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SNS perdeu 1.400 médicos em três anos com saídas voluntárias

O número de rescisões, com os médicos a sair do Serviço Nacional de Saúde por vontade própria, tem vindo a superar as aposentações, escreve esta quinta-feira o Jornal i.

Arnaut: SNS corre o risco de ser um serviço de segunda categoria
08 de Janeiro de 2015 às 10:23
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Em três anos, 1.400 médicos abandonaram o Serviço Nacional de Saúde por sua iniciativa. O levantamento é feito pelo jornal i, que cita números da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

 

Segundo o mesmo jornal, as saídas por vontade própria aumentaram em 2010, quando começou o congelamento salarial na Função Pública. Em 2011 e 2012 foram mais do dobro das registadas em 2009, ultrapassando as 500 por ano. Em 2013, o último ano analisado, registaram-se mais 387.

 

Citado pelo i, Jorge Roque da Cunha, do Sindicato Independente dos Médicos, atribui as saídas à desmotivação e concorrência do sector privado que, diz, tem fragilizado os serviços.

 

A situação na saúde estará hoje na ordem do dia no Parlamento, na sequência de um debate potestativo agendado pelo Partido Socialista e que contará com a presença do ministro da Saúde, Paulo Macedo. O tema é a "situação das urgências hospitalares".

 

Nas últimas semanas, foram relatadas várias experiências de utentes nas urgências, com mais de 20 horas de espera para atendimento devido a problemas com os médicos escalados e a uma afluência maior do que o normal.

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