Notícia
Excesso de mortalidade em queda na Europa. Em Portugal morreram menos do que antes da pandemia
O inverno trouxe um pico de mortalidade por toda a Europa em contexto de pandemia, mas as temperaturas amenas que se têm feito sentir em Portugal estão a restabelecer o equilíbrio e permitiram que - em apenas dois meses - o país passasse de um excesso de mortalidade de 60% para -4,8%.
12 de Maio de 2021 às 12:42
Uma das principais repercussões demográficas da covid-19 foi o aumento da mortalidade que agora parece estar em queda. Depois de um inverno conturbado com um aumento do excesso de mortalidade, o indicador caiu nos primeiros dois meses do ano no conjunto da União Europeia. Em Portugal, durante o mês de março, há mesmo menos pessoas a morrer face aos valores de referência (-4,8%).
Os dados são de um relatório divulgado esta quarta-feira pelo Eurostat que dá conta de um excesso de mortalidade de 40,6% para o mês de novembro, 30% em dezembro e 16,2% em janeiro para a média dos 27 estados-membros da UE. Estes foram os meses mais preocupantes de toda a pandemia no continente, o que é justificado pelo organismo europeu com o "período frio e influenza sazonal" que se fizeram sentir até fevereiro.
Para os mesmos meses, Portugal apresentava uma taxa de mortalidade de 26,4%, 21% e 60% em janeiro, o mês em que o país atingiu o pico de infeções (16.432 novos casos no dia 28) e de mortes devido à pandemia (303 mortos nos dias 28 e 31).
Mas a situação recompos-se e, no caso nacional, foi possível passar de um excesso de mortalidade de 60% para um valor negativo de 4,8% em março, apenas dois meses depois. O indicador sugere que, de facto, terão morrido em Portugal menos pessoas face ao período de referência. É a primeira vez que isto acontece para os meses estudados pelo Eurostat, que recuou até junho de 2020. O segundo valor mais baixo foi registado precisamente em junho, quando o excesso de mortalidade era de 3,5%.
O mais recente valor para o país contrasta com a média da UE que se fixa nos 9,1% para o mesmo mês. Para isso parece contribuir a situação pandémica de vários estados-membros sob um novo pico de infeção, como é o caso da República Checa que registou um excesso de mortalidade na ordem dos 60%, da Eslováquia (57,7%) ou da Bulgária (52,6%).
É, contudo, importante salientar que o indicador não distingue entre causas de morte, mas a relação é aparente já que pelo menos a Bulgária e a República Checa estavam em março perante uma nova vaga de mortes causadas pela covid-19, tendo vindo a estabilizar desde então, segundo a plataforma Our World In Data.
O excesso de mortalidade foi calculado através da comparação entre o número de mortes num dado período de crise e uma média ponderada do mesmo indicador para os anos anteriores, sem efeito dessa crise. Neste caso, o Eurostat comparou a mortalidade observada nos estados-membros entre janeiro de 2020 e março de 2021 a uma média ponderada mensal para os quatro anos anteriores (2016 a 2019).
Os dados são de um relatório divulgado esta quarta-feira pelo Eurostat que dá conta de um excesso de mortalidade de 40,6% para o mês de novembro, 30% em dezembro e 16,2% em janeiro para a média dos 27 estados-membros da UE. Estes foram os meses mais preocupantes de toda a pandemia no continente, o que é justificado pelo organismo europeu com o "período frio e influenza sazonal" que se fizeram sentir até fevereiro.
Mas a situação recompos-se e, no caso nacional, foi possível passar de um excesso de mortalidade de 60% para um valor negativo de 4,8% em março, apenas dois meses depois. O indicador sugere que, de facto, terão morrido em Portugal menos pessoas face ao período de referência. É a primeira vez que isto acontece para os meses estudados pelo Eurostat, que recuou até junho de 2020. O segundo valor mais baixo foi registado precisamente em junho, quando o excesso de mortalidade era de 3,5%.
O mais recente valor para o país contrasta com a média da UE que se fixa nos 9,1% para o mesmo mês. Para isso parece contribuir a situação pandémica de vários estados-membros sob um novo pico de infeção, como é o caso da República Checa que registou um excesso de mortalidade na ordem dos 60%, da Eslováquia (57,7%) ou da Bulgária (52,6%).
É, contudo, importante salientar que o indicador não distingue entre causas de morte, mas a relação é aparente já que pelo menos a Bulgária e a República Checa estavam em março perante uma nova vaga de mortes causadas pela covid-19, tendo vindo a estabilizar desde então, segundo a plataforma Our World In Data.
O excesso de mortalidade foi calculado através da comparação entre o número de mortes num dado período de crise e uma média ponderada do mesmo indicador para os anos anteriores, sem efeito dessa crise. Neste caso, o Eurostat comparou a mortalidade observada nos estados-membros entre janeiro de 2020 e março de 2021 a uma média ponderada mensal para os quatro anos anteriores (2016 a 2019).