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DGS admite outras vacinas a substituir segunda dose da AstraZeneca

Enquanto 200 mil portugueses aguardam para saber se vão repetir a mesma marca, cumprido o intervalo de 12 semanas, está prevista para esta semana a chegada do primeiro lote de vacinas de toma única da Johnson & Johnson.

Lusa
12 de Abril de 2021 às 10:16
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Cerca de 200 mil portugueses já receberam a primeira dose da vacina da AstraZeneca e aguardam ainda para saber qual a segunda dose que vão receber, isto depois da decisão de suspender a administração desta vacina abaixo dos 60 anos.

 

Apesar de a Direção Geral da Saúde (DGS) ainda aguardar por resultados dos estudos em curso para perceber quais as alternativas, caso sejam necessárias – e também o que farão os outros países -, a comissão técnica da DGS admite que, tal como já foi decidido em França, as outras vacinas já aprovadas podem substituir esta que foi desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford.

 

"Do ponto de vista do sistema imunitário, na segunda dose aquilo que se pretende é expor o nosso organismo às proteínas do vírus que estavam na primeira dose e todas as vacinas usam a mesma proteína - a proteína spike -, pelo que do ponto de vista da imunologia, à partida, será equivalente a resposta imunitária induzida com uma vacina de uma marca diferente", resume Luís Graça, citado pela TSF.

 

Portugal tem até maio para tomar uma decisão, uma vez que há um intervalo de 12 semanas entre as duas tomas desta vacina. E até lá, a "task force" coordenada pelo vice-almirante Gouveia e Melo conta acelerar o plano de vacinação e reforçar o número de unidades recebidas pelo país, incluindo já as da Janssen.

 

O primeiro lote de 30 mil vacinas da farmacêutica que pertence ao grupo americano Johnson & Johnson vai chegar esta quarta-feira, 14 de abril, a Portugal - no segundo trimestre deve receber 1,25 milhões –,  aumentando assim para 1,9 milhões o número de doses disponíveis para aplicar este mês em Portugal.

 

Aprovada a 11 de março pela agência europeia (EMA), esta vacina de toma única, que pode ser armazenada durante três meses num frigorífico normal, deve acelerar o processo nos vários países da região. A União Europeia encomendou 200 milhões de doses, com a opção de uma encomenda adicional de outros 200 milhões.

 

Em declarações ao Público, Gouveia e Melo traça a nova meta de chegar à primeira semana de Junho com a vacina administrada (pelo menos a primeira dose) a todos os cidadãos acima dos 60 anos de idade, insistindo que será seguido o critério da idade, embora esteja programada para o próximo fim de semana a vacinação em massa dos profissionais das escolas até ao ensino secundário.

 

"Sabe quantas pessoas morreram na pandemia com mais de 80 anos? Foram 66% [do total de óbitos]. E dos 60 aos 80 anos? 21,2%. Dos 60 aos 70, foram 9%. As restantes mortes representaram apenas 4%. Logo, 96% das pessoas que morreram tinha mais de 60 anos. Portanto, a nossa corrida é para fechar este grupo o mais rapidamente possível", justificou o sucessor de Francisco Ramos na liderança da "task force".

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