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Governo chama Jorge Jesus e Ana Malhoa para defender taxa sobre o sal

A página do Serviço Nacional de Saúde divulgou vídeos com três personalidades a alertar contra o consumo excessivo de sal. O Governo está a tentar garantir que a taxa sobre os produtos com excesso de sal não é chumbada no Parlamento.

Pedro Ferreira
Bruno Simões brunosimoes@negocios.pt 22 de Novembro de 2017 às 13:45

O imposto especial sobre produtos com excesso de sal – designado de taxa batata frita – foi uma das medidas mais emblemáticas que o Governo introduziu na proposta de Orçamento do Estado para 2018. Se for em frente, este imposto vai encarecer os pacotes de batatas fritas, bolachas e cereais com mais de um grama de sal por cada 100 gramas de produto. Porém, não há garantias de que a taxa avance, especialmente porque o PCP já disse ser contrário a impostos deste tipo – ao Observador, João Oliveira deu como garantido o voto contra.

 

O Governo, contudo, não desarma e tem vindo a insistir na moderação do consumo de sal nos últimos dias, antecipando as votações na especialidade do OE 2018, que hoje se iniciam. Esta terça-feira, por exemplo, foi colocado um texto na página do Serviço Nacional de Saúde em que nota que a "ingestão excessiva de sal é o comportamento alimentar inadequado que mais contribui para a perda de anos de vida saudável".

 

E na página do Facebook do SNS, começaram a ser partilhados também desde esta terça-feira vídeos com diversas figuras públicas a alertar contra o consumo excessivo de sal. Esta manhã foi divulgado um vídeo de Jorge Jesus, treinador do Sporting, a sugerir que se corte no consumo de sal. Esta terça-feira foram partilhados vídeos da cantora Ana Malhoa, que sugere que se corte o consumo de sal e se aumente o de pimenta, mas também da apresentadora Rita Ferro Rodrigues e da actriz Sara Matos.

 

A mensagem comum a todos os vídeos lembra as 30 toneladas de sal em excesso que os portugueses consomem diariamente – com base no Inquérito Alimentar Nacional, conduzido no ano passado e neste ano, que concluiu que cada português consome, em média, três gramas de sal a mais do que o recomendado.

A acompanhar cada um dos vídeos surge a mensagem: "A Assembleia da República votará, no âmbito do OE2018, a proposta da tributação sobre os alimentos com excesso de sal. Reduzir o consumo de sal na população portuguesa é urgente".



Ordens aprovam taxa sobre o sal


Ainda esta terça-feira, na conferência do Health Cluster Portugal, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, mostrou ter esperança que as "iniciativas que os senhores bastonários da Saúde" desenvolveram para "ajudar os senhores deputados a compreender que a modelação do consumo de sal e açúcar são imperativos de saúde pública" pudessem "ter sucesso".

Num parecer enviado para a Assembleia da República, as Ordens dos Médicos, dos Nutricionistas, dos Enfermeiros, dos Farmacêuticos e dos Médicos Dentistas deram "parecer favorável" à taxa sobre produtos com sal e exigiram ainda medidas para a promoção da educação alimentar, bem como iniciativas junto da indústria alimentar para a reformulação de produtos, escreveu a Lusa.

Também à Lusa, à margem do Congresso dos Nutricionistas, que hoje decorre em Lisboa, o perito João Breda, da Organização Mundial de Saúde, afirmou que esta taxa "é uma das mais eficazes" para reduzir o consumo de sal.

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