Notícia
Paulo Macedo diz que taxa sobre sal e açúcar "não está em cima da mesa"
O ministro da Saúde põe assim fim à polémica que se levantou nas últimas semanas.
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A taxa sobre produtos com excesso de sal e de açúcar está em estudo no Ministério da Saúde mas não está implícita no Documento de Estratégia Orçamental (DEO), nem está "em cima da mesa".
"A minha opinião é que neste DEO, e sem acordo no Conselho de Ministros, [a taxa sobre produtos com excesso de sal e açúcar] não está em cima da mesa". A declaração é do ministro da Saúde, Paulo Macedo, que pôs desta forma fim à polémica em torno da taxa, e divergência de opiniões entre membros do Governo.
O ministro, que está a ser ouvido no Parlamento a requerimento do PCP, explicou que "nenhuma taxa será introduzida sem haver acordo em Conselho de Ministros", e o que acontece é que esse assunto está a ser estudado pelos serviços do Ministério da Saúde.
O tema veio a lume há duas semanas quando a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, anunciou a introdução de taxas sobre produtos nocivos à saúde, como uma das formas de fazer face ao problema das dívidas na saúde. Os governantes da saúde viriam a falar no aumento das taxas sobre o tabaco e álcool, e da introdução de taxas sobre produtos com excesso de sal e açúcar.
Mas o CDS/PP, pela voz do ministro da Economia, Pires de Lima, veio mostrar a sua discordância, dizendo ao "Público" que essa taxa era "um fantasma" nunca discutido em Conselho de Ministros e que não seria aplicada a indústria alimentar. Uma posição reforçada pela ministra da agricultura, Assunção Cristas.