Notícia
13. A saúde vai ficar mais cara?
Sim. E não. Baralhado? Não fique. Acontece que para quem consome poucos medicamentos, a "saúde" ficará mais cara, uma vez que as taxas moderadoras pagas pelo acesso aos cuidados de saúde hospitalares vão subir já a partir de Janeiro. Este aumento resulta da já esperada actualização anual à inflação, que deverá rondar os 0,6%. Assim, uma consulta de especialidade num hospital em vez de custar 7,75 euros, deverá passar a custar 7,80 euros.
Já nos centros de saúde essa actualização fica congelada por opção do Governo, que desta forma mantém os custos do acesso aos cuidados de saúde primários.
Porém, e como o ministro da Saúde tem frisado várias vezes ao longo da legislatura, a poupança na farmácia compensa o aumento das taxas moderadoras. A perspectiva é que os preços dos medicamentos continuem a cair no próximo ano, à semelhança do que tem sido regra nos últimos dois. Entre Janeiro e Julho deste ano, por exemplo, os utentes gastaram menos 12% a aviar medicamentos nas farmácias do que em igual período do ano anterior. Embora menor, também o Estado registou uma poupança.
Esta curva explica-se com a baixa dos preços por comparação com outros países, mas também por descidas voluntárias por parte das farmacêuticas. Têm sido os genéricos os principais visados nestas descidas.
Ainda assim haverá uma série de medicamentos que, no próximo ano, ficarão mais caros. Isto porque perderão a comparticipação actual por passarem para uma "terceira lista" onde não é necessário receita médica, mas só poderão ser comprados em farmácias.