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Rio encara "com humor" intenção do Chega em liderar oposição enquanto PSD se reorganiza

Líder do PSD garante que irá tomar posse como deputado e fazer oposição ao Governo maioritário do PS na Assembleia da República, pelo menos, até à aprovação do OE2022. Sobre o futuro da liderança do PSD, diz que a questão será colocada na reunião desta quinta-feira do "núcleo duro" do partido.

Miguel A. Lopes/Lusa
02 de Fevereiro de 2022 às 18:32
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O presidente do PSD, Rui Rio, referiu esta quarta-feira que foi "com humor" que encarou as declaração do líder do Chega, André Ventura, de que irá liderar a oposição enquanto "o PSD se reorganiza". O líder social-democrata lembra que o PS conseguiu maioria absoluta no Parlamento e garante que irá tomar posse como deputado. 

"Já tinha dito que o doutor André Ventura é um homem com humor. Encaro isso [as declarações de André Ventura] com humor. O PS representa quase um terço dos votos dos portugueses, o que é muito mais do que o Chega teve nestas eleições", referiu Rui Rio, à saída da reunião com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Minutos antes da reunião do PSD com Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente do Chega disse que irá assumir "a liderança da oposição, enquanto o PSD se reorganiza". Isto porque Rui Rio já afirmou que irá apresentar a demissão na sequência dos maus resultados eleitorais de domingo, abrindo a porta a uma mudança na liderança do PSD. 

Depois de ter dito no domingo que não vê como pode continuar a ser "útil" ao PSD, Rui Rio deixou a garantia de que irá tomar posse como deputado na Assembleia da República e que estará "com certeza" no exercício desses funções quando for votado o Orçamento do Estado para este ano (OE2022), algo que deverá acontecer em abril. 

Rui Rio remeteu ainda as questões sobre o futuro da liderança do PSD para esta quinta-feira, altura em que a comissão política nacional dos social-democratas deverá reunir para analisar os resultados eleitorais.

Rui Rio mostrou-se ainda convicto de que o secretário-geral do PS, António Costa, deverá ser indigitado primeiro-ministro ainda esta semana e disse esperar que "o PS, com uma maioria absoluta, seja diferente daquilo que foi a anterior maioria absoluta do PS", liderada por José Sócrates, que foi "de má memória". 

Sobre o regresso dos debates quinzenais que o PSD, em conjunto com o PS, ajudou a pôr fim, Rui Rio concorda que "o escrutínio da Assembleia da República deve ser ainda mais rigoroso", mas recusa entrar em "espetáculos parlamentares para abrir telejornais". "Estou convencido do que digo e do que faço", reiterou.
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