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Costa culpa Macedo por "paralisia" na Saúde

O secretário-geral do PS manifestou-se "preocupado" com a situação de paralisia de serviços essenciais do Estado, destacando a Saúde que diz ter entrado em ruptura numa situação normal, porque "todos os anos existe Natal e Ano Novo". A culpa, diz, é de quem governa.

Miguel Baltazar/Negócios
06 de Janeiro de 2015 às 13:41
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António Costa, secretário-geral do PS, manifestou-se "preocupado" com a situação de paralisia de serviços essenciais do Estado, destacando agora a Saúde, tutelada por Paulo Macedo, que diz ter entrado em ruptura numa situação normal, porque "todos os anos existe Natal e Ano Novo".

 

António Costa falava aos jornalistas após ter estado reunido mais de uma hora com uma delegação da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), liderada pelo seu presidente, António Saraiva.

 

"Gostaria de manifestar a minha preocupação com o facto de agora também o sector da saúde estar paralisado, tal como já tinha acontecido com a abertura do ano lectivo, com a avaliação dos professores e com o sistema informático da justiça. Uma paralisia por incapacidade da acção governativa", acusou o líder socialista.

 

Perante os jornalistas, o secretário-geral do PS afirmou que esta situação de paralisia "afecta sectores fundamentais da actividade do país".

 

"Não é possível que estejamos em pleno século XXI e que, em sectores fundamentais como a justiça, a educação e a saúde, se entre em situações de ruptura e em situações normais. Todos os anos existe Natal e Ano Novo", disse, numa referência aos casos controversos de mortalidade verificados em serviços de urgência de hospitais nacionais.

 

António Costa considerou então "inadmissível que o Governo não consiga assegurar o funcionamento de serviços fundamentais do Estado, causando graves problemas à população".

 

"Há uma enorme incompetência na acção governativa relativamente à gestão de serviços fundamentais - um resultado do desinvestimento e da pauperização acentuada no funcionamento dos serviços. Havia a ideia que os serviços poderiam ser esvaziados sem consequências, mas, como se vê, isso não acontece e as consequências são graves na saúde, na educação e na justiça", apontou o líder socialista.

 

O secretário-geral do PS recusou-se a comentar casos concretos controversos de mortalidade ocorridos em alguns hospitais portugueses.

 

No entanto, falou sobre "um padrão comum" na actuação do Governo perante serviços essenciais do Estado.

 

"Tivemos uma ruptura no sistema informático da justiça, uma situação de catástrofe na abertura do ano lectivo, um sistema de avaliação de professores que foi agora chumbado e casos de ruptura nas urgências hospitalares. Há, portanto, um padrão comum de incapacidade do Governo para assegurar o funcionamento de serviços públicos essenciais para o país", acrescentou.

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