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António Costa critica "descaramento absoluto" de Passos nas declarações sobre Novo Banco

O secretário-geral do PS acusou Pedro Passos Coelho de "falta de decoro" para com os portugueses e de ter o "descaramento absoluto" de dizer que o adiamento da venda do Novo Banco "é, afinal, um enorme sucesso".

Correio da Manhã
24 de Setembro de 2015 às 16:20
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Passos Coelho, diz António Costa, teve o "desplante de vir dizer que o fracasso" com o Novo Banco "era afinal um enorme sucesso, porque até é uma excelente aplicação que vai render juros".

 

"É preciso, de facto, um descaramento absoluto", prosseguiu o socialista, num almoço-comício com autarcas do PS, em Paião, concelho da Figueira da Foz.

 

Para o líder socialista, as eleições de 04 de Outubro marcarão o fim do "tempo da mentira" e a chegada da verdade.

 

"Mentira, fracasso e incompetência" foram outras marcas do executivo PSD/CDS-PP, insistiu Costa, que lembrou a sua experiência de autarca na capital para dizer aos cerca de 800 presentes que, se chegar ao Governo, irá comandar o executivo com proximidade e atento aos problemas das pessoas.

 

"Governar é, essencialmente, estar focado no problema das pessoas e na resolução efectiva dos problemas. Hoje larguei essas funções [de presidente da Câmara de Lisboa], mas não larguei o que aprendi nem as emoções que todos os dias tem quem vê concretizados os seus projectos", sublinhou.

 

António Costa diz que uma presidência de câmara "tem um grau de exigência" sem comparação com uma "função ministerial", e lembrou os seus anos em Lisboa - nem sempre com maioria absoluta - para se definir como um fazedor de equipas e alguém "capaz de construir consensos".

 

"Ganhei as duas últimas eleições na Câmara de Lisboa com maioria absoluta. Mas a verdade, também, é que ganhei as primeiras eleições sem maioria absoluta", relembrou, acrescentando que se foram construindo com "diálogo e numa plataforma de convergência" as condições de governabilidade.

 

Costa elencou posteriormente matérias como o plano municipal de Lisboa, a reforma de freguesias - "que ao contrário do resto do país mereceu consenso generalizado na cidade de Lisboa" - e a política fiscal do município para dar exemplos que atestem essa governabilidade.

 

Posteriormente, o socialista advogou que a dívida das autarquias diminuiu nos últimos quatro anos e a do país, com Passos Coelho como chefe de Governo, aumentou, o que "não foi obra do acaso".

 

"As autarquias são geridas por gente competente e este governo foi gerido por gente que é incompetente", disparou.

 

No final da sua intervenção, que teve pouco mais de 20 minutos, Costa pediu o "resgatar" das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) - que devem deixar de ser "meras delegações do governo central" - e um "esforço acrescido" aos autarcas socialistas no contacto com as populações até 04 de Outubro.

 

"Façam um esforço acrescido por garantirem que vamos ganhar e com a maioria necessária para podermos concretizar as reformas com que estamos comprometidos", pediu.

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