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Bial lidera investimento em I&D em Portugal com mais de 80 milhões anuais

A maior farmacêutica portuguesa, que dedica uma média de 20% da sua facturação a actividades em I&D, subiu duas posições neste “ranking”, tendo alcançado a liderança com um valor de 81,6 milhões de euros em 2021.

António Portela completa em janeiro próximo 10 anos como CEO da Bial, tendo sucedido no cargo ao seu pai, Luís, o chairman da companhia.
António Portela, CEO da Bial. Paulo Duarte
31 de Março de 2023 às 10:07
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Há cerca de 30 anos, sob a liderança de Luís Portela, a Bial assumiu como estratégica a aposta em I&D, focando-se na descoberta e desenvolvimento de medicamentos inovadores.

Uma dúzia e meia de anos depois, lançava o seu primeiro medicamento no mercado mundial, um antiepilético, seguindo-se, em 2016, um fármaco para a doença de Parkinson.

 

Estes são os únicos medicamentos de patente portuguesa, constituindo atualmente marcas globais, e que potenciaram imenso a transformação da maior farmacêutica portuguesa, possibilitando à empresa da Trofa, diretamente ou através de acordos de licenciamento, que esteja presente nos mercados mais competitivos a nível mundial.

 

Resultado: pela primeira vez desde que foi lançada, a lista de empresas que mais despesa regista em I&D em Portugal é liderada por um grupo da indústria farmacêutica – a Bial.

 

"A Bial foi a empresa com mais despesa em Investigação e Desenvolvimento (I&D) em Portugal, em 2021, num montante superior a 81,6 milhões de euros, tendo subido duas posições face ao ano anterior, de acordo com os resultados definitivos do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional (IPCTN21), publicados pela Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência (DGEEC)", revela a maior farmacêutica nacional, em comunicado.

A investir, em média, 20% da sua facturação em atividades de I&D, a atracção de talento tem sido um factor decisivo neste trajeto da Bial, que se tornou um polo de emprego científico altamente qualificado, contando com mais de 100 investigadores de 15 nacionalidades,  dos quais cerca de seis dezenas são doutorados.

 

"A nossa posição espelha a decisão que tomámos, há mais de 30 anos, na aposta em I&D de medicamentos inovadores. A I&D faz parte do código genético da Bial, pelo que é sempre com grande satisfação que, de forma continuada ao longo dos anos, vemos reconhecida a nossa liderança nesta área e agora atingimos o topo", afirma António Portela, CEO da empresa.

 

E garantiu: "A Bial continuará com uma aposta forte no seu programa de inovação. Queremos continuar a produzir valor, a inovar para as pessoas, para os pacientes e, desta forma, a dar um forte contributo para o crescimento económico de Portugal", enfatiza o empresário.

 

Para António Portela, "é crítico trabalhar num contexto de longo prazo, que seja promotor da inovação e das empresas que apostam na investigação, promovendo desta forma a capacidade do país de gerar inovação", pois estas empresas, defende, "são um contribuinte muito importante para o crescimento económico de Portugal, aportando valor e diferenciação através dos seus produtos e serviços, contribuindo para a exportação de bens de valor acrescentado e promovendo o emprego qualificado, potenciando, assim, a capacidade científica das nossas universidades e centros de investigação".

 

De acordo com os dados da DGEEC, a despesa em I&D do setor empresas atingiu os 2.154 milhões de euros, representando 1% do Produto Interno Bruto (PIB), sendo que as 100 empresas que mais investiram em I&D correspondem a 6% do número total de empresas que declararam atividades de I&D no IPCTN21, mas foram responsáveis por mais de metade da despesa em I&D (53%) e por 37% do pessoal em I&D deste setor.

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