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Coronavírus: China alerta que capacidade de propagação está a crescer

Aviso foi deixado esta manhã pelo ministro da Saúde chinês, Ma Xiaowei, que admite que novos casos vão continuar a aparecer. Restrições à circulação aumentam por todo o país, incluindo em Macau.

Reuters
26 de Janeiro de 2020 às 11:20
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"A capacidade do vírus para se propagar parece estar a ficar mais forte", afirmou esta manhã o ministro da Saúde chinês, Ma Xiaowei, em conferência de imprensa, admitindo mutações do coronavírus. Segundo as autoridades, há 2.057 casos confirmados de infeção a nível global e 56 mortos na China.

 

Xiaowei referiu ainda, citado pelos media internacionais, que o novo vírus, é contagioso mesmo no período de incubação (antes de aparecerem os sintomas), tornando mais difícil conter a propagação. Esta é uma característica diferente do Sars, um vírus da mesma família que provocou cerca de 800 vítimas no início do século e também teve origem na Ásia.

 

O período de incubação varia entre 1e 14 dias. Xiaowei disse ser provável que o número de casos continue a aumentar. A infeção está "num momento crucial" para ser contida, afirmou citado pela BBC.

 

O ministro da Saúde disse ainda que a origem será possivelmente animal. O comércio de animais vivos foi já proibido em todo o país. Num esforço para garantir maior transparência, serão realizadas conferências de imprensa todas as manhãs.

 

As restrições à circulação e as medidas de quarentena continuam a ser implementadas por todo o país. É o caso de Macau, que proibiu a entrada a quem tenha estado na província de Hubei (onde fica Wuhan, a cidade onde o coronavírus foi primeiro detetado) nos últimos 14 dias. O governo local vai investigar 1.113 residentes de Hubei que já estão em Macau.

 

Os autocarros entre províncias foram suspensos em várias grandes cidades, incluindo Pequim. A cidade costeira de Shantou, em Guandong, a mais de 500 milhas de Wuhan, será a próxima a ser alvo de um bloqueio que impede os residentes de sair.

 

Segundo o The Guardian, as medidas de quarentena estão a ser recebidas com alguns protestos em Hong Kong, cidade que há meses é palco de confrontos entre polícia e manifestantes que se opõe ao governo e à influência de Pequim. Já foram identificados seis casos na região administrativa.

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