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PS promete salário mínimo nos 900 euros em 2026 e mexidas na lei laboral

A quatro semanas das eleições legislativas antecipadas, o PS apresentou as linhas gerais do programa eleitoral. Recupera algumas medidas do Orçamento chumbado. Promete novos incentivos para fixação de médicos de família e para a contratação de professores.

Tiago Petinga/Lusa
03 de Janeiro de 2022 às 19:06
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O Partido Socialista propõe que o salário mínimo nacional chegue aos 900 euros em 2026, numa nova meta anunciada esta segunda-feira durante a apresentação das linhas gerais do programa eleitoral às eleições legislativas do próximo dia 30 de janeiro.

Na cerimónia que decorreu em Lisboa, o secretário-geral do PS, António Costa, sublinhou o "grande aumento do salário mínimo nacional", mas afirmou que ainda não chega. Antes, a ministra da Presidência Mariana Vieira da Silva apontou para a meta de 900 euros.

Lamentando que o salário médio tenha aumentado a um ritmo mais lento, Costa prometeu elevar o peso dos rendimentos no produto interno bruto (PIB) até ao final da legislatura. "A ambição é, nos próximos 4 anos, irmos mais longe. Queremos crescer 20% nos próximos quatro anos para que o peso na riqueza nacional seja idêntico à da média europeia", afirmou.

Mas alertou para que estes ganhos têm de estar ligados à produtividade da economia. "Este aumento dos salários médios tem de ser sustentado nos ganhos de produtividade", frisou o líder socialista, acrescentando que deve estar "assente na melhoria das qualificações" e com "serviços de maior valor acrescentado com uma economia mais competitiva e emprego digno e salários justos para que as novas gerações sejam, além das mais qualificadas, também as mais realizadas de sempre."

Mas ficou também a ideia de mexidas nos tempos de trabalho, apontando para a possibilidade de uma semana de quatro dias de trabalho, mas sem apontar qualquer calendário e atirando a questão para a discussão em concertação social.

Do Orçamento do Estado para 2022 que foi chumbado, o PS recupera algumas medidas, como o desdobramento dos escalões do IRS.

Médicos e professores

No discurso de apresentação das linhas gerais, António Costa apontou aos médicos e aos professores para a próxima legislatura, que o líder socialista elegeu como o quarto compromisso.

Para os próximos quatro anos apontou para a criação de novos "incentivos para a fixação de médicos de medicina geral e familiar" nas zonas com carências e prometeu "generalizar a passagem dos velhos centros de saúde para as modernas unidades de saúde familiares (USF) para cobrir 80% da população."

Para os professores, Costa prometeu tornar a "carreira mais atrativa", através da alteração do modelo de contratação" dos docentes, apontando a vinculação mais rápida às escolas para evitar que todos os anos sejam sujeitos aos concursos e a serem colocados em diferentes localidades.

E ficou mais uma promessa: "um governo mais compacto. Uma task-force ao serviço da recuperação do país".

(Notícia atualizada às 19:20)
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