em Portugal, "reflete o compromisso do grupo com a proximidade e a excelência no atendimento, para garantir que 80% da população portuguesa tenha uma unidade Trofa Saúde a menos de 30 minutos da sua residência".

 A Trofa Saúde, que emprega mais de duas mil pessoas, foi fundada em 1999 por José Vila Nova, atual vice-presidente do grupo, que é liderado pelo irmão António Vila Nova, que juntamente com a irmã Beatriz (e seu marido) controlam metade do capital do grupo.