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Tempo de espera de operações é o mais elevado desde 2011

Apesar de no ano passado terem sido feitas 568 mil cirurgias, o número não foi suficiente para responder ao aumento da lista de espera que no final de 2016 somava mais de 210 mil doentes, conta o JN.

29 de Agosto de 2017 às 10:35
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Em 2016 foram realizadas 568 mil operações, o número mais elevado desde a criação do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos em Cirurgia. No entanto, segundo o relatório de Acesso aos Cuidados de Saúde relativo a 2016 citado pelo Jornal de Notícias, não foi o suficiente para conseguir responder ao crescimento da procura. Isto porque no final de 2016 a lista de pacientes a aguardar por cirurgia totalizava 210.906 inscritos.

De acordo com o mesmo documento citado pelo jornal, em média o tempo de espera rondou os 3,3 meses no ano passo, o valor mais elevado desde 2011.

Na edição desta terça-feira, 29 de Agosto, o Jornal de Noticias relata ainda que no ano passado 22 mil doentes inscreveram-se na lista de espera e foram operados no mesmo dia, passando à frente de outras pessoas que aguardavam há mais tempo.

Questionado pelo jornal sobre os motivos desta situação, o Ministério da Saúde não respondeu em tempo útil. 

Mas, em nota de imprensa enviada esta manhã, o Ministério da Saúde afirma que "o número de utentes operados no SNS atingiu o valor mais elevado de sempre em 2016, tendo-se realizado 568.765 cirurgias, mais 1,5% do que em 2015, e mais cerca de 65.000 do que em 2011".

 

Em relação ao ano passado, o Governo diz ter registado "o número mais elevado de entradas em lista de inscritos para cirurgia" desde a constituição do Sistema de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), o que diz ser revelador do "aumento da procura dos hospitais do SNS para a realização de atividade cirúrgica".

 

Ainda assim, garante que o tempo médio de espera dos operados "manteve-se cerca dos 3 meses (3,1 meses)" e que houve uma "melhoria do grau de cumprimento dos tempos máximos de resposta garantidos para os utentes com níveis de prioridade mais elevados." 

Já o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), Alexandre Lourenço, quer que se avance com uma investigação e monitorização às unidades hospitalares onde houve este tipo de situações.

"Temos de ser duros face a situações que coloquem em causa o direito de acesso aos doentes", referiu, citado pelo JN.

(Notícia actualizada às 10:59 com posição do Ministério da Saúde)

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