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Minuto-a-minuto: Passos acusa Costa de querer governar como Sócrates. Costa ripostou: "Tem muitas saudades"

Pedro Passos Coelho e António Costa estiveram em debate nas três televisões. A primeira parte foi dedicada ao passado, lembraram os entrevistadores. Troika, emprego, dívida, segurança social e crescimento da economia marcaram os temas. Na segunda parte, saúde, dívida e em particular José Sócrates.

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22h26 - Na TVI, Mariana Mortágua diz que Passos Coelho saiu derrotado.

22h26
- Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, acredita que o debate correu a Costa "francamente bem. Conseguiu os objectivos fundamentais. Fez uma séria e profunda avaliação dos quatro anos".


22h25 - Miguel Relvas na TVI diz que estes debates têm importância nas campanhas até porque estão numa fase inicial. "António Costa em relação aos outros debates esteve melhor, porque teve a capacidade de tomar a iniciativa. Mas há um ano ninguém acreditaria que o actual primeiro-ministro chegaria a estas eleições em condições de as disputar". Mas acrescenta: "a expectativa favorecia António Costa".


22h15 - Marcelo Rebelo de Sousa na TVI considerou o debate ganho por António Costa.

22h14 - Ao contrário de Passos, António Costa sai sem responder a perguntas de jornalistas

 

22h14 - Depois de referências específicas aos idosos, à população da sua geração e aos jovens, o secretário-geral socialista concluiu dizendo que o grande sonho que tem para os próximos quatro anos é "conseguir devolver, a cada família, a cada empresário, a tranquilidade, a previsibilidade e a confiança no futuro", de forma a que se possa "ter esperança colectiva no país".

22h13 - Depois de o primeiro-ministro abandonar o local para as declarações, foi a vez de Costa falar. E começou por dizer que 4 de Outubro, dia das legislativas, pode ser a "grande festa da democracia". "Ao contrário do que quiseram convencer, há um outro caminho, uma outra alternativa, que visa dar estabilidade às famílias portuguesas, confiança, para a recuperação da economia".

 

22h12 - Sem querer falar de Miguel Macedo, como já tinha ocorrido durante o debate, Passos Coelho concluiu as suas respostas.

 

22h08 - Numa pergunta de jornalistas, Sócrates voltou a ser tema. "Não há dúvidas de que muitas das propostas hoje apresentadas pelo PS estão muito próximas da governação de José Sócrates", disse o primeiro-ministro. Passos diz que "ninguém" trará o caso da prisão de Sócrates para a campanha. Mas diz que é normal fazer referências: "vale a pena, dada a similitude de propostas e projectos". 

 

22h05 - O debate acabou mas ainda há tempo para declarações aos jornalistas. Pedro Passos Coelho começa por dizer que há "visões e projectos muito distintos". Do lado da coligação Portugal à Frente, há uma "consolidação" de um percurso que levou ao crescimento da economia e à criação de emprego, segundo Passos. Do outro, há uma proposta que "traz a insegurança", a "incerteza e a instabilidade", classifica.


21h56
– Fim do debate.

21h56 – Pergunta para António Costa: arrepende-se de alguma coisa dos últimos tempos? "Não, estou com a consciência tranquila do que fiz, disse e com o que faço e empenho em virarmos esta página. Fora destas questões que entusiasmam, o que conta é a angústia das pessoas que estão lá fora e a desesperança que têm; a responsabilidade que temos é devolver ânimo e confiança às pessoas".

21h55 – Pergunta a Passos Coelho: Arrepende-se de alguma coisa do que fez? "Arrepender propriamente não há nada que possa dizer que teria de fazer de maneira inteiramente diferente. Faria muitas coisas de outra maneira. No essencial, as decisões que tomei foram difíceis, mas foram necessárias e creio que os portugueses as compreenderam".

21h54 – Questão sobre presidenciais para Passos, lembrando a possibilidade de candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa e Rui Rio. "Não confundirei campanhas. Não confundirei o debate para trazer as presidenciais". 

21h53 – É perguntado a António Costa sobre as presidenciais e a divisão no espectro político do PS. António Costa vê nisso "enriquecimento e dinâmica da nossa área política". Não vê qualquer fractura no PS. "O PS está todo empenhado naquilo que tem de estar: ganhar legislativas para assegurar mudança politica e governo".

21h52- É perguntado a Passos Coelho e Costa sobre possibilidade de se coligarem caso não tenham maioria. Costa disse: "Os políticos têm de responder ao mandato eleitoral que recebem. Não faz sentido mudar de política para quem quer seguir a mesma política". Costa espera que portugueses atribuam ao PS "condições de governabilidade e têm felicidade de terem duas escolhas muito claras: Manter politica austeridade ou mudança e votam PS".

Passos Coelho, dizendo "não [vai] fazer especulação sobre dia a seguir às eleições", assume que "a responsabilidade de todos políticos é respeitar a vontade do eleitorado e, em segundo lugar, não colocar interesses dos seus partidos à frente do interesse da estabilidade. Significa que só depois será possível avaliar a vontade dos portugueses". "A minha vontade é que manifestassem inequivocamente" a vontade.

Costa fala em equipa do PS renovada. E diz ambicionar maioria absoluta "para dar estabilidade para o país". Por isso, não responde se abandona a liderança do partido caso saia derrotado: é que no horizonte está ganhar. Passos também não diz se se demite do PSD, dizendo não fazer especulações sobre qualquer cenário pós-eleitoral. "A minha obrigação é fazer esclarecimento junto do povo para que vote inequivocamente". 

 

21h51 – Iniciam-se três perguntas finais, pedindo-se respostas rápidas.

21h50 – Sócrates é o motivo da pergunta: "Agradeço apoio a todos cidadãos e todos os socialistas". A pergunta insiste: Vai fazer pessoalmente o agradecimento a Sócrates pelo apoio? "Não sei. Não tenho previsto isso". Uma resposta rápida para voltar a uma questão deixada por Passos que acusou Costa de ter diminuído a dívida da Câmara de Lisboa com o dinheiro que o Estado central pagou pelos terrenos do aeroporto. Costa retorquiu: "O Estado resolveu privatizar a ANA, tinha de comprar à câmara os terrenos. Comprou a um preço justo. Os 287 milhões que a câmara recebeu anteciparam a amortização da dívida. Já os três mil milhões que o Estado recebeu da privatização da ANA ninguém sabe para onde foram. A dívida aumentou 30 mil milhões". 

21h48 – Miguel Macedo é chamado ao debate. Passos recusa comentar: "Não comentarei esse caso, como não comento outros casos de justiça. Não foi feita acusação. Foi feito arguido. Discutirei politicamente quando tiver relevância política e se tiver".

21h48 – Passos Coelho acusa o PS de resistir à realidade. E atira a Costa que reduziu a dívida da câmara em 40% com o dinheiro - "que demos" - pelos terrenos do aeroporto.


21h48 -
Costa critica a forma como será feito o pagamento por parte dos bancos caso haja prejuízos na alienação do Novo Banco. "Ao que parece, será a sobretaxa da banca que os bancos pagam ao Estado [que servirá para a devolução]. É uma espécie de perdão fiscal".

 

21h47 - O socialista acusou o concorrente social-democrata de que "induziu em erro os portugueses" quando deu "garantias de solvabilidade de um grupo que colapsou", o GES. Além disso, lembrou que o Fundo de Resolução que recebeu 4,9 mil milhões do Tesouro é público. "Se a venda [do Novo Banco] tiver prejuízo, será imputado ao défice do ano passado".

 

21h46 - Depois de Passos dizer que não pode fazer nada no caso dos lesados, António Costa diz que o oponente se esconde "num passa-culpas permanente". "Nada lhe diz respeito".


21h45 - 
"Uma vez que os reguladores não se entendem", o primeiro-ministro deixa um conselho aos que se sentem lesados: procurem os tribunais "para fazer valer as suas razões".

21h43 - Sobre os lesados do BES, Pedro Passos Coelho recusou culpas – é tudo uma questão que tem de ser resolvida pelo Banco de Portugal e pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. "O Governo não pode intervir neste processo", disse, sem justificar porquê.


21h43 –
Pedro Passos Coelho criticou a gestão da Caixa Geral de Depósitos há uns meses, por ainda não ter devolvido ajuda pública. No debate, disse que o banco estatal esteve a "fazer correcções do seu balanço de perdas, superiores a 5 mil milhões de euros, anteriores a 2011".


21h42- "Se, por qualquer razão, o valor da capitalização, 4,9 mil milhões, ficar aquém do valor que se apurar na venda, esse prejuízo será imputado ao sistema financeiro, os bancos é que suportam os custos. Esse custo será distribuído pelos bancos todos e também a Caixa [banco público]", continuou ainda o primeiro-ministro.

 

21h41 – Passos Coelho volta a dizer que não há custos directos com a venda do Novo Banco. Diz que haverá custos indirectos. Mas não fala de impacto no défice caso a alienação seja feita com prejuízo. "Não haverá, na solução que encontrámos para o BES, custos directos para os contribuintes. O que fizemos foi emprestar dinheiro ao Fundo de Resolução que capitalizou, que vamos receber de volta e com os juros".


21h41
- De volta à saúde, Passos lembra a dívida aos fornecedores que diz ter herdado e que teve de pagar "dívidas que deixaram e que representaram esforço significativo". Face às acusações de Costa, Passos Coelho diz que tem sido feita a insinuação sobre aquilo que é a credibilidade "que possa ter para apresentar resultados e falar do futuro". "Os meus resultados são visíveis e os portugueses sentem grande alívio de não termos precisado de um segundo resgate nem cautelar e estamos mais confiante no futuro".

21h40 – "Não vá por aí. Todos nos lembramos da Madeira", atira Costa. Passos replica: "vou por onde acho que é importante". Costa volta a dizer que José Sócrates tem, hoje, "melhores condições para debater consigo. Porque não o visita? Vamos falar das suas responsabilidades". Passos responde: "Não concorre comigo". Costa: "Tem muitas saudades". Passos: "Tem as mesmas ideias dele. Não é assim tão diferente". Costa volta a dizer: "Tem muitas saudades".

21h39 – Passos Coelho diz que teve de explicar à troika porque é que não tinha tomado posse "e a despesa do primeiro semestre de 2011 já tinha derrapado". Por isso, foram necessárias medidas mais gravosas.

21h38 – "Quando fala do futuro fala sempre milagre das rosas", como que, por magia, se conseguisse melhores resultados, ataca Passos Coelho, atirando que "fé que tem no exercício que encomendou é total". E conclui: "os portugueses têm razões para desconfiarem dessa abordagem".


21h37 - Reconstruir confiança dos cidadãos com políticos e por isso diz "só o que pode fazer", explica ainda Costa.


21h36 – "Temos de aumentar o orçamento da saúde e está prevista a evolução". O socialista volta a referir que, na saúde, o Governo foi além da troika. Taxas moderadoras são mais caras, lembra António Costa. Ao longo da legislatura, o PS baixará as taxas moderadoras, não se compromeendo com calendário nem montantes. "Disse uma coisa na campanha e fez o contrário", lembrou Costa para explicar porque não assume esses compromissos. "Para não estar dentro de quatro anos a ouvir o que teve de dizer a Passos Coelho", explicou.

21h34 – O SNS é "um dos maiores ganhos da nossa democracia". António Arnaut pai do SNS é do PS. Cuidados continuados é fonte de trabalho para o PS. "Foi o contrário do que fizeram". "Têm criado muitos postos de trabalho para enfermeiros mas no Reino Unido, não é cá".


21h33 – "Não tenho dúvida que tem mais qualidade", diz Passos Coelho, elogiando o serviço de saúde e os profissionais.


21h32 – "Temos um sistema de saúde mais robusto do que herdámos", acredita Passos Coelho. Lembra a queda no preço dos medicamentos. Objectivo para os próximos quatro anos: "melhorar a rede de oferta, fixando os nossos recursos, e creio que o importante é que haja um aumento de liberdade de escolha dentro do sector público".


21h31 - Passos Coelho assume não ter conseguido cumprir uma promessa: "Não conseguimos um médico de família para todas as famílias. Aumentar quase 700 mil, temos ainda 1,2 milhões de portugueses sem médico de família". E promete ser um objectivo para cumprir na próxima legislatura. "Estender a cobertura mais do que até hoje foi possível. Não conseguimos dar um médico de família a todos, mas temos mais hoje. Acho que vai ser possível completar na próxima legislatura esse objectivo".


21h29 -
Depois de receber críticas feitas ao Executivo anterior, António Costa remata: "Eu sei que deve ter saudades de debater com o Engenheiro Sócrates, mas agora debate é comigo". 


21h28 -
 O primeiro-ministro repete que há "incertezas" com Costa à frente do país. E fala de António José Seguro: "criticou o seu antecessor [na liderança do PS] por não aceitar a herança do passado; mas você continua sem conseguir descolar-se [dessa herança]".


21h27
- Passos Coelho aposta na ideia de que o PS não traz segurança. "Os portugueses vêem o regresso ao passado", disse, acrescentando que as famílias estão "angustiadas" por pensar que os sacrifícios feitos serão postos "em causa". O social-democrata acredita ter trabalho feito e que apresentou "bons resultados", o que causa "azedume" a António Costa. 

                                        

21h24 – António Costa fala da diferença. "Não faço, a cada semana, promessas. O senhor não tem programa nem mostra as contas. Sabe bem o que fez na anterior campanha, mas está a tentar não repetir, mas está sempre a fugir o pé". Acusa de ter feito o programa VEM e pergunta quantos já foram apoiados? E responde: "Zero". Vinte projectos para vinte pessoas que podem receber 20 mil euros. "Acha que é governar com seriedade?".

21h22 – "Estou na era digital" diz Passos Coelho, dizendo que tem no tablet o programa do PS, para responder a Costa que conhece as suas propostas. "Tem choque ao consumo, como se Portugal precisasse. Não precisamos choque nem estímulo ao consumo". Contas externas equilibradas, lembra Passos Coelho, dizendo: "Não queremos pôr isso em causa. E não queremos voltar às experiências de Sócrates em 2009 e 2010". Quanto à necessidade de aumentar progressividade dos escalões: "Nós temos progressividade muito grande". Parte pequena dos contribuintes paga quase 20% da receita e 16% da receita fiscal paga por 80% dos contribuintes. Mais de metade está isento. "Maior progressividade não há. Não precisamos de voltar para trás". A maior parte das pessoas tem ouvido António Costa e sabem que "não há semana que não faça uma proposta", acusa Passos. Remover medidas difíceis, não sabendo se não põe em causa a recuperação, como cria mais despesa, enumera o candidato social-democrata. "É a abordagem de Sócrates ao estímulo da procura". "Sabem a aventura que representa".



21h20 – O conjunto de economistas do PS fizeram cálculos "com conta, peso e medida". Costa diz que devolverá a sobretaxa do IRS em 2016 e 2017. E quer rever ao longo da legislatura os escalões do IRS. "Não dispomos da informação fina que só a máquina fiscal dispõe. Não me comprometi nem com calendário nem com montante". Corrigir as medidas regressivas, quociente familiar, repor mínimos sociais são as intenções socialistas. 


21h17-
O tema das gorduras do Estado chega. Passos Coelho recusa que não as tenha atacado. "A despesa primária [sem juros] caiu de forma significativa, como nunca tinha caído antes". 

 

21h18 – A defesa de que actuou nas gorduras do Estado foi feita pelo primeiro-ministro com um ataque a Sócrates. "Este resultado foi conseguido com muita transparência nessa avaliação, ao contrário do que aconteceu em 2011, quando cheguei ao Governo".

 

21h19 – António Costa diz que não se compromete com questões que não tem certezas. Daí que diga que quer aumentar o número de escalões no IRS (reduzidos por Vítor Gaspar e que provocaram o "enorme aumento de impostos"). Há uma promessa: fazer esse esforço, para "aumentar a progressividade" do imposto, até ao final da próxima legislatura, caso seja eleito".


21h17
– "Nós, em 2016, faremos um crédito fiscal relativo a 2015 se o IVA e o IRS ficarem acima", que é o que Passos julga que irá acontecer. Outra coisa é remoção da sobretaxa: 25% do próximo ano sem condicionalidade.

21h16 – "Deixe-me fechar esta matéria", pede Passos Coelho. "Não me diga que é especulação financeira" querer aplicar em sistemas mutualistas.


21h13 – Fazer plafonamento de pensões, seja horizontal da coligação, seja vertical do PS, "não é privatizar". O dinheiro deixa de ir para o Estado e passa a ir para a especulação. "Está a propor às pessoas para embarcarem na aventura dos lesados do BES", diz António Costa. Passos Coelho: "sabemos que propõem, já muitas outras coisas que não estão lá escritas mas estão lá, não estão explícitas". Mais de cinco anos se aposentarem menos descontos para a segurança social: 5,5 mil milhões em quatro anos. 


21h12 - 
Não se chega a conclusões: o presidente do PSD acusa o PS de causar perdas para a Segurança Social neste momento, tendo depois "fé" de que "tudo se há-de resolver". O secretário-geral socialista acusa a coligação de "privatizar parte das receitas da Segurança Social".


21h10 - 
Já António Costa diz que um português não pode acreditar no primeiro-ministro: "O português de 50 anos que ouve que não vai sofrer um novo corte na pensão, recorda-se de si há quatro anos a dizer isso. E, mal chegou ao Governo, cortou os 13º e 14ª meses das pensões e criou sobretaxa", acusou. 


21h08 - 
O primeiro-ministro diz que é necessário reconquistar a confiança no sistema de segurança social: "para ter confiança de que vai ter a sua pensão, [um cidadão] tem de ter a garantia de que o Estado fará a reforma da Segurança Social que lhe permita receber a pensão". E, segundo Passos Coelho, "essa confiança está em causa". É preciso um entendimento. 


21h06
– "Claro que a segurança social precisa de medidas para assegurar a sua sustentabilidade". António Costa fala do corte de pensões. Passos Coelho contesta. É a primeira vez que Costa diz para não ser interrompido. António Costa acusa o PSD/CDS de disfarçar o palavrão que é plafonamento. "Quem tem vencimento mais alto pode não descontar mas alocar verbas à especulação de um fundo privado". "Lançá-los na aventura, na situação que estão os lesados do BES. Encontram-se na situação em que se encontram. A segurança social não pode ser objecto de brincadeiras". "Garantimos sustentabilidade à segurança social publica, garantida para todos os portugueses".


21h02 – "É absoluta mistificação que a vinda da troika cabe ao PSD", diz Passos Coelho. E agora responde à segurança social. O que falta não é apenas pelo desemprego. "Andamos há muitos anos a acumular desemprego". "Todos os anos, e isso não começou com o meu governo, é usar impostos para cobrir os défices" da segurança social. "As pessoas só podem ter confiança na segurança social se corrigirmos essa situação". Volta a reafirmar necessidade de sentar-se à mesma mesa que o PS. Volta a dizer que espera ser possível após as eleições. "O programa do PS perfaz mais do que 600 milhões de euros", e contrapõem que o que ganha na receita de IRC "é de 4%, só isso, comido pela restituição IVA na restauração".

 

21h00 – "Não aceitaremos qualquer novo corte das pensões. Não aceitamos qualquer corte de 600 milhões nas pensões. A sustentabilidade depende da confiança e que é o que o Constitucional tem obrigado o Governo cumprir", diz António Costa. Lembra a maior reforma em 2007, do governo de PS. "O grande buraco aberto da segurança social foi este governo que abriu". Fez perder oito mil milhões à segurança social, nomeadamente com o desemprego. Por isso diz que para o PS "a prioridade máxima é a criação de emprego". E diversificar fontes da segurança social, como diz propor. E atira: A coligação propõe "maior aventura financeira para a segurança social".

20h58 – O debate retoma depois do intervalo, com António Costa a voltar ao tema: "O PS assume todas as suas responsabilidades, desde Mário Soares a José Sócrates. Assume toda a sua história por inteiro, do que teve de bom, de errado. Não se refugia das suas responsabilidades". O secretário-geral do PS lembra, novamente, as declarações de Passos Coelho de 30 de Abril de 2011, lida por Costa como vontade de Passos Coelho de que a troika viesse. E também fala da entrevista de Eduardo Catroga, de 3 de Maio de 2011, que disse que o programa da troika foi "essencialmente influenciado pelo PSD". Volta a referir que quis ir além da troika. "Ninguém desejou que a troika viesse", a não ser quem a usou como pretexto. Clara de Sousa muda de tema para a segurança social.


20h52
– Clara de Sousa lança o intervalo. "Já passou metade?", questionou Passos Coelho.

20h50 – Adelino Faria confronta com número de pessoas que saíram. Passos resume: 400 mil empregos perdidos até 2013. 200 mil criados nos dois últimos anos. Acusa António Costa de falar muito do passado e por isso lembra os seis anos de Sócrates. População empregada caiu 184 mil. Desempregos durante seis anos cresceu 208 mil e durante quatro anos há um saldo líquido favorável.


20h49 – Estar entre as dez economias mais competitivas do mundo, quando? Passos Coelho acredita que no espaço de duas legislaturas está em condições de cumprir esse objectivo. "As nossas exportações batem recordes sobre recordes". "Muito daquilo que fizemos, que não foi só política de austeridade, foram muitas reformas estruturais. Criámos condições para que a economia ganhasse dinamismo e fosse mais competitiva". Lembra os números do desemprego, que diz tem vindo a diminuir, com emprego a ser criado.


20h48 – João Adelino Faria lembra que estavam a falar de desemprego e os entrevistados viraram o tema para a troika. Volta a falar de desemprego.


20h46 - 
"Não se esqueça do que disse. Sei que é muito esquecido", ataca o antigo ministro do PS, recebendo uma rejeição de Passos Coelho. O primeiro-ministro relembra que foi o Governo socialista que chamou a troika.


20h45 - 
"Gostou tanto da troika que quis ir além da troika", diz Costa a Passos Coelho. O socialista volta a apresentar um gráfico, desta vez do antigo ministro das Finanças, Vítor Gaspar. E começou o ataque a declarações feitas pelo líder do Executivo: "Era na altura em que o primeiro-ministro achava que os portugueses eram piegas".


20h44
– António Costa: "O senhor quis a troika".

20h43 – Passos Coelho: "Criamos emprego se acreditarmos que quem cria emprego são as empresas. A ideia de que nós estamos a pensar o futuro com corte de 600 milhões de pensões e que olhamos futuro com modelo de baixos salários e precariedade é desmentido pelo programa e pelos resultados que estamos a apresentar".


20h42 – "Os números estão quantificados" no programa de estabilidade que apresentou à Comissão Europeia. Passos Coelho diz ser "mistificação a ideia de que o país tem uma austeridade que o Governo acha que é virtuosa", uma ideia de que a austeridade, medidas difíceis, redução rendimento são virtuosas. Essa abordagem, que diz ser idêntica à do Syriza, está "absolutamente esclarecida".


20h41 – "Todos aprendemos com os nossos erros". Não fará promessas quantificadas, diz António Costa, acrescentando que há uma grande diferença entre programas: "temos as medidas" que levam ao emprego. "Não irá criar emprego, mas destruir. O problema não está na meta, está nos meios", acusa. 


20h40 – "Temos de concentrar a totalidade dos recursos na contratação de jovens licenciados nas empresas e, sobretudo, mais expostas ao exterior", diz António Costa, que fala da necessidade de contratar jovens. 


20h40 - 
Sobre as políticas activas de emprego, o candidato socialista atacou o Executivo de Passos Coelho: "O Governo gastou milhões de euros da União Europeia a subsidiar estágios". 

20h38 - 
O tema muda. Passa a ser emprego. Questionado, António Costa diz que não basta criar postos de trabalho mas "emprego digno, com qualidade e com futuro". Mudar a política geral ("virar a página da austeridade"); combater o desemprego de longa duração; empreender políticas activas de emprego são as suas propostas. 

20h36 - 
Pedro Passos Coelho rebateu, dizendo que há obras públicas; o candidato a liderar o Governo pelo maior partido da oposição disse que o interlocutor não conhecia o programa eleitoral do PS.

20h34 - 
A jornalista da TVI repetiu a pergunta sobre a demarcação face ao último Executivo socialista. Agora, Costa já se referiu ao Governo de José Sócrates. "Avaliámos a nossa própria actuação", disse o secretário-geral do PS, adiantando que o programa eleitoral da actualidade "não é o programa eleitoral como o de há quatro anos, assente em grandes obras públicas". 

20h32 - 
Judite Sousa pergunta a Costa porque nunca se demarcou da política do Governo PS, que foi quem solicitou o resgate financeiro em 2011. Costa responde mas ao ataque ao Passos, dizendo que há uma diferença entre ambos: o líder socialista foi presidente da Câmara Municipal de Lisboa, onde diminuiu a dívida; o presidente do PSD "aumentou a dívida que recebeu" na liderança do Executivo

20h31 -
"Era importante que dr. António Costa olhasse para situação que o país passou", diz Passos Coelho, defendendo que foi a crise mais severa que Portugal enfrentou. E pela primeira vez fala de José Sócrates, que acusa de ter aumentado a dívida. 

20h29 -
António Costa responde: "não cumpriu aquilo que prometeu na campanha". Cortou pensões e salários e falhou na redução da dívida. Mostra um gráfico para dizer que foi o único governo em que o PIB não cresceu.

20h28 - Passos Coelho continua a dizer o que pretende fazer: "consolidar a recuperação que está a trazer mais rendimento, mais confiança e emprego e emprego sustentável". "Só conseguimos crescer no futuro se incutirmos confiança aos agentes económicos. Se não tivermos confiança, a esperança não aparecerá. Quando é mais duro e só resta austeridade e caminhos difíceis, nesse dia a economia ressente-se mas [ressentem-se] sobretudo as pessoas".

20h25 -
Porque devem os portugueses votar em si, pergunta Judite Sousa a Passos Coelho. "Quatro anos foram de facto difíceis e duros. Implicaram para todas as famílias medidas com impacto muito forte e só foi possível chegar ao fim do processos fechando o programa e reconquistando o acesso aos mercados porque os portugueses foram extraordinários na vontade de superar os obstáculos". Passos Coelho continua: "Não seguimos política austoritária [sic] por vontade ou gosto de políticas difíceis". Judite Sousa insiste: porque devem os portugueses votar em si? "Porque conseguimos ultrapassar o mais difícil desse processo. Era a minha primeira responsabilidade como ministro cumprir o que os portugueses esperavam. Concluir o memorando e restituir esperança ao país". "Conseguimos abrir janela para futuro". 

20h25 -
Judite Sousa, da TVI, arranca a emissão. João Adelino Faria seguiu-se e Clara de Sousa explica que são nove temas. Passos Coelho abre. 

20h23 -
"Linguagem gestual contida" dos dois entrevistados, descreve Marcelo Rebelo de Sousa na TVI. "Pareceram-me os dois descontraídos. O ambiente é muito gélido. A sala é muito grande", diz Santana Lopes, na SIC, enquanto António Vitorino comenta: "não permite o intimismo de um estúdio".

20h21 -
"Acho que está muitíssimo bem", diz Pedro Passos Coelho, enquanto lhe punham o microfone. António Costa responde: "deve ser um microfone por cada estação, não?".

20h20 -
Os dois candidatos preparam-se. Clara de Sousa, da SIC, João Adelino Faria, da RTP, e Judite Sousa, da TVI, são os entrevistadores. 

20h08
- Pedro Passos Coelho chega ao Museu da Electricidade.

20h05 - António Costa chega ao Museu da Electricidade, onde vai acontecer o debate televisivo. Tinha a recebê-lo os directores das três estações: Paulo Dentinho, da RTP, Sérgio Figueiredo, da TVI, e Alcides Vieira, da SIC.

Pedro Passos Coelho, líder da coligação PSD/CDS-PP, e António Costa, secretário-geral do PS, vão estar frente-a-frente no único debate televisivo entre os dois. O debate é feito nas três televisões em sinal aberto. No dia do debate, os lesados BES fizeram várias manifestações e estão à porta do Museu da Electricidade.

 

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