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Portugueses culpam Governo por crise na saúde. Maioria concorda com aumentos a médicos

Mais de metade dos inquiridos do barómetro da Intercampus culpam o Executivo pela crise no SNS. Profissionais de saúde são os mais poupados das críticas e maioria concorda com aumentos salariais.

Mariline Alves
29 de Outubro de 2023 às 10:30
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A maioria dos portugueses considera que o Governo liderado por António Costa é o principal responsável pela atual crise na saúde e defende que o aumento dos salários dos médicos seria uma boa via para solucionar a questão. As conclusões são do barómetro de outubro da Intercampus para o Jornal de Negócios, Correio da Manhã e CMTV.

Questionados sobre quem consideram ter mais culpas nesta crise 63,6% dos 604 inquiridos acusam o Governo. A seguir, surgem as administrações dos hospitais. Ainda que distantes do Executivo socialista, são a segunda entidade mais indicada pelos inquiridos e foram a resposta de 17,5%.

Os próprios profissionais de saúde, os protagonistas das reivindicações, são os que arcam menos culpas em toda esta questão, de acordo com os portugueses. Apenas 10,6% dos inquiridos consideram que estes são os principais responsáveis pela situação que se vive nos hospitais portugueses.



Quanto à resposta que deve ser dada para solucionar esta crise, a maioria dos portugueses (51,2%) defende que uma subida dos salários seria uma boa opção. Pelo contrário, mais de um terço dos inquiridos (33,3%) discorda que esse seja o caminho certo a seguir.

As negociações entre os sindicatos que representam os profissionais de saúde e o Governo estão a decorrer de modo a repor a normalidade nos hospitais do país. Na base desta crise está a recusa de centenas de médicos de realizarem horas extraordinárias para lá das 150 anuais a que estão obrigados.

A situação tem gerado falta de resposta aos utentes do Serviço Nacional de Saúde nas últimas semanas e pode mesmo agravar segundo o diretor executivo do SNS que já afirmou que novembro pode vir a ser "dramático" e o "pior mês nestes 44 anos do SNS" caso não haja um acordo entre as partes.


FICHA TÉCNICA

Objetivo: Sondagem realizada pela INTERCAMPUS para a CMTV, com o objetivo de conhecer a opinião dos Portugueses sobre diversos temas da política nacional, incluindo a intenção de voto em eleições legislativas. Universo: População portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal Continental. Amostra: A amostra é constituída por 604 entrevistas distribuídas proporcionalmente por Género, Idade e Região. Seleção da amostra: A seleção do lar fez se através da geração aleatória de números de telefone fixo móvel. No lar a seleção do respondente foi realizada através do método de quotas de género e idade (3 grupos). Foi elaborada uma matriz de quotas por Região (NUTSII), Género e Idade, com base nos dados do Recenseamento Eleitoral da População Portuguesa (31/12/2020) da Direção Geral da Administração Interna (DGAI). Recolha da informação: A informação foi recolhida através de entrevista telefónica, em total privacidade, através do sistema CATI Computer Assisted Telephone Interviewing O questionário foi elaborado pela INTERCAMPUS e posteriormente aprovado pela CMTV A INTERCAMPUS conta com uma equipa de profissionais experimentados que conhecem e respeitam as normas de qualidade da empresa Estiveram envolvidos 17 entrevistadores, devidamente treinados para o efeito, sob a supervisão dos técnicos responsáveis pelo estudo. Os trabalhos de campo decorreram de 18 a 23 de outubro de 2023. Margem de erro: O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95% é de mais ou menos 4%. Taxa de resposta: A taxa de resposta obtida neste estudo foi de 61,6%.

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