Os membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) chegaram a acordo esta manhã para uma redução de um milhão de barris diários na produção do cartel. O objectivo é estancar a queda que se tem assistido nas cotações no último mês.

Com a notícia dos cortes na produção, o «brent» voltou a negociar acima dos 40 dólares, valorizando 1,49%, enquanto o crude, em Nova Iorque, avançava 0,89% para os 42,90 dólares.

A OPEP passará a debitar 27 milhões de barris por dia, número que corresponde à quota oficial de produção decretada pelo cartel. Nos últimos meses houve uma produção em excesso de forma a corresponder ao aumento de procura, mas face à queda nos preços desde Outubro e à subida dos «stocks» dos EUA, a OPEP decidiu abrandar os fornecimentos.

«A OPEP estaria a dar um tiro no pé se insistisse em produzir demasiado num Inverno que se prevê ameno, porque os preços cairiam para os 30 dólares por barril. Não fizeram nada de perigoso para o mercado», afirmou Adam Sieminski, analista do Deutsche Bank, citado pela Bloomberg.

A possibilidade de decretar cortes na produção originou alguma divisão no seio da OPEP, com o presidente da instituição, Purnomo Yusgiantoro, e o maior produtor, Arábia Saudita, a defenderem que o nível se deveria manter, enquanto a maioria dos países-membros pedia uma redução nos fornecimentos.

A visão da maioria terá prevalecido e os cortes começarão «quando o mercado o permitir, alguns em Janeiro, outros em Fevereiro», revelou o ministro do Petróleo do Kuwait, Ahmad Fahd al-Sabah.