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Saúde deve 300 milhões a fornecedores de equipamentos médicos
A denúncia é feita pela Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos ao jornal Público. A dívida com mais de 90 dias ocupa a maior fatia. Em média, demora 355 dias a ser paga.
A dívida do Sistema Nacional de Saúde (SNS) aos fornecedores de equipamentos médicos já ultrapassou os 300 milhões de euros.
A denúncia é feita esta sexta-feira, 1 de Setembro, pelo secretário-geral da Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos (Apormed) em entrevista ao jornal Público. João Gonçalves fala numa situação de "asfixia" e aponta o dedo ao "financiamento insuficiente" do SNS.
Os dados fornecidos ao Público mostra uma escala dos pagamentos em falta por parte dos hospitais e centros de saúde. Em Junho, o SNS devia às 58 empresas representadas pela Apormed – que asseguram 74% do seu fornecimento – 301,5 milhões de euros, mais 10% do que no mesmo mês de 2016.
A dívida vencida, ou seja, aquela que não é paga ao fim de 90 dias, cresceu 14% nesse período, fixando-se nos 201 milhões de euros. Em média, está a demorar 355 dias a ser paga.
Perante este cenário, João Gonçalves refere que muitas empresas estão a endividar-se ou a juntar-se a grupos espanhóis. Das 58 representadas da Apormed, 12 só mantêm uma rede de comerciais em Portugal.