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CEO da britânica LifeArc entra na administração da Bial
Líder de uma organização que tem como obectivo a transformação da Ciência em produtos e soluções para os pacientes, Melanie Lee faz agora parte do conselho de administração da maior farmacêutica portuguesa, que é detida pela família Portela e tem Horta Osório como chairman.
A investir, em média, 20% da sua facturação em atividades de I&D, a atracção de talento tem sido um factor decisivo no trajeto da Bial, que se tornou um polo de emprego científico altamente qualificado, contando com mais de 100 investigadores de 15 nacionalidades, dos quais cerca de seis dezenas são doutorados.
Também ao nível do seu conselho de administração, a Bial está cada vez mais global, integrando profissionais com vasta experiência internacional.
No quadro da estratégia de afirmação da Bial como empresa focada na I&D, a maior farmacêutica portuguesa acaba de incorporar Melanie Lee na sua administração, como membro não executivo.
Melanie Lee é actualmente CEO da LifeArc, uma organização sem fins lucrativos de investigação médica sediada no Reino Unido, que tem como foco a transformação da Ciência em produtos e soluções para os pacientes, sendo ainda membro do Conselho de Curadores do UK Dementia Research Institute
Com uma extensa carreira de 30 anos na investigação em ciências da vida e na indústria farmacêutica, Melanie Lee ocupou anteriormente funções como Chief Scientific Officer na BTG, e cargos de liderança na GSK, Celltech e UCB, assim como funções não executiva na Lundbeck, BTG e Sanofi, e administradora no Cancer Research Technology e no Cancer Research UK.
Horta Osório: "É um prazer contar com a experiência da Melanie."
"É um prazer contar com a experiência da Melanie, que desenvolveu uma carreira profissional excecional nas áreas de biotech, farmacêutica e saúde. Reforçar as competências do conselho de administração ao nível da I&D com a entrada da Melanie reflete o trabalho que a empresa tem vindo a desenvolver e contribuirá para fortalecer o caminho que ambicionamos para a atividade de I&D da Bial no futuro", afirma António Horta Osório, chairman da empresa controlada pela família Portela, em comunicado.
Por sua vez, Melanie Lee sinaliza que "fazer parte do conselho de administração da Bial é, ao mesmo tempo, uma grande oportunidade e um desafio".
"A Bial percorreu um caminho notável, baseado numa estratégia de longo prazo focada em I&D, que está agora a contribuir para melhorar a vida dos pacientes em todo o mundo. Estou muito entusiasmada por poder contribuir para fortalecer o potencial da Bial para continuar a fazer avançar a Ciência que produz e a desenvolver medicamentos inovadores para os pacientes que precisam", declara Melanie Lee.
Licenciada em Biologia pela Universidade de York e doutorada pelo Instituto Nacional de Investigação Médica em Londres, Melanie Lee tem tem também um Pós-Doutoramento Honorário da Universidade de York (2004).
Entre várias distinções, Melanie Lee foi galardoada com o título de membro honorário da British Pharmacological Society (2021), foi nomeada como uma das "25 Women Leaders in Healthcare " pelo Pharmaceutical Market Europe (2019), recebeu o prémio BIA Lifetime Achievement (2019), foi eleita uma das 100 principais cientistas do Reino Unido pelo Science Council (2014) e foi reconhecida com o Queen's Award - Commander of the British Empire Award (2009).
Bial emprega mais de 1.000 pessoas e já deu dois novos medicamentos ao mundo
Foi há cerca de 30 anos que, sob a liderança de Luís Portela, a Bial assumiu como estratégica a aposta em I&D, focando-se na descoberta e desenvolvimento de medicamentos inovadores.
Uma dúzia e meia de anos depois, lançava o seu primeiro medicamento no mercado mundial, um antiepilético, seguindo-se, em 2016, um fármaco para a doença de Parkinson, quando a empresa tinha já como CEO António Portela, filho de Luís.
Estes são os únicos medicamentos de patente portuguesa, constituindo atualmente marcas globais, e que potenciaram imenso a transformação da Bial, possibilitando à empresa da Trofa, diretamente ou através de acordos de licenciamento, que esteja presente nos mercados mais competitivos a nível mundial.
A Bial emprega mais de mil pessoas e fechou 2021 com uma faturação de 325 milhões de euros.