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Dispara o número de portugueses que recusam ser vacinados

A maior parte da população mantém a confiança na segurança e na eficácia da vacinação contra a covid-19, mas nas últimas semanas subiu de 1,7% para 7,8% a percentagem dos que dizem que não querem tomar a vacina.

Lusa
13 de Abril de 2021 às 13:13
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A esmagadora maioria dos portugueses quer tomar a vacina contra a covid-19, mas a percentagem de inquiridos que refere que não quer participar no processo de vacinação aumentou de 1,7% para 7,8% no espaço de um mês, de acordo com os dados divulgados na reunião do Infarmed.

 

Mesmo afirmando que "não parece haver evidência de problemas com a execução do plano de vacinação", Carla Nunes, da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, recomendou "atenção" a esta categoria de céticos, lembrando o perfil desta população que mostra maior desconfiança em relação às vacinas.

 

Quem são elas? As pessoas mais novas, que perderam uma parte ou a totalidade do rendimento devido à pandemia, que já não tomavam a vacina contra a gripe, que mostram uma confiança baixa nos serviços de saúde e nas medidas adotadas pelo Governo e que consideram também a informação sobre a vacina pouco clara ou inconsistente.

 

Apesar desta alteração, que coincide no tempo com o surgimento de dúvidas em relação à vacina da AstraZeneca, a especialista frisou que também subiu de 76,7% para 82,2% os que dizem que vão tomar a vacina (diluem-se as respostas dos que diziam preferir esperar algum tempo, que era uma das opções dadas nos inquéritos anteriores), considerando que "não parece haver uma perda significativa" na perceção dos portugueses em relação à eficácia e à segurança das vacinas.

 

Na atualização dos resultados deste inquérito, que nesta última edição optou por dividir a questão em termos de segurança e de eficácia, a percentagem de portugueses que dizem ter confiança ou muita confiança na segurança é de 87,7%, praticamente igual (87,5%) aos que pontuam da mesma forma a expectativa em relação à eficácia.

 

Em relação às outras perguntas habitualmente incluídas neste estudo, como a perceção sobre o estado de saúde, a confiança nos serviços de saúde ou a adequação das medidas do Governo, não há diferenças substanciais. Por exemplo, destacou Carla Nunes, um em cada quatro portugueses continua a dizer que se sente agitado, ansioso ou triste devido ao isolamento social provocado pela pandemia de covid-19.

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