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Deco defende que diploma pelo "direito ao esquecimento" abranja os seguros de saúde

Vinay Pranjivan, economista da Deco, não faz sentido "a sensação de cadastro" que as pessoas que tiveram doenças graves têm no acesso a seguros de vida (por exemplo, para efeitos de crédito à habitação) e também a seguros de saúde.

01 de Junho de 2021 às 23:27
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A associação de defesa do consumidor Deco defendeu hoje, no parlamento, que o diploma pelo "direito ao esquecimento" abranja também os seguros de saúde.

"O diploma deve ser redigido para que também os seguros de saúde estejam incluídos", disse o economista da Deco Vinay Pranjivan na audição na comissão de orçamento e finanças.

O responsável considerou que não faz sentido "a sensação de cadastro" que as pessoas que tiveram doenças graves têm no acesso a seguros de vida (por exemplo, para efeitos de crédito à habitação) e também a seguros de saúde.

Vinay Pranjivan afirmou ainda que é "importante deixar muito claro o que deve ser entendido como pessoas que tenham superado doença grave", seja pelo legislador ou pela autoridade de seguros, sob pena de desvirtuar as pretensões do legislador e não ter aplicabilidade prática.

A Deco defendeu que pessoas com grau de deficiência inferior a 60% também devem estar abrangidas pelo diploma. Para pessoas com grau de de deficiência igual ou superior a 60% já existe um regime favorável próprio.

Em 14 de maio, o parlamento aprovou, na generalidade, o projeto-lei do PS que pretende consagrar o "direito ao esquecimento", impedindo que pessoas que tenham superado doenças graves, como cancro, sejam discriminadas no acesso ao crédito ou seguros.

Em 27 de maio, o Centro Anti-Discriminação (CAD) apresentou uma proposta para que o projeto-lei abranja também pessoas com VIH.

"O que nós queremos é uma formulação mais genérica da lei que possa englobar não apenas doenças que estão efetivamente curadas e superadas, mas ainda outras doenças em que a medicação que existe hoje em dia - e, no caso concreto do VIH, a medicação antirretroviral - tem efeitos muito positivos na qualidade de vida das pessoas", explicou à Lusa Rita Canaveira, responsável pelo apoio jurídico do CAD.

O que o CAD pretende, especificou, é que estas doenças sejam equiparadas às que já se encontram "no estatuto de ultrapassadas".

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