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Ao minuto07.10.2019

PS sem maioria. Há três novos partidos. CDS e CDU com derrotas históricas e PAN reforçado

O Negócios acompanhou ao minuto o dia das eleições para a XIV Legislatura. Veja todos os momentos.

06 de Outubro de 2019 às 09:00
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07.10.2019

Conclusões da noite eleitoral

- PS venceu com 36,65% e elegeu 106 deputados (dos quatro mandatos por atribuir relativos à emigração, os socialistas deverão eleger entre um e dois). Cresceu 120 mil votos e ganhou, pelo menos, 20 mandatos, porém ficou aquém de se bastar a si próprio para governar. Os socialistas passam a deter mais mandatos do que PSD e CDS juntos. António Costa quer renovar a geringonça e terá de esperar para saber da disponibilidade dos até aqui parceiros;

- Parlamento mais polarizado de sempre. A entrada no plenário de três partidos emergentes (Chega, Livre e Iniciativa Liberal) eleva para 10 o número de forças com representação parlamentar;

- Com 27,9%, o PSD obteve o pior resultado eleitoral desde 1983, mas ao perder apenas 12 mandatos evitou uma hecatombe, o que garante alguma margem de manobra a Rui Rio para seguir à frente do partido. Acima de tudo o PSD evitou o pior cenário projetado por algumas sondagens que a tão só um mês destas eleições apontavam para a possibilidade de os sociais-democratas se transformarem num partido médio;

- O Bloco de Esquerda (9,67%) baixou em votos e em percentagem, mas manteve o mesmo número de deputados eleitos em 2015 (19);

- A CDU conteve as perdas a menos de dois pontos percentuais, no entanto os 6,9% registados representam o pior resultado de sempre em percentagem de votos da coligação protagonizada pelos comunistas e ao eleger apenas 12 mandatos obtém o pior registo desde 2002;

- Geringonça ganha deputados, mas perde votos. Mesmo tendo passado de 122 deputados para 137, PS, Bloco e CDU em conjunto tiveram menos 49 mil votos do que há cinco anos. Crescimento do PS em deputados e votos permitiu à geringonça reforçar o número de mandatos, mas não foi suficiente para compensar a perda de apoio do Bloco e, sobretudo, da CDU;

- CDS é o grande derrotado da noite, passando de 18 para 5 assentos parlamentares. Só em 1987, com Adriano Moreira, garantiu menos assentos (4). Os 4,25% registados são o pior resultado de sempre em percentagem. Este desaire levou Assunção Cristas a anunciar que vai deixar a presidência dos centristas;

- O PAN ficou aquém do "brilharete" que chegou a ser antecipado pelas sondagens, porém não deixou de figurar, junto ao PS e às três forças emergentes, como um dos vencedores da noite. O partido de André Silva passou de 1,39% para 3,28% e de um para quatro deputados;

- Chega (1,3%), Iniciativa Liberal (1,29%) e Livre (1,09%) estreiam-se no Parlamento com um mandato eleito cada, isto na estreia das três forças em legislativas;

- A entrada do Chega no Parlamento representa a entrada da extrema-direita na Assembleia da República e alarga a Portugal, embora de forma ainda moderada, a tendência de crescimento de forças populistas de pendor nacionalista verificada na Europa;

- As declarações dos líderes dos partidos que integraram a chamada geringonça sinalizaram disponibilidade para que uma nova maioria de esquerda apoie um Governo do PS, restando porém saber quais as forças e em que molde poderão viabilizar um novo Executivo chefiado por António Costa.

07.10.2019

Abstenção bate recorde pela quarta vez consecutiva

Há quatro eleições legislativas que a taxa de abstenção atinge recordes. 45,5% dos eleitores em território nacional não foram votar, de acordo com os dados oficiais do Ministério da Administração Interna

Apuradas todas as 3.092 freguesias do território continental e ilhas, os resultados mostram que 54,5% dos eleitores recenseados foram às urnas para escolher a sua representação na Assembleia da República para os próximos quatro anos. Essa percentagem corresponde a 5 milhões e 92 mil eleitores num total de 9 milhões e 343 mil.

07.10.2019

PS sem maioria. Há três novos partidos. CDS e CDU com derrotas históricas e PAN reforçado

As eleições legislativas ditaram uma nova composição parlamentar, com três novos partidos. O PS venceu as eleições, mas precisa de encontrar soluções para conseguir governar.

O PS conseguiu 36,65% dos votos nestas eleições legislativas, tendo conseguido eleger 106 deputados, mais 20 do que há quatro anos (faltam ainda eleger quatro, dos círculos Europa e Fora da Europa). António Costa assumiu que "os portugueses gostaram da geringonça e desejam a atual solução política agora com um PS mais forte".

O PSD fechou as eleições com 27,9% dos votos, o que corresponde ao pior resultado desde 1983, ano em que o partido conquistou 27,2%. O partido liderado por Rui Rio garantiu 77 deputados, o que compara com os 89 atuais, uma derrota que foi, ainda assim, menor do que algumas sondagens chegaram a revelar.

Em terceiro lugar ficou o Bloco de Esquerda, com 9,67% dos votos, mantendo o mesmo número de deputados que elegeram em 2015 (19).

Já a CDU ficou com 6,46%, o que representa o pior resultado de sempre. A coligação do PCP com o PEV elegeu 12 deputados, tendo perdido cinco deputados, uma das quais a deputada histórica Heloísa Apolónia. Em número de deputados a CDU elegeu o mesmo número do que em 2002.

O CDS, que nas últimas eleições se coligou com o PSD, surge como a quinta força política, com 4,25% dos votos, ou cinco deputados (o menor número desde 1991). A percentagem de votos conseguida pelo partido liderado por Assunção Cristas foi a pior de sempre. A líder assumiu a derrota, com Assunção Cristas a anunciar que vai convocar um Congresso, no qual não se apresentará como candidata à liderança do partido.

O PAN reforçou a sua presença, com quatro deputados eleitos e 3,28% dos votos. O resultado é histórico, mas ainda assim aquém dos valores apontados pelas sondagens.

O Parlamento vai também receber três novos partidos, todos com um deputado cada. O Iniciativa Liberal foi o primeiro a eleger um deputado, tendo elegido o cabeça de lista por Lisboa, João Cotrim Figueiredo, conquistando 1,29% dos votos.

O Chega também conseguiu eleger um deputado, André Ventura. Assim como o Livre, que elegeu Joacine Katar Moreira.

07.10.2019

André Silva fala em fim da maioria conservadora no Parlamento

André Silva, líder do PAN, fala de uma grande vitória do seu partido, mostrando-se disponíveis para eventuais acordos caso a caso com o PS ou com outro partido que possa "fazer avançar as nossas ideias".

Numa declaração, já depois do discurso de vitória de António Costa, André Silva falou do fim de uma maioria no Parlamento: a que diz ser a maioria conservadora, do PSD, CDS e CDU.

Deixou também o caderno de encargos do PAN para os próximos quatro anos. 

07.10.2019

Joacine Moreira (Livre) diz que "não há lugar para a extrema-direita" na AR

A cabeça de lista do Livre por Lisboa, eleita nas legislativas de domingo, afirmou hoje que "não há lugar para extrema-direita no parlamento", salientando que o seu partido será "a esquerda anti-fascista e anti-racista".

"Não há lugar para extrema-direita no parlamento português", gritou Joacine Katar Moreira no púlpito montado na Fábrica Braço de Prata, em Lisboa, após confirmar que tinha garantido a eleição.

A eleição de Joacine Katar Moreira, à Assembleia da República, foi confirmada às 00:25 de segunda-feira.

07.10.2019

Presidente da República recebe partidos a partir de terça-feira

O Presidente da República, "respeitando as razões que possam ter levado muitos cidadãos a não votar, espera que tudo possa ser feito, no futuro, para criar condições que permitam que eles reconheçam a importância do seu voto no futuro de Portugal", salienta Marcelo Rebelo de Sousa, numa nota publicada no site da Presidência.

07.10.2019

Ventura quer Chega como maior partido em oito anos

André Ventura, líder do Chega e deputado eleito por esta força populista, mostrou-se muito satisfeito com a estreia do recém-criado partido no Parlamento e recusou os epítetos de extremismo com que muitos catalogam o partido. 

Ventura mostrou-se ainda confiante no sucesso do Chega, prometendo que este partido "dentro de oito anos será o maior partido de Portugal". 

07.10.2019

Chega e Livre também elegem 1 deputado

São três os novos partidos que chegam À Assembleia da República. Além do Iniciativa Liberal, também o Chega e o Livre conseguem eleger um deputado por Lisboa.

07.10.2019

PAN elege quarto deputado

O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) elegeu o quarto deputado nas legislativas de domingo, pelo círculo eleitoral de Setúbal.

Às 00:18, quando falta apurar os resultados numa freguesia, PAN tinha quatro deputados eleitors: André Silva e Inês Sousa Real, por Lisboa, Bebiana Cunha, pelo Porto e Maria Cristina Rodrigues por Setúbal.

Com os resultados de hoje, o PAN forma um grupo parlamentar, depois de ter eleito apenas um deputado em 2015 (André Silva).

07.10.2019

Costa: "Os portugueses gostaram da geringonça e desejam a atual solução política"

António Costa assumiu o "encargo" de formar Governo para os próximos quatro anos. Para o líder dos socialistas e atual primeiro-ministro o PS "ganhou as eleições e reforçou a sua posição política em Portugal."

A conclusão retirada por Costa com base nos resultados eleitorais é que "os portugueses gostaram da geringonça e desejam a atual solução política agora com um PS mais forte".

07.10.2019

PS ganha sem maioria e Iniciativa Liberal já garantiu um deputado

Faltam contar apenas cinco freguesias em todo o país, mas o cenário parece "fechado": o PS vence sem maioria, o resultado do PSD não foi tão mau como chegou a ser antecipado, o CDS terá o pior resultado de sempre, o Bloco de Esquerda confirma-se como a terceira força política, o PAN reforça a sua posição e chega ao partido "sangue novo", com a eleição do Iniciativa Liberal.

 

Este será o retrato destas eleições, onde o CDS foi o único que assumiu a derrota, com Assunção Cristas a anunciar que vai convocar um Congresso, no qual não se apresentará como candidata à liderança do partido.

 

Com 98,82% dos votos contados, faltando apenas apurar os resultados de cinco freguesias, o PS conta com 36,66% dos votos, o que lhe confere 99 deputados. Uma vez que faltam apurar 21 mandatos não se pode dizer que a maioria absoluta está fora de questão, mas seria preciso que estes últimos votos fossem esmagadoramente para o PS.

 

O PSD segue com 28,03% dos votos, ou 74 deputados eleitos.

 

O Bloco de Esquerda segue com 9,66% dos votos (17 deputados), enquanto a CDU conta com 6,36%, ou 10 deputados, sabendo-se já que perdeu uma deputada histórica (Heloísa Apolónia).

 

O CDS, que nas últimas eleições se candidatou coligado com o PSD, surge como a quinta força política, com 4,25% dos votos, ou cinco deputados.

 

O PAN reforçou a sua presença, com três deputados eleitos e 3,27% dos votos.

 

Mas há mais novidades, o Iniciativa Liberal já confirmou a eleição de um deputado (João Cotrim Figueiredo), conquistando 1,27% dos votos.

 

06.10.2019

Rio: "Falharam manifestamente as profecias sobre a hecatombe do PSD"

"Falharam manifestamente as profecias sobre a hecatombe do PSD. Mostrámos que independentemente das dificuldade o PSD é capaz de apresentar a única alternativa para governar Portugal", afirmou Rui Rio na declaração após os resultasos eleitorais darem como certa a derrota nas eleições para o PS.

06.10.2019

Hélder Amaral diz adeus ao Parlamento

Há 17 anos consecutivos enquanto deputado, Hélder Amaral dirá adeus ao Parlamento. Eleito por Viseu desde 2002, o deputado do CDS não conseguiu assegurar a eleição nas legislativas de 2019.

06.10.2019

Iniciativa Liberal chega ao Parlamento

O Iniciativa Liberal, criado enquanto partido em 2017, conseguiu eleger um deputado. Foi o cabeça de lista por Lisboa que conseguiu ser eleito: João Cotrim Figueiredo. 

Carlos Guimarães Pinto, líder do Iniciativa Liberal, realçou o resultado eleitoral conseguido pelo seu partido que "com menos de dois anos de vida irá ter representação no Parlamento."


O líder da Iniciativa Liberal promete uma "verdadeira oposição ideológica", uma "voz clara na defesa da liberdade individual, política e económica."

06.10.2019

Heloísa Apolónia fora do Parlamento

Heloísa Apolónia está fora do Parlamento, depois de ter falhado a eleições por Leiria, um círculo onde a CDU não consegue eleger ninguém desde 1985.

06.10.2019

Iniciativa Liberal, Chega e Livre com votos suficientes para ter subvenção estatal

Com 9 freguesias por apurar, tanto a Iniciativa Liberal como o Chega e o LIvre já têm votos suficientes (mais de 50 mil) para terem direito à subvenção estatal. O Chega tem mais de 64 mil votos, a Iniciativa Liberal tem mais de 62 mil e o Livre tem mais de 52 mil.

No entanto, a Iniciativa Liberal, que já elegeu um deputado, já tinha dito que iria abdicar da sua subvenção estatal caso viesse a ter direito a esta. "A Iniciativa Liberal no seu programa propõe uma redução substancial das verbas destinadas à subvenção pública de campanha e também uma alteração no tipo de despesas que essa subvenção pode pagar", anunciou o partido na semana que passou.

O Estado paga uma subvenção aos partidos que tenham mais de 50 mil votos nas legislativas, mesmo que não consigam eleger um deputado para o Parlamento.

(Atualizado às 23h35 com o número de votos do Livre)

06.10.2019

Assunção Cristas eleita em Lisboa

Assunção Cristas já foi eleita pelo CDS no círculo eleitoral de Lisboa. Em reação às projeções, a líder dos centristas anunciou que vai marcar um congresso extraordinário e que não irá recandidatar-se. 

Além de Cristas, Telmo Correia foi eleito em Braga e Cecília Meireles no Porto. 

06.10.2019

Jerónimo de Sousa eleito por Lisboa

O líder do PCP já foi eleito pelo círculo eleitoral de Lisboa. Jerónimo de Sousa é um dos seis deputados que a CDU já conseguiu eleger até agora. A coligação garantiu a eleição em Beja, Évora, Porto, Lisboa, Santarém e Setúbal.

06.10.2019

Bragança dá dois deputados ao PSD e um ao PS

O PSD venceu em Bragança com 40% dos votos. Os social-democratas elegeram Adão Silva e Isabel Maria Lopes por esse círculo eleitoral que elegia três deputados. O PS elegeu Jorge Gomes, ex-secretário de Estado da Administração Interna, com 36,5% dos votos. Em terceiro lugar surge o BE com 6% dos votos.

06.10.2019

Bloco disponível para solução de quatro anos ou acordos pontuais

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, mostrou-se esta noite disponível para uma "solução de estabilidade" com o PS ou, em alternativa, para realizar "negociações ano a ano" que permitam viabilizar leis.

Sublinhando que o PS "tem todas as condições" para formar governo, Catarina Martins afastou a hipótese de o Bloco de Esquerda integrar o Governo, afirmando que cumprirá o mandato no Parlamento.

Catarina Martins não disse se aceitaria um acordo com o PS sem o PCP. "É prematuro", disse.

A coordenadora do Bloco de Esquerda referiu-se, no entanto, a propostas que o PS não tem tido vontade de aprovar: reposição de compensações por despedimento, dos dias de férias, do pagamento das horas extraordinárias ou a eliminação do fator de sustentabilidade nas pensões. Catarina Martins também falou de investimento público ou no controlo dos CTT.

Com 96,51% dos votos contados, o Bloco de Esquerda consegue 9,39%.

06.10.2019

André Silva eleito em Lisboa

Desta feita sem direito a surpresas, André Silva foi eleito deputado ao Parlamento pelo PAN.

06.10.2019

André Silva diz que não houve nenhum contacto com o PS

O porta-voz do PAN disse que não teve nenhum contacto com o PS até ao momento e que espera ter contacto com todos os partidos que tenham representação parlamentar resultante das eleições legislativas de hoje.

Em declarações aos jornalistas, André Silva rejeitou responder à maior parte das perguntas dado que ainda não existem dados finais. No entanto, o líder do PAN considerou que tudo aponta para que tenha conseguido alcançar os seus objetivos, ou seja, eleger vários deputados para constituir um grupo parlamentar na Assembleia da República.

06.10.2019

Dezenas de portugueses na Alemanha impedidos de votar, queixas estão a ser recolhidas

Boletins de voto insuficientes, outros que não chegaram ou cartas devolvidas são alguns dos problemas denunciados por dezenas de portugueses a viver na Alemanha na rede social Facebook, mas as queixas estão ainda a ser reunidas.

"O meu marido recebeu a carta e eu não, e tenho registo no consulado", escreve Carla Marques no grupo "Portugueses e Portuguesas em Berlim" onde as queixas se vão somando. Também José Cerqueira revela que tem a morada atualizada desde agosto do ano passado, mas nem ele, nem a mulher, receberam o boletim de voto em casa.

Manuel Campos, presidente do GRI-DPA, o Grupo de Reflexão e Intervenção da Diáspora Portuguesa da Alemanha está a juntar todas as reclamações para poder enviá-las para Portugal. "O objetivo é informar a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas para corrigir e evitar erros no futuro", revelou à agência Lusa.

"Com casais, verificou-se que na mesma direção, um recebeu o seu boletim de voto e outro não. Deve haver problemas muito graves na própria Comissão Nacional de Eleições", assumiu Manuel Campos.

"Houve envio para direções não corrigidas, ou seja, as cartas foram enviadas, mas as pessoas não atualizaram o endereço. Houve cartas devolvidas por recusa dos correios por não cumprirem o acordo internacional, ou seja, foram devolvidas ao remetente que depois teve oportunidade de colocar um selo e mandá-la. Mas outras, possivelmente, nem sequer terão chegado porque não foram devolvidas", acrescentou.

Patrícia Rocha assume que mudou de casa recentemente, sem ter ainda alterado a morada e reconhece que deveria ter consultado com mais detalhe a informação por correspondência. Ainda assim, aponta o dedo ao consulado que, em abril, a informou que "bastava lá ir no dia das eleições legislativas, para votar, a partir do momento em que estava recenseada."

Tal como Patrícia, também Maria de Vasconcelos, a viver há vários anos em Berlim, foi hoje até às instalações do Consulado de Portugal na capital alemã. A porta estava fechada.

"Este é o consulado que hoje está fechado e onde não se encontra absolutamente ninguém para dar uma justificação àqueles que ali se deslocaram para votar porque também não estavam a par do voto por correspondência. Este é o consulado onde me recenseei quando cheguei à Alemanha e me perguntaram o que ali estava a fazer porque ali não davam nada a ninguém e com um sorriso respondi: 'Venho-me recensear porque quero garantir o meu direito de voto'", lê-se no Facebook.

"Há também acusações de consulados que não responderem a pedidos de informação, mas há também queixas da própria embaixada por não atender telefonemas", avançou Manuel Campos.

Outro português explica que foi tentar votar antecipadamente em mobilidade, mas "não havia boletins de voto suficientes."

"Disseram que me iam ligar, pois até hoje. Se é assim que tratam os emigrantes...", lamenta.

As queixas começaram a somar-se quando depois de uma publicação de uma usuária ter dado conta que tanto a embaixada, como o consulado de Portugal em Berlim, estavam fechados no dia das eleições.

06.10.2019

Jerónimo admite apoiar Governo do PS, mas analisando caso a caso

Tal como há quatro anos, o discurso da noite eleitoral de Jerónimo de Sousa foi uma espécie de guião para a atitude política da CDU na legislatura que se segue. O secretário-geral do PCP considera que "nada obsta" a que António Costa seja indigitado primeiro-ministro e a que este forte Governo e o mesmo possa entrar em funções. 

Jerónimo avisou depois, no que pareceu um fechar de porta definitivo à assinatura de novos acordos escritos com o PS, que "será em função das opções do PS, dos instrumentos orçamentais que apresentar e do conteúdo do que legislar que a CDU determinará, como sempre, o seu posicionamento". 

O líder comunista desfiou depois um conjunto de políticas que a CDU exige ver prosseguidas na próxima legislatura e que poderão servir de caderno de encargos para o PS negociar apoios, mesmo que pontuais, da coligação entre o PCP e Os Verdes. Um "aumento geral dos salários e do salário mínimo nacional para os 850 euros", a creche gratuita para todas as crianças até aos três anos de idade, políticas de arrendamento acessível, reforço do "investimento em falta no Serviço Nacional de Saúde e serviços públicos", 1% do PIB destinado à Cultura e garantia de proteção da natureza e meio ambiente. 

Rejeitando falar num desaire da CDU como antecipado por muitos, Jerónimo de Sousa reconheceu ter sido um resultado que "constitui um fator negativo para o futuro próximo da vida do país" e garantiu que este mesmo resultado é "inseparável da operação" de que esta coligação "foi alvo, que "sustentada em mentiras" acabou por beneficiar "metodicamente outras forças políticas e distorceu" a ação política de PCP e Verdes.

06.10.2019

Aliança: Santana Lopes admite que não deverá conseguir ser eleito

O líder e fundador do Aliança admitiu que não deverá ser eleito pelo círculo eleitoral de Lisboa. Numa mensagem em que felicitou os partidos sem representação parlamentar por terem indicação que vão conseguir entrar no Parlamento, Pedro Santana Lopes admitiu que "a Aliança não deve conseguir" eleger. 

"Quem ama a pátria o que deseja é o sucesso de quem governa", afirmou o ex-primeiro-ministro, assumindo a derrota "política" pessoal. "Não pertencemos ao grupo daqueles que pintam a sua derrota para a transformar em vitória", disse, seguindo-se aplausos dos seus apoiantes. 

"Na política não há justiça ou injustiça. Há votos que exprimem a vontade popular", disse, referindo que "a Aliança não é um partido mono temático que possa logo à partida garantir a adesão dos eleitores".

Santana Lopes também falou da "recuperação" do PSD de Rui Rio na campana eleitoral, o que poderá ter prejudicado a Aliança.

06.10.2019

PS consegue três deputados em Castelo Branco. PSD fica com um

O PS ficou com 40,88% dos votos em Castelo Branco e conseguiu eleger três deputados: Hortense Martins, Eurico Brilhante Dias e Nuno Jorge Almeida.

Já o PSD conseguiu 26,3% dos votos e elegeu Cláudia André. O BE ficou em terceiro lugar com 11% dos votos, mas não conseguiu eleger nenhum deputado em Castelo Branco, círculo eleitoral que elege apenas quatro deputados para a Assembleia da República.

06.10.2019

PS vence em Oliveira do Hospital, concelho afetado pelos incêndios

O Partido Socialista venceu com 41% dos votos em Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra), concelho que foi afetado pelos incêndios de 15 de outubro de 2017. Os socialistas roubaram assim a liderança conseguida pela PaF em 2015. Nestas legislativas, o PSD conseguiu 31,54% dos votos e o CDS 4,33%, ficando atrás do PS. O BE foi o terceiro classificado com 8%.

O mesmo aconteceu em Penalva, concelho também afetado pelos incêndios.

06.10.2019

PS com 37% dos votos, PSD perto dos 30%

Numa altura em que estão contados quase 92% dos votos, o PS conta com 37% dos votos (e 39 deputados eleitos) e o PSD com 29,7% (26 deputados). 

Bloco de Esquerda já tem dois deputados eleitos, com 9% dos votos.

A CDU segue com 5,71%, o que nesta altura lhe confere um deputado. 

O CDS surge em quarto lugar (4,45%), sem mandatos ainda atribuídos. 

06.10.2019

Mota Pinto (PSD) atribui mau resultado da direita à dispersão de votos e ao CDS

 O dirigente social-democrata não vislumbra um mau resultado do PSD, vê antes uma "boa votação tendo em conta as expectativas".

Paulo Mota Pinto admite que, no seu conjunto, a direita obtém um mau resultado, realidade que atribui à "dispersão de votos por pequenos partidos", o que "provavelmente prejudicou" as maiores forças, e também à "má prestação do CDS.

"Os resultados de 2015 não se repetiram sobretudo por causa do CDS", concluiu.

06.10.2019

Pela primeira vez houve abstenção superior a 68% num concelho

Desde 1976 que a taxa de abstenção nunca tinha sido superior a 68% num só concelho. Isso mudou hoje: o concelho de Vila Franca do Campo, no arquipélago dos Açores, apenas 29,6% dos eleitores foram votar. Ou seja, a abstenção fixou-se nos 70,4%, a maior taxa de sempre num concelho. 

Em Vila Franca do Campo, o PS ganhou com 43,58% e o PSD ficou em segundo lugar 28,18%. 4,18% dos votos foram em branco e 2,1% nulos.

O mesmo aconteceu na Ribeira Grande (31,3% de votantes, 38,7% de abstenção), também um concelho dos Açores.

06.10.2019

Manuela Ferreira Leite defende continuidade de Rui Rio à frente do PSD

A antiga líder do PSD Manuela Ferreira Leite defende que Rui Rio deve continuar à frente do partido, considerando que este está numa "trajetória ascendente" e que impediu uma maioria absoluta do PS. Manuela Ferreira Leite comentava na edição especial da TVI sobre as legislativas as previsões deste canal que apontam para 24,6% a 28,6% dos votos para o PSD.

Um resultado que, para a ex-presidente do PSD, representa uma evolução em relação ao último ato legislativo, as eleições autárquicas de 2017, nas quais o PSD "não andou longe dos 20%". Os partidos "têm altos e baixos, momentos ascendentes e descendentes". Para Manuela Ferreira Leite, Rui Rio não deve sair do partido, mas manter-se, até porque "está num sentido ascendente".

06.10.2019

Catarina Martins eleita no Porto

A líder do Bloco de Esquerda já foi eleita pelo círculo eleitoral do Porto onde era cabeça-de-lista. Catarina Martins foi a segunda deputada eleita pelo BE nesta noite, logo a seguir a José Maria Cardoso que foi eleito por Braga. 

06.10.2019

PS faz o pleno em Portalegre

Num círculo eleitoral que apenas elege dois deputados, o PS garantiu os dois mandatos. É o caso do distrito de Portalegre que elegeu Luís Testa e Ricardo Pinheiro. O Partido Socialista conseguiu 44,7% dos votos, seguindo-se o PSD com 20%.

06.10.2019

Guarda elege dois deputados do PS e um do PSD

O círculo eleitoral da Guarda já elegeu os três deputados: Ana Mendes Godinho (secretária de Estado do Turismo) e António José Pacheco pelo PS e António Carlos Peixoto pelo PSD. O PS conseguiu 38,3% dos votos e o PSD 34,75%.

06.10.2019

Líder do Chega apela à calma e garante que o partido é democrático

O líder do Chega apelou hoje "à calma" com a eventual eleição de um primeiro deputado à Assembleia da República, garantindo que o seu partido é democrático e "não há razões para alarme".

Numa declaração transmitida pela SIC, André Ventura preferiu manter prudência na análise às projeções das televisões que apontam para a possibilidade do Chega eleger um deputado.

Ainda assim, apelou aos cidadãos e aos comentadores para que "mantenham a calma".

"O Chega é um partido democrático. Não há razão para alarmes nem ataques inusitados. O Chega não vem para minar a democracia", afirmou.

André Ventura defendeu ainda que será um "dia histórico", caso o partido eleja um deputado, ressalvando, no entanto, que ainda não há elementos suficientes para fazer um juízo definitivo.

Segundo as projeções de resultados que as televisões divulgaram pelas 20:00, o Chega terá obter entre 0,4 e 2,5% dos votos, podendo vir a ter um deputado no parlamento.

"Se acontecer será um dia histórico, mas não temos ainda elementos que nos permitam fazer um juízo definitivo sobre isto", afirmou o líder do partido, falando num hotel em Lisboa, após a divulgação das primeiras sondagens.

"Estarmos apontados à eleição é um dado muito positivo que eu gostaria de frisar", destacou o candidato, reforçando que caso o Chega eleja "será a primeira vez em mais de 45 anos que um partido com estas características terá eventualmente assento na Assembleia da República".

André Ventura agradeceu ainda "a todos os que votaram no Chega" e concluiu a sua curta intervenção dizendo que o partido irá aguardar "estimativas mais sólidas e depois aguardar também os resultados definitivos" para fazer "uma comunicação ao país de forma mais sustentada".

06.10.2019

António Costa já foi eleito em Lisboa

O atual primeiro-ministro e cabeça-de-lista dos socialistas na capital, António Costa, já foi eleito deputado do Partido Socialista pelo círculo eleitoral de Lisboa. O líder do PS é o primeiro deputado a ser eleito em Lisboa, o maior círculo de todo o país (elege 48 deputados). As projeções à boca das urnas apontam para uma vitória ao PS, mas sem maioria absoluta.

06.10.2019

Beja elege dois deputados do PS e um da CDU

A contagem já terminou em Beja. O PS elegeu dois deputados com 40% dos votos: Pedro Nuno do Carmo e Telma Cristina Guerreira. O outro deputado eleito por esse círculo eleitoral foi João Manuel Dias da CDU (PCP-PEV) com 22,8% dos votos. O PSD ficou com 13% dos votos e o BE com 9%.

06.10.2019

Rui Rio já foi eleito no Porto

O líder do PSD já foi eleito pelo círculo eleitoral do Porto, de acordo com os dados oficiais do MAI. Rui Rio foi o segundo deputado eleito pelo PSD no Porto dado que o primeiro da lista era Hugo Carvalho, também já eleito. O PSD conta com 13 deputados eleitos neste momento.

06.10.2019

Cristas de saída do CDS

Assunção Cristas: "Tomei a decisão de não me recandidatar" ao CDS
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Assunção Cristas revelou esta noite que está de saída do CDS.

Assunção Cristas vai antecipar o Congresso do CDS e não será candidata, revelou a própria depois de conhecidas as projeções de resultados das eleições legislativas. As sondagens apontam para que o CDS fique à frente do PAN mas arrisca-se a eleger menos deputados do que o partido de André Silva. 

Assunção Cristas é a primeira "baixa" resultante das legislativas deste domingo. Mau resultado do CDS apontado pelas projeções à boca das urnas dita afastamento de Cristas da liderança centrista. A ainda presidente vai pedir a realização de um congresso extraordinário, no qual não se recandidatará à liderança.

06.10.2019

Nuno Melo deixa "palavra solidária à Dra. Assunção Cristas"

Nuno Melo deixou "uma palavra solidária à Dra. Assunção Cristas que deu a cara pelo partido. Há vários deputados do CDS que estão a fazer um excelente trabalho na Assembleia da República que não serão eleitos."

06.10.2019

PS já conta com seis deputados e PSD com outros seis

Os resultados oficiais do Ministério da Administração Interna (MAI) neste momento dão o PS com seis deputados e o PSD com seis. A distribuição de mandatos é atualizada no site do MAI à medida que os votos são contados. Pode ver a infografia interativa do Negócios aqui.

No PS: Sónia Fertuzinhos (Braga), José Mendes (Braga), Tiago Brandão Rodrigues (Viana do Castelo), Alexandre Quintanilha (Porto), Alexandra Leitão (Santarém) e João Azevedo (Viseu).

No PSD: André Coelho Lima (PSD), Hugo Carvalho (Porto), Jorge Mendes (Viana do Castelo), Fernando Ruas (Viseu), Firmino Marques (Braga) e Luís Leite Ramos (Vila Real).

06.10.2019

Iniciativa Liberal afirma que veio para "somar valor" ao parlamento

O Iniciativa Liberal, cujas projeções indicam que pode eleger um deputado, acredita que veio para "somar valor" ao parlamento e para mostrar uma visão diferente da política habitual.

Numa primeira reação às projeções dos resultados das legislativas divulgadas pelas televisões, Rodrigo Saraiva, do partido Iniciativa Liberal, aconselhou cautela a observar estes dados, mesmo em relação às projeções da abstenção.

"A Iniciativa Liberal veio para mostrar uma visão diferente dos que estão na política há muito tempo, viemos para somar valor mais do que para retirar votos a alguém", afirmou Rodrigo Saraiva, numa declaração transmitida pela SIC.

Segundo as projeções de resultados que as televisões divulgaram pelas 20:00, após o encerramento das urnas nos Açores, quatro partidos poderão pela primeira vez ter representação parlamentar: Iniciativa Liberal, Chega, Livre e Aliança.

06.10.2019

David Justino: Ao contrário do que "muitos disseram", esta não foi "a morte do PSD"

A reação oficial do PSD chegou 25 minutos após o lançamento dos primeiros resultados projetados, estes que apontam para uma perda de deputados. No discurso, David Justino quis começar por "chamar à atenção para o excesso de triunfalismo", "uma posição que se torna ridícula". "As margens são muito grandes, mas não põem de parte o reconhecimento de uma vitória do PSD, numa noite em que todos ganham", concluiu o deputado.

Duarte Pacheco já tinha falado às televisões, afirmando que, ao contrário do que "muitos disseram", esta não foi "a morte do PSD". "Temos a afirmação do PSD como a principal força da oposição", apontou Duarte Pacheco. "Cá estaremos para protagonizar um projeto de mudança para Portugal". Já em relação à possibilidade de Rui Rio se demitir depois destes resultados, Duarte Pacheco disse que só o líder "fará uma melhor avaliação".

06.10.2019

Pedro Nuno Santos: “Não podíamos pedir melhor”

"Não nos peçam para ficarmos tristes quando as projeções todas dão uma grande vitória ao PS, uma grande vitória à esquerda portuguesa e uma derrota para a direita. Não podíamos pedir melhor", respondeu Pedro Nuno Santos em declarações à SIC.

Para o cabeça de lista do PS por Aveiro, não há razões para pensar que o próximo governo não dura quatro anos, uma ideia que tinha já sido sublinhada por Ana Catarina Santos.

O ministro das Infraestruturas e Habitação, que durante os primeiros anos fez a ponte no Parlamento com o PCP e o Bloco de Esquerda, "Estamos a pôr a carroça à frente dos bois. Vamos com calma. As projeções são boas, a primeira reação só podia ser boa".

06.10.2019

BE: PS formará Governo, a "derrota histórica" da direita e BE como "terceira força política nacional"

Em reação às projeções à boca das urnas, Jorge Costa, deputado do BE, começou por dizer que "há conclusões limitadas que se podem tirar neste momento". 

Ainda assim, o deputado bloquista deixou três mensagens, começando pelo vencedor destas eleições. "O PS ganhou as eleições claramente e formará Governo", disse. As projeções sinalizam que bastará o apoio do BE para o Partido Socialista formar um novo Executivo. 

A segunda mensagem de Jorge Costa foi para o PSD e o CDS: "Estamos perante uma derrota histórica dos partidos de direita", afirmou, argumentando que "o país mostrou agora que não esqueceu o que fizeram PSD e CDS" durante o período da troika. 

Além disso, o bloquista diz que as projeções destas legislativas confirmam que o Bloco de Esquerda é a "terceira força política nacional".

06.10.2019

PCP: "A partir de amanhã, vamos lutar pela defesa do aumento dos salários, em especial do salário mínimo"

Jorge Pires, da CDU, reagiu às primeiras projeções que dão 11 deputados à CDU, com 6,3%: "Para já ainda estamos perante previsões, com um intervalo, uma margem ainda muito significativa. O que nos parece, e que para já se confirma, é que não haverá maioria absoluta."

"Esta força que os portugueses nos dão nas urnas não nos tira capacidade de intervir, de lutar em defesa do nosso povo, dos trabalhadores. A partir de amanhã, vamos lutar pela defesa do aumento dos salários, em especial do salário mínimo", afirmou Jorge Pires. "Vamos lutar pelo aumento das pensões, pela creche pública até aos três anos, pela melhoria dos serviços públicos, como temos vindo a fazer até aqui e pelas questões centrais postas pelo eleitorado."

Sobre um possível acordo com o PS e um caderno de encargos para a legislatura, Pires afirmou que "o caderno de encargos é para o trabalho que temos que fazer, propusemos ao eleitorado que é a melhoria da vida das pessoas e o que vamos fazer". "O essencial são as questões que colocámos ao eleitorado, e como costumamos fazer, prometemos e cumprimos."

06.10.2019

PS "está em condições de assegurar que governará com estabilidade política nos próximos quatros anos"

Coube a Ana Catarina Mendes, secretária-geral adjunta do PS, a primeira reação às projeções à boca das urnas, que confirmam o PS como partido vencedor, mas sem maioria absoluta.

Ana Catarina Mendes falou de uma "grande vitória do PS" e "uma derrota histórica da direita em Portugal".

Sem querer avançar se já começaram conversas para possível aliança que no Parlamento seja conseguida uma maioria, Ana Catarina Mendes garantiu, ainda assim, que "o partido socialista está em condições de assegurar que governará com estabilidade política nos próximos quatros anos".

Para o PS, "os portugueses votaram pela estabilidade governativa e o PS empenhar-se-á para que os próximos quatro anos sejam de um governo de estabilidade política, estabilidade social, de progresso e de futuro em Portugal".

06.10.2019

Projeção SIC: PS pode chegar à maioria absoluta

A projecção à boca das urnas do ICS e do ISCTE para a SIC aponta para uma vitória do PS sem maioria absoluta, conseguindo entre 105 e 117 deputados. No melhor dos cenários admitidos, com 40% dos votos, o PS terá mais um deputado do que é necessário para ter a maioria.

No cenário central ou no pior dos cenários para o PS, os socialistas terão de ter o apoio de outros deputados.

Em vez dos atuais 89 deputados, o PSD deverá ficar com entre 72 a 82 deputados, de acordo com esta projeção.

Este estudo aponta para um reforço do Bloco de Esquerda que deverá conseguir entre 17 e 24 deputados (contra os atuais 19) e do PAN, com dois a seis deputados (em vez de um).

Antecipa ainda uma quebra do CDS, com dois a oito deputados (em vez dos atuais 18) e da CDU, a quem atribui entre 7 e 13 deputados (contra os atuais 17).

Haverá, provavelmente, mais partidos representados no parlamento. Esta projecção, que é a que dá o resultado mais favorável ao PS, aponta para um a três deputados da Iniciativa Liberal, entre um a dois para o Livre, admitindo ainda que o Chega possa eleger um deputado (as projecções apontam para entre zero e um).

    06.10.2019

    Projeção TVI dá vitória ao PS com o PSD a dez pontos de distância

    A projeção à boca da urna da Pitagórica para a TVI/JN/TSF dá a vitória ao Partido Socialista entre os 34,5% e os 38,5% (100 a 112 deputados). Em segundo lugar surge o PSD entre os 24,6% e os 28,6% (68 a 78 deputados).

    Em terceiro lugar está o Bloco de Esquerda entre os 7,7% e os 11,7% (20 a 26 deputados). Segue-se o PCP entre os 6 e os 8% (10 a 14 deputados).

    Em quinto lugar está o CDS entre os 2,9% e os 4,9% (3 a 7 deputados), seguido do PAN entre 2,7% e 4,7% (4 a 6 deputados).

    Entre os partidos sem assento parlamentar há quatro que podem eleger. É o caso da Iniciativa Liberal entre os 0,9% e os 2,9% (0 a 2 deputados), seguindo-se o Chega, o Livre e o Aliança entre os 0 a 1 deputados.

    Esta foi a primeira vez que a sondagem à boca da urna foi realizada de forma eletrónica, o que permitiu recolheu mais participantes (20 mil), obtendo-se uma margem de erro menor, segundo a TVI.

    06.10.2019

    Projeção RTP: PS sem maioria. Iniciativa Liberal, Livre e Chega podem eleger deputados

    A sondagem à boca das urnas dá ao PS uma vitória, sem maioria absoluta. A sondagem da Católica dá ao PS entre 34% e 39%, o que aponta para aeleição entre 104 e 112 deputados. 

    O PSD deverá conquistar entre 37% e 27% dos votos (82-74 deputados).

     

    O Bloco de Esquerda deverá conseguir entre 12 e 9%, o que corresponde a eleger entre 19 a 23 deputados.

     

    A CDU terá sido a quarta mais votada, conquistando entre 6 e 8% dos votos (entre 9 e 14 deputados).

     

    O CDS terá conseguido entre 3 e 5% dos votos, ou seja entre 4 e 6 deputados. Valores idênticos terá conseguido o PAN, de acordo com a sondagem.

     

    A Iniciativa Liberal deverá ter registado entre 1 e 2% dos votos, o que indica que pode eleger entre 1 e 2 deputados.

     

    A sondagem da Católica para a RTP aponta ainda para a possibilidade de Livre, Chega e Aliança poderem eleger um deputado cada.

     

    06.10.2019

    Projeção CMTV: PS vence sem maioria e basta-lhe BE ou CDU para governar

    A projeção à boca das urnas feita pela Intercampus para a CMTV/CM dá a vitória ao PS com 36,3% dos votos, um resultado que deixa os socialistas aquém da maioria absoluta. O PSD consegue 27,9%, o Bloco de Esquerda 9,9% e a CDU 6,3%. O CDS fica à frente do PAN mas arrisca eleger menos deputados do que o partido de André Silva. PS pode formar maioria só com apoio do Bloco ou da CDU.

    06.10.2019

    CDU atribui abstenção às TV que atrofiam mentes e ao "capitalismo desumano"

    O dirigente comunista Armindo Miranda atribuiu hoje a possível alta abstenção nas eleições legislativas às televisões que atrofiam as mentes dos portugueses e ao "capitalismo desumano", ao comentar as estimativas apresentadas pelos diversos canais televisivos.

    "Admito. Nós nunca acertamos em tudo quando há uma campanha eleitoral. Avaliaremos. Não estou a ver onde podemos ter falhado. Agora, há um elemento essencial: o atrofiamento das mentes. Há milhões de portugueses com a mente atrofiada. Não têm liberdade de decidir, de forma consciente. Porque lhe atrofiam a mente todos os dias, quando chegam a casa. Carregam num botão e veem a televisão. É-lhes atrofiada a sua mente", afirmou o membro da comissão política do Comité Central do PCP, que concorre na Coligação Democrática Unitária (CDU), juntamente com "Os Verdes".

    Segundo Armindo Miranda, a CDU andou "no terreno" e deu "uma contribuição importantíssima" para a redução da abstenção, embora reconhecendo que o objetivo não terá sido "conseguido de todo".

    "Compreendemos que haja? se a sondagem que estão a dar em relação à abstenção vier a corresponder à realidade, significa que há 4,5 milhões, quase cinco milhões e portugueses que não votaram. Compreendemos que haja muita gente, nomeadamente assalariados que comecem a perder a esperança?", justificou, referindo as gritantes diferenças de rendimentos em virtude do sistema de "capitalismo desumano" em Portugal.

    06.10.2019

    Carlos César tem "muita confiança" na decisão dos portugueses

    O líder parlamentar do PS, Carlos César, afirmou hoje que tem "muita confiança na decisão" dos portugueses, considerando que é importante renovar "o comprometimento de diálogo com todas as forças políticas" depois das eleições.

    "Temos muita confiança, muita confiança na decisão dos portugueses, qualquer que ela seja, e que renovemos o nosso comprometimento de diálogo com todas as forças políticas, quaisquer que sejam os resultados eleitorais", vincou o líder da bancada parlamentar socialista, à entrada do Hotel Altis, em Lisboa, onde decorre a noite eleitoral do PS.

    Sublinhando que tem uma "expectativa positiva" em relação aos resultados eleitorais, Carlos César optou não se prolongar em relação aos resultados, porque "dentro de pouco tempo" se saberá "em detalhe as opções dos portugueses".

    06.10.2019

    Costa salienta que PS "nunca" estabeleceu como meta ter maioria absoluta

    O secretário-geral do PS afirmou hoje que o seu partido nunca estabeleceu como meta eleitoral a conquista de maioria absoluta, contrapondo que a principal preocupação dos socialistas passa pela existência de estabilidade "qualquer que seja o resultado".

    Estas declarações foram proferidas por António Costa à chegada ao Hotel Altis, em Lisboa, onde a direção dos socialistas vai acompanhar a evolução dos resultados eleitorais.

    "É necessário que a estabilidade exista qualquer que seja o resultado", respondeu o líder socialista, antes de ser confrontado pelos jornalistas com a possibilidade de o PS não alcançar a maioria absoluta nestas eleições legislativas.

    "O PS nunca estabeleceu essa meta. Essa meta é sempre muito improvável, já que, tendo em conta o nosso sistema eleitoral, requer condições políticas muito particulares. Já disse também que os portugueses não fazem uma avaliação particularmente positiva desse resultado", frisou.

    06.10.2019

    Projeção TVI: Abstenção entre 35% e 39% sem contar com emigrantes

    A projeção da TVI para a abstenção situa-se no intervalo entre os 35,41% e os 39,41%, se excluídos os 1,1 milhões de portugueses que vivem fora do território nacional, cujo recenseamento foi automático.

    O recenseamento automático fez aumentar consideravelmente o universo de eleitores pelo que a taxa de abstenção, em percentagem, poderá vir a ser maior mesmo se houver um maior número de votantes face às legislativas anteriores.

    Já contabilizando todos os eleitores (mais de 10,8 milhões) a projeção da TVI para a taxa de abstenção situa-se entre os 43,4% e os 47,5%. A abstenção em 2015 tinha sido de 44,14%, um máximo histórico.

    06.10.2019

    Projeção RTP: Abstenção poderá alcançar os 49%

    A projeção da RTP aponta para que a abstenção nestas eleições se situe entre os 44% e os 49%.

    06.10.2019

    Projeção da SIC aponta para abstenção acima de 50%

    A projeção da ICS/ISCTE para a SIC aponta para uma taxa de abstenção entre 47,5% e 51,5%, podendo assim pela primeira vez superar os 50%. Mesmo o ponto mais baixo representa o valor mais alto de sempre.

    06.10.2019

    Projeção CMTV: Abstenção fica entre os 44% e 48%

    Os valores da abstenção nestas eleições legislativas deverão ficar entre os 44 e os 48%, segundo aponta uma projeção da CMTV.

    06.10.2019

    Secretariado Nacional do PS reúne-se a partir das 19:00 para acompanhar resultados

    O Secretariado Nacional do PS reúne-se hoje, a partir das 19:00, no Hotel Altis, em Lisboa, para acompanhar a evolução dos resultados eleitorais, reunião à qual o secretário-geral dos socialistas, António Costa, deverá chegar até 19:30.

    Estas informações foram transmitidas à agência Lusa por fonte socialista, que adiantou que a primeira reação oficial do PS aos indicadores da abstenção será pelas 19:00.

    Após a divulgação das primeiras projeções pelas televisões dos resultados eleitorais, pelas 20:00, um dirigente socialista fará então a segunda reação oficial pelo PS.

    06.10.2019

    Rio chegou a hotel onde acompanhará noite eleitoral sem discursos preparados

    O presidente do PSD, Rui Rio, afirmou hoje à entrada do hotel onde irá acompanhar a noite eleitoral que não tem discursos preparados, mas apenas "tópicos" para ler após conhecer os resultados.

    À chegada ao hotel, Rui Rio disse aos jornalistas que está "bem-disposto", acrescentando que essa é, aliás, uma característica sua.

    Questionado sobre se trazia um ou dois discursos, o presidente do PSD e candidato disse não ter nada preparado: "Nada para ler".

    Também não irá falar de improviso, mas antes "por tópicos", revelou.

    06.10.2019

    Assunção Cristas chegou à sede do CDS pouco depois das 18:00

    A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, chegou hoje cerca das 18:00 à sede nacional do partido em Lisboa, afirmando-se tranquila para acompanhar a noite eleitoral das legislativas. Assunção Cristas vai seguir a noite eleitoral no segundo andar da sede do partido, acompanhada membros da sua direção.

    A líder centrista afirmou-se "expectante e com muita tranquilidade". "Agora, é tempo de tranquilamente esperarmos pelos resultados", afirmou aos jornalistas. Hoje, depois de votar, na escola secundária de Algés, Oeiras, a presidente centrista afirmou que iria à missa, almoçar com a família e seguir depois para a sede do partido.

    Na sede do CDS, no largo Adelino Amaro da Costa, cerca das 18:30, já estavam dirigentes do partido como Nuno Magalhães, Diogo Feio, Raquel Vaz Pinto ou João Rebelo. Alguns dirigentes nacionais estão nos distritos onde concorrem, como a vice-presidente Cecília Meireles, no Porto, ou o porta-voz, João Almeida, em Aveiro.

    06.10.2019

    CNE sem queixas de boicotes ou registo de incidentes significativos

    A Comissão Nacional de Eleições (CNE) indica não ter recebido qualquer queixa relativamente a boicotes durante as votações para as legislativas de hoje, nem registo de incidentes significativos. Em declarações à agência Lusa, o porta-voz da CNE, João Tiago Machado, disse que até cerca das 18:15 não foi recebido qualquer queixa relativa a um boicote eleitoral.

    O responsável lembrou que coisa diferente de encerrar urnas e impedir as pessoas de votar são eventuais incentivos a "uma abstenção massificada", mas em relação a isso a CNE só conseguirá apurar conclusões com os resultados eleitorais. Populares de Morgade que se opõem à exploração de uma mina de lítio a céu aberto nessa freguesia de Montalegre repetiram hoje um "voto de protesto" e ameaçam recusar-se a votar. De manhã verificou-se, inclusive, uma tentativa de boicote em três mesas de voto das aldeias de Morgade, Cortiço e Arcos, no concelho de Montalegre, distrito de Vila Real.

    Também a população de Cortiço, em Montalegre, se associaram ao protesto contra a mina de lítio a céu aberto prevista para as proximidades desta aldeia, onde depois de uma tentativa de boicote se fez um apelo à abstenção nas legislativas.

    O porta-voz da CNE disse ter conhecimento destas situações pela comunicação social, repetindo que a CNE não recebeu qualquer queixa relativa a boicotes que impedissem eleitores de votar.

    06.10.2019

    Afluência reduzida aponta para abstenção recorde

    A afluência às urnas nas eleições legislativas deste domingo, até às 16:00, era de 38,56%, anunciou a secretaria geral do Ministério da Administração Interna. À mesma hora do dia das legislativas de 2015 a afluência era bem superior: 44,38%.

    Até às 16h00 votaram cerca de 4,17 milhões de portugueses, enquanto em 2015 tinham votado perto de 4,3 milhões. A diferença é superior a 125 mil.

    Estes dados sugerem que vai ser batido um novo recorde na abstenção em legislativas (no Continente faltam apenas três horas para fechar as urnas).

    E o aumento considerável do número de eleitores recenseados não explica esta descida expressiva nas afluências às urnas. Nestas eleições são 10.810.662 os eleitores recenseados e há quatro anos eram apenas 9.682.553.

     

    06.10.2019

    GNR registou seis pequenos incidentes ao início do dia

    A Guarda Nacional Republicana registou seis pequenos incidentes em mesas de voto das eleições legislativas ao início do dia de hoje, resolvidos em minutos, disse à Lusa fonte daquela força.

    "Temos à nossa responsabilidade 6.199 mesas de voto e já houve algumas ocorrências prontamente resolvidas. Não existe nenhuma mesa de voto encerrada", disse o oficial de dia do Comando Geral da GNR.

    Segundo a mesma fonte, três incidentes ocorreram em Vila Real, um no Porto, um em Braga e outro em Faro.

    A GNR destacou para hoje mais de 5.000 militares para que o ato decorra com tranquilidade e segurança.

    06.10.2019

    Votação regressa à normalidade em Barcelos após assembleia fechada a cadeado

    Os três portões da assembleia de voto em Perelhal, Barcelos, estavam hoje fechados a cadeado, mas o espaço foi aberto "a tempos e horas", decorrendo o ato eleitoral "dentro de toda a normalidade", disse o presidente da junta.

    Em declarações à Lusa, Fernando Miranda admitiu que se trate de um protesto contra a passagem na freguesia de uma linha de muito alta tensão.

    "Quando chegámos, pelas 07:00, os três portões que dão acesso à Junta, onde funciona a assembleia de voto, estavam fechados a cadeado. A GNR foi chamada ao local e removeu os cadeados cerca das 07:35, permitindo a abertura a tempo e horas", referiu.

    Segundo o autarca, o ato eleitoral decorre "dentro de toda a normalidade", registando-se até uma "razoável" afluência às urnas.

    Em Perelhal, decorreu um apelo ao voto nulo, em forma de protesto contra uma linha de muito alta tensão que deverá passar pelo centro da freguesia.

    Nas últimas Europeias, os votos nulos em Perelhal atingiram os 52%.

    06.10.2019

    Marcelo: "Quatro anos em que o voto de hoje vai ter uma importância fundamental"

    Marcelo Rebelo de Sousa, que votou na Junta de Freguesia Molares, em Celorico de Basto, alertou para as dificuldades dos próximos quatro anos. "Quando há uma guerra comercial, uma guerra financeira e até uma guerra de moedas em curso e que pode agravar-se entre portenciais mundiais, quando há a relação indefinida entre o Reino Unido e a União Europeia (...) tudo isso pode levar a uma desaceleração da economia mundial e chega a todos os países", começou por dizer o Presidente da República, realçando que as dificuldades lá de fora realçam a importância do voto.

    "Vão ser quatro anos em que o voto de hoje vai ter uma importância fundamental", por isso, "está nas mãos dos portugueses hoje, votando, mostrarem que estão atentos ao mundo, atentos à Europa, atentos ao que se passa".

    "Demitirem-se do direito de voto é, penso eu, um erro. É legítimo, mas é um erro", salientou.

    Quanto à campanha, considerou "muito longa", em particular a pré-campanha que na sua leitura "foi a mais longa da história democrática portuguesa".  

    06.10.2019

    Afluência abaixo dos 20% até ao meio dia

    A afluência às urnas estava, até às 12h00, nos 18,83%, segundo dados oficiais da secretaria geral do Ministério da Administração Interna. O que significa que está abaixo do que aconteceu nas legislativas de 2015, quando, por essa hora, já tinham votado 20,65%.


    06.10.2019

    Marinho Pinto: "Até para a posição do país na Europa é importante que as pessoas votem"

    Outros líderes de partidos mais pequenos foram também votando ao longo da manhã. Marinho Pinto, líder do PDR, apelou também ao voto. "Venham votar. Há 21 opções. Há muita escolha. Votem naqueles partidos com que se identificam. Mas votem. Se todos votarmos, o grande vitorioso será a democracia". "Até para a posição do país na Europa é importante que as pessoas votem". 

    06.10.2019

    Santana Lopes quer pelo menos dois deputados

    Pedro Santana Lopes, líder do Aliança, apelou ao voto de muita gente. "Depois cada um vota onde quiser, mas gostava que fosse uma grande festa da democracia e da liberdade".

    Assumiu, questionado pelas televisões, que um bom resultado era conseguir um grupo parlamentar, "e como diria o senhor La Palisse, um grupo é pelo menos dois", mas "eu gostava de eleger em todos os círculos, mas estou a basear nas sondagens, espero que hoje possamos celebrar e bem dispostos".

    A espera até aos resultados, disse, "é um bom frenesim".

    06.10.2019

    Assunção Cristas: "Cada voto conta e é decisivo"

    Assunção Cristas, que teve de esperar cerca de 50 minutos para votar, fê-lo na Escola Secundária de Miraflores. 

    "Este é um dia muito importante. São eleições decisivas, vamos escolher quem nos governa nos próximos quatro anos", salientou, citada pelo Observador. 

    Segundo o Correio da Manhã apelou ainda ao voto: 
    "Vão com tempo votar. Cada voto conta e é decisivo", recordou a líder do CDS, confessando esperar que a "abstenção baixe significantivamente".

    Nas declarações às televisões, Assunção Cristas realçou que o importante é que ninguém desista e "é muito importante que ninguém fique em casa".

    06.10.2019

    Ex-Presidente Jorge Sampaio considera fundamental que portugueses votem

    O antigo Presidente da República Jorge Sampaio apelou hoje aos portugueses para que votem nas eleições legislativas, considerando fundamental para a democracia a participação nos atos eleitorais.

    "É fundamental que votem porque é a única maneira de podermos exprimir as nossas convicções, opiniões, visão sobre o futuro que cada um deve ter e assumir a nossa parte de responsabilidade", disse à agência Lusa Jorge Sampaio, após ter votado para as eleições legislativas na Escola Básica Marquesa de Alorna, em Lisboa.

    O antigo Presidente da República acrescentou que "sem isso a democracia não funciona".
    Jorge Sampaio votou cerca das 11:30 acompanhado pela mulher, Maria José Ritta.

    06.10.2019

    Vasco Cordeiro diz que importância das legislativas "é evidente"

    O presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, fez hoje um apelo ao voto nas legislativas, considerando que a importância do sufrágio "é evidente" para Portugal e para os Açores.

    "A importância destas eleições é evidente, e tem sido realçada, desde logo pelo Presidente da República, mas também por todos os partidos", considerou o governante, citado pela Lusa.

    Vasco Cordeiro votou hoje pouco depois das 09:00 locais (menos uma que em Portugal continental) em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

    Elogiando o "bom tempo para votar" que se dá neste domingo, o chefe do executivo açoriano lembrou ainda que há "várias opções possíveis" para os cidadãos votarem, "projetos políticos" diferentes e formas também diferentes de usar o voto.

    "É fundamental para o reforço da nossa democracia que, entre as várias opções possíveis nestas eleições legislativas, os açorianos vão às urnas e que exerçam esse que é um seu direito, mas que é também um dever cívico", considerou ainda.

    06.10.2019

    Igreja Católica: “Este é um momento decisivo e não nos podemos abster”

    O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, Manuel Clemente, disse, citado pela Lusa, que as eleições legislativas de hoje são "um momento decisivo", pelo que ninguém se deve abster.

    "Este é um momento decisivo para a vida de todos nós e não nos podemos abster", afirmou aos jornalistas Manuel Clemente, considerando que a abstenção "é sempre algo que faz pena, porque, por uma razão ou por outra - cada um sabe de si - as pessoas não vão votar".

    O cardeal-patriarca de Lisboa falava aos jornalistas no Vaticano, onde participou na missa que inaugurou o Sínodo dos Bispos para a Amazónia e no sábado esteve no consistório que investiu o português Tolentino Mendonça como cardeal, ambos presididos pelo Papa Francisco.

    "Aquilo que nós temos feito, constantemente, quer a nível de cada bispo, quer da Conferência Episcopal no seu todo: a participação cívica e política é, afinal, o cumprimento daquele duplo mandamento de Cristo", referiu.

    "Quando Cristo diz ‘para dar a César o que é de César, a Deus o que é de Deus’, é para dar mesmo a César o que é de César, ou seja, ao Estado à sociedade aquilo que lhe devemos, porque nós somos membros dessa sociedade e ela não se constrói sem nós", declarou.

    06.10.2019

    Livre: Joacine Katar Moreira acredita que "ninguém vai ficar encerrado em casa"

    A cabeça-de-lista do Livre por Lisboa, Joacine Katar Moreira, que votou no Lisboa Ginásio Clube, viu, segundo avançou à CMTV, "uma ótima afluência, isto significa que é uma hora de uma mudança significativa e que hoje ninguém vai ficar encerrado em casa, antes pelo contrário".

    "Tenho a certeza de que é uma época de alteração significativa e de a Assembleia da República iniciar a ser a imagem da nossa sociedade, que é multiétnica, multirreligiosa, com mais mulheres do que homens", disse depois de votar, segundo o Observador.

    06.10.2019

    Rui Rio: "Se nenhum partido agrada a solução é votar em branco"

    Rui Rio votou no Porto
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    Rui Rio votou no Porto

    Rui Rio, líder do PSD, já votou no Porto, ainda que venha para Lisboa onde instalou o local para seguir a noite eleitoral. "Em nada tenho privilegiado a capital, mas [nesta noite] é na capital que devemos estar". Não tem o discurso escrito, mas os tópicos estão alinhavados, ainda que depois tenha de os complementar com os resultados. Não diz o que acontecerá a Rui Rio, líder do partido, perante um mau resultado.

    Para já faz, como os restantes líderes, o apelo ao voto. No dia em que também a sua filha votou pela primeira vez.

    O apelo ao voto foi, no entanto, no seu caso mais concreto: "espero que a abstenção baixe e que os portugueses cumpram esse dever cívico. Se nenhum partido agrada a solução é votar em branco. É tão importante como no resto dos partidos. A solução não é não ir votar". Mas acrescentou que o melhor, ainda assim, é votar num partido, realçando não estar a fazer apelos ao voto no seu. 

    Sendo a abstenção um inimigo da democracia, Rui Rio espera que baixe. "Espero que as pessoas cumpram o dever cívico e vão à urna. Participar e ir é um dever de todos nós".

    Dizendo que o seu estado de espírito é o melhor, acredita que "cumpri a obrigação", deixando agora a decisão para os portugueses: "O povo vai votar, vota sempre bem independentemente do resultado".

    06.10.2019

    André Silva: "não é o tempo do PAN estar no Governo"

    André Silva vota em Lisboa
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    André Silva vota em Lisboa

    André Silva, líder do PAN, votou em Lisboa, confiante de que possa haver uma taxa de abstenção este ano inferior, assumindo que o seu partido contribuiu para "uma campanha esclarecida e informada", o que possa também contribuir para reduzir a abstenção.

    Não espera uma noite tranquila, já que há a normal agitação e excitação na contagem dos resultados que deverão chegar tarde, nas suas projeções. 

    "Tenho a expectativa normal e natural de um dia de escrutínio", salientou.

    Não quis avançar com cenários futuros, mas assumiu que "não somos um partido de governo, não é o tempo do PAN estar no Governo, é tempo de crescer e aprofundar matérias e fazer avançar as nossas propostas e causas e estabelecendo pontes com todos os partidos".

    Falou, aliás, várias vezes em pontes com todos os partidos para poder "continuar a dizer e a fazer a mesma política ao longo dos últimos quatro anos.

    Este ano o registo do seu voto foi mais mediático e isso mesmo foi questionado a André Silva que declarou: "prefiro ter câmaras à volta do que passar ao lado e ser ignorado pela comunicação social. É sinal que também reconhecem o trabalho que temos vindo a fazer". E assumiu que esta exposição faz o PAN chegar a mais pessoas.

    06.10.2019

    Jerónimo de Sousa: O primeiro voto do neto e o dia longo

    Jerónimo de Sousa votou
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    Jerónimo de Sousa votou

    O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, já votou no Grupo Desportivo Pirescoxe, em Santa Iria da Azóia, revelando a grande alegria de ser a primeira votação a que o seu neto mais velho vai participar. "É um direito que eu não tinha quando tinha a idade dele". Aproveitou para apelar aos jovens para que vão votar. 

    Mas espera que haja menos abstenção: "Foi uma campanha muito dinâmica, que os portugueses puderam acompanhar, esperamos que tenha reduzido a abstenção".

    O dia vai ser passado em família, até ao momento de se deslocar para o que disse ser a sede da vitória. "Procurei dar o meu melhor, contribuir para o esclarecimento, para aquilo que estava em causa, fizemos até mais do que a nossa parte", mas admitiu que os próximos quatro anos vão ser um grande desafio. 

    Mas não antecipa comentários sobre possíveis resultados e cenários. "Estou disponível para servir o meu partido, os trabalhadores e o meu povo".

    O dia vai ser longo - "acredito que vai ser até às tantas e depois o dia seguinte" - mas agora "o tempo é dos portugueses decidirem". 

    06.10.2019

    Iniciativa Liberal: Carlos Guimarães Pinto acredita que "as pessoas perceberam quem é que pode trazer sangue novo para a política"

    Carlos Guimarães Pinto, líder da Iniciativa Liberal, votou no Pavilhão Municipal de Gulpilhares, em Vila Nova de Gaia. Em declarações à TVI24, citadas pelo Observador, sublinhou que o seu partido fez "uma campanha inovadora".

    "Acho que as pessoas perceberam quem é que pode trazer sangue novo para a política. Inovámos na comunicação digital e na comunicação e de rua, mas inovámos acima de tudo nas pessoas e nas propostas que apresentámos às pessoas. Se os portugueses assim permitirem, vamos inovar no parlamento também."

    Sobre a abstenção, Carlos Guimarães Pinto disse que "desta vez há poucas desculpas", até porque "há muito possibilidade de escolha", já que são 21 partidos. "É importante que as pessoas não deixem os outros decidir por si".

    06.10.2019

    Tino de Rans acredita que ajudou a combater a abstenção

    O líder do partido RIR (Reagir - Incluir - Reciclar), mais conhecido como Tino de Rans, já votou e à saída, em declarações transmitidas pela SIC, disse acreditar que o seu partido ajudou a combater a abstenção. 

    "A abstenção hoje vai ser mais reduzida", disse acreditar, mostrando-se "confiante e orgulhoso pelo trabalho feito".

    Vai aguardar o desfecho das eleições no café Pérola, em Penafiel, "a beber as minhas minis junto do meu povo e junto do meu". Aí verificará o que diz ser a única sondagem, a que é feita pelo povo. 

    06.10.2019

    Catarina Martins já votou: "Hoje é o dia em que todos nós temos o mesmo poder"

    Catarina Martins apelou ao voto
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    Catarina Martins apelou ao voto

    A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, votou na escola secundária Almeida Garret, em Vila Nova de Gaia, afirmando que "é muito importante a participação", fazendo apelos aos votos.

    "O apelo que faço é que não deixem de vir votar. Hoje é o dia em que todos nós temos o mesmo poder de escolher que projeto que queremos para o país", afirmou aos jornalistas. "O apelo que fazemos é sempre este, que mais gente participe, ninguém deixe de exercer o seu direito de voto", disse. "A democracia precisa de toda a gente, não dispensa ninguém". E acrescentou: "Quem se abstém acaba por não ter voz".

    Os apelos ao votos foram, à saída da votação, vários por parte de Catarina Martins, em declarações transmitidas pelas televisões. "Que toda a gente participe", realçou.

    Catarina Martins afirmou que ia ficar algum tempo com a família e mais tarde iria para Lisboa.

    06.10.2019

    Costa: Vai ver sítios para casar (a filha) durante o dia dizendo estar tranquilo e expectante

    António Costa expectante e tranquilo
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    António Costa expectante e tranquilo

    O primeiro-ministro António Costa já exerceu o seu direito de voto, na Escola Básica Jorge Barradas, em Benfica. Dizendo estar "tranquilo" e "expectante", apelou ao voto de todos os cidadãos, esperando que os níveis de abstenção desçam.

    "Espero que cada um faça a escolha que deseja fazer. Mas sobretudo é importante apelarmos a uma grande participação eleitoral. A democracia tem um momento de grande festa e celebração que é o ato eleitoral. Cada voto pode decidir o futuro", afirmou à saída da mesa de voto em declarações transmitidas pelas televisões, aproveitando para deixar o desejo de que "todos participem e façam a escolha de sua livre consciência".

    Acabou por desejar que no final do dia se confirme uma descida na abstenção, dizendo haver sinais positivos por parte do voto antecipado. 

    Escusou-se a fazer comentários sobre a campanha "É o dia dos cidadãos falarem e fazerem as escolhas. A melhor forma de não haver abstenção é votarem".

    Questionado sobre o que vai fazer ao longo do dia, admitiu que vai ver sítios para a filha casar.A noite será no Hotel Altis, onde saberá se também no futuro terá de casar com algum partido para poder governar, se for o PS o partido mais votado, conforme apontam as sondagens.

    06.10.2019

    Há três legislativas que a abstenção bate recordes

    Desde a eleição para a Constituinte, em 1975, nunca a taxa de abstenção ficou abaixo dos dois dígitos. Desde então, e salvo raras exceções, os níveis de abstencionismo têm vindo a crescer consistentemente para a casa dos 20% nos anos 1980 e dos 30% no decénio de 1990. No século XXI chegaram ao patamar dos 40%, sendo que a abstenção bate recordes há três legislativas consecutivas.

    06.10.2019

    Recorde aqui os resultados de todas as eleições legislativas desde o 25 de abril

    Já decorreram 13 eleições legislativas em democracia. Recorde a composição do Parlamento em todas as legislaturas e as votações dos partidos que elegeram deputados.

    06.10.2019

    Quando são revelados os resultados?

    Na página oficial www.legislativas2019.mai.gov.pt/, serão divulgados primeiro os resultados da afluência dos eleitores às urnas, em dois momentos. Às 13h será divulgada a participação até às 12h e às 17h o número de votantes até à hora anterior. Depois, a partir das 20h as televisões (CMTV, RTP, SIC e TVI) divulgam os resultados das sondagens feitas à boca das urnas. E, no mesmo website e à mesma hora, começam a ser divulgados os resultados, de forma provisória. Normalmente, é possível ter uma ideia final dos resultados no final da noite (à exceção de mesas de voto onde há boicotes).

    06.10.2019

    21 partidos disputam 230 lugares no Parlamento

    São 21 as forças políticas a ir a votos, quatro delas novas. Há apenas uma coligação, a Coligação Democrática Unitária (CDU), que junta PCP e PEV. Os partidos políticos são: PSD, PS, BE, CDS-PP, CDU, PAN, Aliança, Chega, Iniciativa Liberal, PNR, PDR, PCTP-MRPP, PPM, PTP, Livre, RIR, MPT, PURP, Nós, Cidadãos!, MAS, JPP. Os círculos com o boletim de voto mais longo serão Braga, Coimbra, Leiria, Porto e Europa, com 21 candidaturas. Os círculos por onde se candidatam menos forças políticas são Beja, Vila Real e Açores, com 17 listas.

    No total, as eleições de domingo vão determinar os deputados que vão ter assento nos 230 lugares disponíveis na Assembleia da República ao longo dos próximos quatro anos. Existem 22 círculos eleitorais: 18 correspondentes a cada um dos 18 distritos de Portugal Continental, um para cada região autónoma (Açores e Madeira) e dois para o estrangeiro (um para a Europa e outro para Fora da Europa). Lisboa e Porto são os círculos que elegem mais deputados (48 e 40, respetivamente); os eleitores que vivem no estrangeiro elegem dois deputados.

    06.10.2019

    Mais de 10 milhões de portugueses chamados a votar

    Já abriram as urnas onde mais de 10,8 milhões de eleitores são hoje chamados para eleger os 230 deputados, entre um total de 21 forças políticas, que vão compor a Assembleia da República nos próximos quatro anos. Aqui encontra tudo o que precisa de saber.

    De acordo com o mapa oficial publicado em Diário da República, o total de cidadãos recenseados e habilitados a votar no domingo é de 10.811.436, mais 50.280 do que nas recentes eleições europeias de 26 de maio. Desde há quatro anos, regista-se uma subida de 1.128.613 cidadãos com capacidade eleitoral ativa, devido ao recenseamento automático no estrangeiro, introduzido por alteração legislativa.

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