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Comissão Europeia aprova medicamento da Bial para doentes de Parkinson

Trata-se do segundo medicamento de patente portuguesa a chegar ao mercado mundial, depois da comercialização do Zebinix, fármaco desenvolvido pelo Bial para o tratamento da epilepsia, já à venda na Europa e nos Estados Unidos.

Paulo Duarte/Correio da Manhã
05 de Julho de 2016 às 11:15
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O segundo medicamento desenvolvido pela Bial, o anti-parkinsoniano Ongentys, deverá chegar ao mercado europeu ainda este ano, prevê a farmacêutica portuguesa, que acaba de receber a aprovação da Comissão Europeia.

Conhecido até agora pelo nome do princípio activo (opicapona), o medicamento da Bial para doentes de Parkinson já tem nome comercial – Ongentys. A molécula em causa começou a ser estudada há 11 anos pela Bial, que investiu cerca de 300 milhões de euros no desenvolvimento deste fármaco.

O retorno do investimento começa agora. Esta terça-feira, 5 de Julho, o CEO da Bial, António Portela, anunciou que o grupo sediado na Trofa recebeu a aprovação da Comissão Europeia para a introdução do Ongentys no mercado, pelo que prevê que este novo fármaco esteja disponível "já no final do ano em alguns mercados europeus e durante 2017 nos restantes".

Trata-se do segundo medicamento de patente portuguesa a chegar ao mercado mundial, depois da comercialização do Zebinix, fármaco desenvolvido pelo Bial para o tratamento da epilepsia, já à venda na Europa e nos Estados Unidos.


"O Ongentys é mais uma prova da nossa capacidade de inovar e é sobretudo uma nova esperança para médicos e pacientes. A aprovação do Ongentys reforça a nossa capacidade de implementar com sucesso uma estratégia de longo prazo focada em terapêuticas inovadoras", enfatizou o CEO da Bial, empresa que emprega cerca de mil pessoas e factura mais de 200 milhões de euros.

De acordo com a Bial, os ensaios clínicos demonstraram que o Ongentys" em toma diária permitiu reduzir (duas horas) o período absoluto de ‘off-time’, que se caracteriza por um estado de profunda imobilidade dos doentes, sendo significativo comparativamente com placebo".

Parkinson é uma doença neurodegenerativa, crónica e progressiva, que "afecta o sistema motor, ou seja, que envolve os movimentos corporais, levando a tremores, rigidez, lentificação dos movimentos corporais, instabilidade postural e alterações da marcha".

Os sintomas da doença surgem habitualmente depois dos 50 anos, sendo que a idade média de diagnóstico da patologia ronda os 60 anos.

Cerca de 1,2 milhões de pessoas na União Europeia sofrem da patologia e 22 mil em Portugal, segundo a Associação Europeia da Doença de Parkinson (EPDA).


(Notícia actualizada às 11:34 com mais informação; valor do investimento corrigido para 300 milhões de euros)

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