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Temido diz que saída do líder da Saúde 24 nesta altura foi coincidência temporal
A ministra da Saúde assegura que Henrique Martins não foi demitido da presidência dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde uma vez que o respetivo mandato terminara no final de 2019 e que o “processo seguiu a sua tramitação normal”. Temido garante que o Governo começou a preparar substituição do conselho de administração ainda em dezembro.
O afastamento de Henrique Martins, que será substituíudo pelo antigo secretário de Estado Luís Goes Pinheiro, foi ontem conhecido, na mesma semana em que o antigo responsável atribuiu aos cortes orçamentais a responsabilidade pelas deficiências do serviço e em que disse ter feito diversos alertas ao Governo. E depois de uma professora, que foi diagnosticada na quarta-feira com coronavírus, ter alegadamente contactado o serviço do SNS Saúde 24 após regressar de Itália recebendo a indicação de que poderia continuar a dar aulas.
A ministra da Saúde sustentou que Martins e a respetiva equipa (Artur Mimoso e João Martins) não foram demitidos e que a saída do SPMS se deveu à decisão do Governo não renovar o mandato por mais três anos. "O processo seguiu a tramitação normal", explicou notando que "quando termina uma comissão de serviço temos de fazer avaliação" sobre a eventual continuidade, acrescentando que a decisão foi pela não recondução.
No debate quinzenal de quarta-feira, o primeiro-ministro, desafiado pelo deputado do Chega, André Ventura, a esclarecer se iria demitir adiretora-geral de Saúde, Graça Freitas, devido às informações contraditórias prestadas, António Costa defendeu que Portugal atravessa uma "epidemia e um risco de uma pandemia e há uma coisa que é certa: no meio da batalha não se mudam os generais. Travam-se as batalhas, vencem-se as batalhas, e é isso que faremos, com a senhora diretora-geral de Saúde".
(Notícia atualizada)