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Governo reforça SNS 24 com mais 81 enfermeiros e pondera juntar psicólogos

A linha de atendimento já tem capacidade tecnológica para atender 1.200 chamadas em simultâneo. Ministra assume que o país está prestes a entrar na fase de "mitigação" da epidemia.

11 de Março de 2020 às 10:07
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A partir desta sexta-feira, a linha de saúde SNS 24 será reforçada com mais 81 enfermeiros, avançou a ministra da Saúde, Marta Temido, na audição regimental que decorre esta manhã na Assembleia da República. A governante adiantou ainda que está a ser ponderado juntamente com as ordens profissionais a possibilidade de somar psicólogos a esta linha.

"Esta sexta-feira a SNS 24, a Altice, reforçará o número de enfermeiros disponíveis para o atendimento em 81", adiantou a ministra, em resposta ao deputado do PSD, Ricardo Baptista Leite. Além disso, o Governo vai-se "reunir com as ordens profissionais dos psicólogos para ter um apoio de psicólogos à linha SNS24. Não estava de início considerado mas pode ser importante", acrescentou.

A ministra explicou que num primeiro momento a valência de psicologia não estava considerada, mas com o surto do Covid-19 "pode ser importante".

Marta Temido disse ainda que está a ser feito um apelo para que as pessoas que precisem de informação, mas não esteja em causa uma questão de saúde contactem os serviços por email. A linha está também a aumentar o seu nível de informatização, sem dispensar, contudo, o contacto humano. 

A governante admitiu ainda a possibilidade de se abrir um novo call center e de se fazer atendimento noutros pontos, que não o call center.

Jamila Madeira, secretária de Estado da Saúde, acrescentou que a capacidade tecnológica da linha já foi reforçada, e apresentou os números: até segunda-feira, a linha permitia o atendimento em simultâneo de 200 chamadas. Na segunda-feira, foi reforçada para permitir um atendimento simultâneo de 500 chamadas. E desde terça-feira já permite que estejam 1.200 pessoas em linha ao mesmo tempo.

Reforço dos serviços de saúde e mais flexibilidade de gestão

Sobre o reforço da capacidade das unidades de saúde, Marta Temido esclareceu que logo no início do surto o Governo "procurou reforçar o stock das instituições em 20%", através de um despacho, no que diz respeito à "disponibilidade financeira e controlo de stocks, que garantissem as necessidades de equipamento e materiais necessários".

Porém, "enfrentamos restrições de disponibilidade de mercado", admitiu a ministra. Marta Temido explicou que alguns países adotaram medidas mais protecionistas, impedindo a exportação de equipamentos de proteção individual. Entretanto, a Comissão Europeia
abriu uma compra conjunta de equipamentos de proteção individual (por exemplo, máscaras ou botas), pelo que "teremos um reforço", assegurou Marta Temido. Ainda assim, frisou, é necessária uma "utilização crieriosa".


A ministra da Saúde revelou ainda que está a preparar uma proposta para a criação de um regime de exceção que permita às unidades de saúde ter maior autonomia de contratação, fundamental para dar resposta às necessidades excecionais. "Há um conjunto de aspetos que se prendem com a flexibilização das regras", assumiu Marta Temido, garantindo, porém, que as entidades neste momento já estão a "agir com prontidão, independentemente das regras". 


(Notícia atualizada às 10:45)

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