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Maioria culpa Governo pelo caos nos hospitais e afasta demissão de Marta Temido

Sondagem da Intercampus feita para o Negócios, Correio da Manhã e CMTV mostra que mais de 60% dos inquiridos consideram que o caos nas urgências dos hospitais é responsabilidade do primeiro-ministro e da ministra da Saúde. Há ainda 8% que culpam diretamente aos médicos e enfermeiros.

As contratações para o Serviço Nacional de Saúde e para as escolas foram as que mais contribuíram para o aumento homólogo de 2,2% no primeiro trimestre.
Sérgio Lemos
13 de Agosto de 2022 às 09:30
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Mais de 60% dos inquiridos consideram que o caos nas urgências dos hospitais, que levou à morte de um bebé em junho, é culpa do Governo. A conclusão é de uma sondagem da Intercampus, feita para o Negócios, Correio da Manhã e CMTV, que mostra ainda que a maioria apoia que a ministra da Saúde se mantenha em funções.

À pergunta "quem tem a principal culpa no que se está a passar nos hospitais, principalmente nas consultas de obstetrícia", 45,5% dos portugueses responderam que é o Governo e o primeiro-ministro, António Costa.

O próprio António Costa, em debate na Assembleia da República, assumiu que "a responsabilidade política por tudo o que ocorre no Governo é obviamente do primeiro-ministro"."Até prova em contrário, só há uma pessoa que escolhe os membros do Governo e neste momento sou eu, e eu assumo a responsabilidade por tudo o que fazem os membros do Governo que escolhi", referiu, recusando-se a demitir a ministra da Saúde.

Já as administrações dos hospitais foram apontadas por 21,1% como principais culpadas pelo congestionamento na Saúde, uma percentagem superior aos que consideram que a ministra da Saúde, Marta Temido, é que é a principal responsável pelo problema (15%). Há ainda 7,9% a apontaram culpas diretamente aos médicos e enfermeiros, e 10,4% que não sabem ou não respondem.

A sondagem da Intercampus revela também que 49,6% dos eleitores concorda com António Costa em que não há necessidade de demitir a ministra face as dificuldades nas urgências dos hospitais. Apenas 39,3% consideram que a ministra devia ter-se demitido ou ter sido demitida, e 11,1% não sabem ou não respondem.

Questionados ainda sobre se os médicos que tiram o curso em universidades públicas portuguesas deveriam trabalhar no Serviço Nacional de Saúde (SNS) um certo número de anos, 60,3% respondem que "sim" e 32,6% discordam. Já 7,1% não sabem ou não respondem.


FICHA TÉCNICA

Objetivo: Sondagem realizada pela INTERCAMPUS para a CMTV, com o objetivo de conhecer a opinião dos Portugueses sobre diversos temas da política nacional, incluindo a intenção de voto em eleições legislativas. Universo: População portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal Continental. Amostra: constituída por 605 entrevistas. Seleção da amostra: A seleção do lar fez-se através da geração aleatória de números de telefone fixo / móvel. No lar a seleção do respondente foi realizada através do método de quotas de género e idade (3 grupos). Recolha da informação: A informação foi recolhida através de entrevista telefónica, em total privacidade. O questionário foi elaborado pela INTERCAMPUS e posteriormente aprovado pela CMTV. Os trabalhos de campo decorreram de 3 a 10 de agosto de 2022. Margem de erro: O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de 4%, Taxa de resposta: A taxa de resposta obtida neste estudo foi de 60,7%.

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